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Casos de sarampo passa de 2 mil em São Paulo (Foto: Getty)

ONU faz alerta quanto ao aumento de casos de sarampo no mundo (Foto: Getty)

A pandemia mundial do coronavírus tem preocupado a Organização Mundial da Saúde e o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), mas não apenas pelos riscos que o vírus pode representar à saúde dos pequenos. Atualmente, 24 países suspenderam a vacinação contra o sarampo e outros 13 tiveram seus programas de vacinação interrompidos. Tudo para proteger os profissionais de saúde e priorizar a resposta ao COVID-19.

Em uma declaração conjunta, a Iniciativa contra o Sarampo e a Rubéola (M&RI) informou que era vital que a capacidade de imunização fosse mantida durante e após a atual pandemia. "Juntos, mais de 117 milhões de crianças podem ser afetadas pela suspensão das atividades programadas de imunização. O M&RI apoia a necessidade de proteger as comunidades e os profissionais de saúde do COVID-19 por meio de uma pausa de campanhas em massa, onde os riscos da doença são altos. Crianças com menos de 12 meses de idade têm maior probabilidade de morrer de complicações do sarampo e, se a circulação do vírus do sarampo não parar, o risco de exposição ao sarampo aumentará diariamente", alertaram.

Dos vinte e quatro países que suspenderam oficialmente os programas de vacinação contra o sarampo, vários viram um aumento preocupante nos casos de sarampo nos últimos anos, segundo a ONU - em particular, o Brasil, Bangladesh, República Democrática do Congo, Sudão do Sul, Nigéria, Ucrânia e Cazaquistão. O sarampo afeta cerca de 20 milhões de pessoas todos os anos, a maioria com menos de cinco anos.

Robin Nandy, chefe de imunização da UNICEF, disse à AFP que o COVID-19 provavelmente colocaria pressão adicional em sistemas de saúde já sobrecarregados. "Temos que estar atentos ao impacto do COVID-19, ameaçando surtos de sarampo, uma doença extremamente contagiosa e potencialmente letal para a qual já existe uma vacina segura e eficaz. Portanto, estamos pedindo aos países que preparem e planejem agora vacinas intensivas para recuperação assim que as restrições físicas de distanciamento terminarem", disse ele.