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Pelo menos três remédios considerados “promissores” pela comunidade científica para o tratamento da covid-19 estão na fase de testes clínicos nos Estados Unidos. O esperado é que ao menos um deles esteja disponível para o público dentro de alguns meses.

Remédios promissores contra a covid-19 estão em fase de testes (Foto: Pexels)

Remédios promissores contra a covid-19 estão em fase de testes (Foto: Pexels)

De acordo com a emissora de TV norte-americana NBC, o principal candidato é o medicamento da fabricante Merck que recebeu o nome de Molnupiravir. Os outros dois, desenvolvidos pela Pfizer, são conhecidos como PF-07321332 e AT-527.

A NBC conversou com uma das voluntárias do Molnupiravir: Miranda Kelly, de 44 anos, moradora da cidade de Seattle. A mulher contou que ela e seu marido Joe – que também testou positivo para a covid-19 – tomaram quatro comprimidos, duas vezes ao dia. Eles não sabem se receberam o medicamento ou placebo, mas notaram melhora dos sintomas uma semana após o início do tratamento e se recuperaram totalmente em duas semanas. “Me sinto bem, percebo que a recuperação foi muito rápida”, contou Miranda.

O Molnupiravir interfere na capacidade do vírus de se replicar em células humanas e é capaz de reduzir a carga viral do paciente, encurtando o tempo de infecção e evitando o tipo de resposta imunológica perigosa que pode causar doenças graves ou morte, explicou para a emissora Carl Dieffenbach, diretor da Divisão de AIDS do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infecciosas dos EUA, que supervisiona o desenvolvimento de antivirais.

O presidente-executivo da Merck, Robert Davis, afirmou acreditar que os dados de fase 3 das pesquisas estarão disponíveis ainda nas próximas semanas. A empresa pretende pedir autorização de uso emergencial para a Food and Drug Administration (agência reguladora de medicamentos dos EUA) antes do final do ano.

Se os resultados forem positivos e o uso emergencial for concedido, a distribuição pode começar rapidamente, disse Dieffenbach. “Isso significaria que milhões de pessoas em breve teriam acesso a um medicamento administrado por via oral diariamente, de preferência com um único comprimido, que poderia ser tomado por cinco a 10 dias na primeira confirmação da infecção por covid”, afirmou.

No entanto, Dr. Daniel Griffin, especialista em imunologia e doenças infecciosas da Universidade de Columbia, ressaltou que as pílulas antivirais não devem substituir a vacinação. “Mas é bom que tenhamos outra opção”, declarou.

A Merck informou que, se o medicamento for aprovado, poderão ser produzidas 10 milhões de pílulas até o final do ano. Ainda não foi divulgada nenhuma estimativa de preço. 

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