• Carolina Juliano
Atualizado em

A ciência avançou e contribuiu para que a expectativa de vida de pessoas com síndrome de Down quase triplicasse em dez anos. Algumas políticas públicas mais inclusivas também foram colocadas em prática nos últimos anos. Mas ainda há uma questão importante envolvendo a trissomia do 21: o preconceito. Aqui, a pediatra Ana Cláudia Brandão, do Hospital Albert Einstein (SP), responsável até 2018 pelo ambulatório de síndrome de Down da instituição, derruba alguns tabus sobre as crianças com T21.

Síndrome de Down: sim, os avanços são muitos, mas ainda há muito o que mudar (Foto: Thinkstock)

(Foto: Thinkstock)

1. Estereótipo de personalidade

Muitos acreditam que todas as pessoas com T21 são sempre alegres, afetuosas e carinhosas. Cada pessoa tem a sua personalidade: há aqueles amorosos, mas também os rabugentos; existem os que gostam de música e os que não gostam. A diversidade de personalidade é absolutamente semelhante à das pessoas que não têm T21.

2. Sexualidade aflorada

Há quem relate “comportamentos inadequados” com relação à sexualidade. Isso se traduz, na maioria das vezes, como falta de educação sexual, falta de oportunidades de vivenciar a sexualidade porque muitas famílias entendem que isso não faz parte da pessoa com deficiência intelectual. Quando não se dá essa atenção, interpreta-se erroneamente que esse comportamento é causado pela síndrome de Down.

3. Uma eterna criança

Escutamos sempre que um filho com síndrome de Down vai ser o “eterno companheiro” dos pais. Isso porque acredita-se que ele nunca vai crescer ou ter autonomia, e será criança para sempre, o que não é verdade. As pessoas com T21 crescem, se desenvolvem e, dentro de suas capacidades, adquirem, sim, autonomia.

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