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Um menino de apenas 1 ano de idade foi diagnosticado com uma doença de pele rara depois de acordar com manchas vermelhas espalhadas pelo corpo. A mãe de três Bec, de Adelaide, na Austrália, levou o filho ao hospital para tentar descobrir a causa das erupções, mas logo de cara os médicos não deram muita atenção para a preocupação dela – e chegaram a dizer que ela estaria "exagerando”. O veredito sobre a enfermidade do pequeno Archie só veio após várias idas e vindas à unidade de saúde.

Menino é diagnosticado com doença de pele rara (Foto: Reprodução/DailyMail)

Menino é diagnosticado com doença de pele rara (Foto: Reprodução/DailyMail)

As primeiras manchas surgiram nas pernas e na lateral do corpo do bebê. De acordo com a mãe, inicialmente as erupções não eram muito grandes, mas a deixaram em alerta. “Eu pensei que deveria ficar de olho nelas”, recorda. Na manhã seguinte, elas se espalharam para outras regiões e estavam mais proeminentes – já era possível percebê-las no rosto e nas costas de Archie. Bec, então, decidiu levá-lo ao hospital. Lá, depois de esperar por mais de sete horas para ser atendido, o garotinho recebeu o diagnóstico de roséola, uma doença infecciosa viral, normalmente benigna, que provoca manchas na pele e febre, entre outros sintomas. “Nos disseram que era muito comum em crianças e fomos mandados para casa, com a promessa de que uma enfermeira iria nos visitar para examiná-lo no dia seguinte”, lembrou Bec.

Nesse mesmo dia à noite, o quadro do bebê apresentou uma piora. Ele estava muito inquieto, com febre, sentindo dores pelo corpo e chorando toda vez que se mexia. Apesar disso, Bec seguiu administrando os remédios que foram prescritos pelos médicos, já que eles tinham insistido que a doença era comum. Ao acordar do dia seguinte, no entanto, as manchas de Archie apresentaram uma piora significativa: tinham começado a mudar de cor, indo do vermelho aos tons de roxo, e estavam bem inchadas. Preocupados, Bec e o marido correram para o hospital novamente.

Chegando lá, a mãe disse que uma das enfermeiras se negou a encostar no menino, pois  suspeitou que ele estivesse com meningite meningocócica, que é altamente fatal. Archie, então, foi submetido a uma série de exames. Depois de dois dias na unidade de saúde, o pequeno finalmente recebeu o diagnóstico: edema hemorrágico agudo da infância, uma condição de pele rara que costuma atingir crianças com até 2 anos. Os médicos não souberam explicar como ele contraiu a doença, mas suspeitaram que o surgimento dela estivesse relacionado a antibióticos que Archie precisou tomar pouco antes de as manchas darem as caras.

As pernas do pequeno Archie tinham manchas vermelhas e roxas, e ficaram inchadas (Foto: Reprodução/DailyMail)

As pernas do pequeno Archie tinham manchas vermelhas e roxas, e ficaram inchadas (Foto: Reprodução/DailyMail)

Com o novo diagnóstico, Bec voltou para a casa com o filho e com uma nova receita de medicamentos para tratar a enfermidade. Cerca de quatro dias depois, aplicando uma pomada recomendada pelos especialistas, os sinais vermelhos começaram a desaparecer e logo Archie se recuperou totalmente. “Dentro de duas semanas, a erupção desapareceu completamente e Archie estava de volta ao seu estado, mais ativo e sem efeitos colaterais”, relata Bec.

Agora, a mãe usa essa história para alertar e encorajar pais com crianças pequenas a procurarem atendimento médico sempre que suspeitarem que pode haver algo de errado. “Confie em seu instinto materno. Ninguém conhece seus filhos melhor do que você”, finaliza.

O que é edema hemorrágico agudo da infância?

Trata-se de um tipo raro de vasculite cutânea de pequenos vasos sanguíneos, com apresentação característica em lactentes – ela acomete principalmente crianças entre 4 meses e 2 anos. Os sintomas incluem lesões semelhantes a hematomas, inchaço e febre.

A causa da doença ainda é desconhecida, embora os médicos acreditem que ela esteja relacionada a um possível distúrbio no sistema imunológico. O edema hemorrágico agudo da infância costuma se resolver espontaneamente de uma a três semanas após o aparecimento dos sintomas, com recuperação completa.