Urbanismo

Por Redação Casa e Jardim

Incorporar à paisagem urbana elementos naturais é uma das soluções adotadas pelas cidades para gerenciamento dos riscos climáticos no mundo inteiro. Jardins de chuva, telhados verdes e paredes vivas são exemplos conhecidos como "estruturas verdes", usadas ​​para drenar a água da chuva, evitar inundações, melhorar a qualidade do ar e a sensação térmica. Essas estratégias, por vezes, funcionam como um recurso comunitário, um espaço recreativo e de convivência para as pessoas.

No entanto, de acordo com um estudo liderado por Timon McPhearson, ecologista urbano e diretor do Urban Systems Lab, em Nova Iorque, um grande problema com a "infraestrutura verde" é que os processos de planejamento para os projetos muitas vezes não consideram a equidade e a inclusão. O laboratório pesquisa como construir de forma mais equitativa, cidades resilientes e sustentáveis para que o planejamento urbano não exclua comunidades de baixa renda e grupos minoritários.

Jardim de chuva em Nova Iorque — Foto: Tdorante10 / Wikimedia Commons / Creative Commons
Jardim de chuva em Nova Iorque — Foto: Tdorante10 / Wikimedia Commons / Creative Commons

Os pesquisadores descobriram, após analisar 122 planos formais de 20 grandes cidades dos Estados Unidos, que a maioria dos projetos de "infraestrutura verde" do governo não integram o tema inclusão em sua abordagem. Mais de 90% dos planos não usaram processos abrangentes para projetar ou implementar iniciativas sustentáveis, o que significa que as comunidades não foram consultadas ao longo do processo. Além disso, apenas 10% dos planos identificaram causas de desigualdade e vulnerabilidade em suas comunidades.

Conforme o estudo, esses planos inadequados podem perpetuar as desigualdades existentes, englobando o acesso limitado a espaços verdes que aliviam o calor e a poluição ou o gerenciamento adequado das águas pluviais.

Uma das razões apontadas para essa lacuna no planejamento urbano é a falta de reconhecimento de que a infraestrutura pode ser prejudicial. Por exemplo, quando as cidades constróem canais de drenagem da chuva, mas não pontes, os habitantes locais ficam sem uma maneira segura de atravessar.

Como conclusão do estudo, os pesquisadores identificaram três áreas que necessitam melhorias. Primeiro, os urbanistas precisam definir pontos de equidade nos documentos de planejamento para orientar seu trabalho.

Eles também devem mudar as práticas de planejamento para focar na inclusão, mantendo as comunidades informadas e apoiando sua participação ao longo dos processos de planejamento, tomada de decisão e implementação.

Por fim, os planos precisam abordar as causas atuais e potenciais da desigualdade: por exemplo, reconhecendo as fontes de gentrificação e identificando como a "infraestrutura verde" pode contribuir para esse processo.

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