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Uma mãe solo de três filhos explicou neste domingo (7) que não pune, grita ou recompensa seus filhos e por que nunca o fará. Em entrevista ao Daily Mail, Hannah Canavan, 33 anos, de Londres, Inglaterra, decidiu adotar uma abordagem gentil à parentalidade com base em sua experiência de trabalho em uma escola de referência para crianças com graves problemas de comportamento.

Hannah e os filhos Esmae, 11, Eira, 9, e Elfie, 7 (Foto: Arquivo pessoal)

Hannah e os filhos Esmae, 11, Eira, 9, e Elfie, 7 (Foto: Arquivo pessoal)

Hannah afirma que ao compartilhar seu método, muitas pessoas supõem que seus filhos devem ser “malcriados”, mas ela garante que esse “não é o caso”. “O que faço é dar consequências naturais ao invés de punir as crianças. Na escola em que trabalhei, era isso que ajudava a transformar o mau comportamento”, disse Hannah, mãe de Esmae, 11, Eira, nove, e Elfie, sete.

Quando um dos filhos apronta, ao invés de gritar ou tirar o acesso ao tablet, Hannah explica calmamente por que aquilo não está certo. “Nunca puni nem dei recompensas aos meus filhos, e isso realmente funciona para mim”, disse. “Se você olhar para o sistema prisional, verá que a punição não funciona, pois não haveria reincidentes se esse fosse o caso. Como não grito ou tiro nada deles, meus filho não tem medo de mim. Eles me respeitam e me ouvem porque eu explico calmamente por que eles não devem fazer algo, e eles aprendem com isso.”

Hannah nunca puniu os filhos, nem quando eram mais novos. “Se eles corriam para o meio da rua ou algo assim, minha reação imediata podia ser gritar 'não'. Mas, logo em seguida, quando estavam em segurança, eu explicava para eles como isso era extremamente perigoso e mostrava vídeos sobre acidentes de carro para que eles pudessem ver a gravidade daquilo. Nove em cada 10 vezes eles não voltavam a repetir o ato. Se você gritar com eles e disser que eles não vão tomar um sorvete porque fizeram algo errado, eles vão se concentrar no fato de que mamãe ou papai estão zangados e não no que eles realmente fizeram”.

As crianças e o cachorro da família (Foto: Arquivo pessoal)

As crianças e o cachorro da família (Foto: Arquivo pessoal)

Hannah explica que os limites são impostos através de conversas. “Xingar ou bater nos irmãos é intolerável na nossa casa, então, se acontecer, eu analiso o que levou àquela situação e explico que não é a maneira de reagir. Crianças são crianças e nem sempre se comportam como você gostaria. Sou tendenciosa, acho que meus filhos são realmente adoráveis e educados. Eles me ouvem e até me procuram quando fizeram algo errado, pois não têm medo. Ainda no outro dia Eira veio até mim porque ela pensou que tinha quebrado uma mesa e foi honesta sobre isso. Eles sabem que sou razoável e sempre me pedem permissão quando estão em dúvida”.

Da mesma forma que Hannah não acha que as punições são a melhor maneira de lidar com crianças, ela também não acredita em recompensar os pequenos quando se eles fizerem algo de bom. “Claro, se alguém fez uma bela obra de arte ou algo assim, eu os elogiarei e farei um comentário genuíno. Mas não vou dar a eles algo especial por causa disso. Não quero tirar sua motivação instintiva para fazer algo. Se eles acham que vão receber uma recompensa, então vão fazer isso por isso”.

Para Hannah, manter sua casa um espaço livre de punição e recompensa manteve sua família próxima. “Me sinto muito sortuda”, afirmou. “Não é perfeito e todos nós temos dias ruins, mas somos uma família próxima e meus filhos me respeitam sem ter medo de mim. Nunca vou puni-los”.