A Santolina chamaecyparissus, também conhecida como lavanda-algodão ou falsa-lavanda, é uma planta herbácea apreciada por sua folhagem cinzenta e flores amarelas. Com porte compacto, a espécie pode atingir de 20 a 70 cm de altura, mas possui uma ramificação densa, ideal para jardins ornamentais. As folhas são divididas, aromáticas e pontiagudas.
Considerada rústica, a espécie é resistente a diversas condições climáticas, tolerando desde curtos períodos de estiagem a geadas. “Preferencialmente, deve ser cultivada sob sol pleno, em solos com ótima drenagem, arenosos e ricos em matéria orgânica”, orienta a paisagista Elaine Kalil.
As regas devem ser espaçadas, a fim de não encharcar o solo. “A santolina não gosta de clima úmido, onde está mais suscetível a doenças fúngicas”, completa.
A exposição ao sol é fundamental para estimular a floração, assim como as podas. “Faça podas regulares para manter a planta com uma forma compacta e estimular o crescimento de novos brotos, o que pode resultar em mais flores. Remover partes desbotadas também pode encorajar a produção de novas flores”, afirma Elaine.
Durante a primavera e o verão, use um fertilizante balanceado mensalmente a fim de fornecer os nutrientes necessários para o crescimento saudável e a produção das flores. “A santolina prefere climas quentes e secos, e pode não florescer tão bem em regiões com invernos úmidos e frios”, reforça.
Cultivo em vasos
Para cultivar a santolina em vasos, opte por um recipiente com pelo menos 30 cm de diâmetro e profundidade suficiente para acomodar as raízes da planta. “Certifique-se de que o vaso tenha furos de drenagem no fundo para evitar o acúmulo de água. Use um substrato bem drenado, como uma mistura de terra para vasos, areia e perlita. Isso ajudará a evitar o encharcamento das raízes”, ensina a paisagista.
Lembre-se de posicionar o vaso em um local que receba pelo menos 6 horas de luz solar direta diariamente; e deixe o solo secar superficialmente entre as regas. Se estiver em uma região com invernos rigorosos, procure movê-la para um lugar protegido nos meses mais frios, ou então cobri-la com um tecido a fim de protegê-la do frio excessivo à noite.
Métodos de propagação
A santolina pode ser propagada por sementes, estacas ou divisão de touceira. Abaixo, confira um passo a passo simples dos três métodos:
Sementes
- Colha as sementes maduras de santolinas saudáveis.
- Limpe-as, removendo qualquer resíduo de fruto ou sujeira.
- Prepare um substrato leve e bem drenado em um recipiente ou bandeja de sementes.
- Plante as sementes superficialmente no substrato e cubra levemente com uma fina camada de solo.
- Mantenha o substrato úmido, regando com cuidado para não encharcar.
- Coloque o recipiente em um local com luz indireta e temperatura constante.
- As sementes devem começar a germinar em algumas semanas.
- Quando as mudas estiverem grandes o suficiente para manusear, transplante-as para recipientes individuais ou local desejado no jardim.
Estacas
- Corte estacas saudáveis de 5 a 10 cm de comprimento de uma planta Santolina existente.
- Remova as folhas inferiores das estacas, deixando apenas algumas na parte superior.
- Mergulhe a base das estacas em hormônio enraizador, se desejar, para promover o enraizamento.
- Plante as estacas em um substrato leve e bem drenado, enterrando cerca de metade da estaca.
- Mantenha o substrato levemente úmido, regando conforme necessário.
- Coloque as estacas em um local com luz indireta e temperatura constante.
- As estacas devem desenvolver raízes em algumas semanas ou alguns meses.
- Transplante as estacas enraizadas para recipientes individuais ou o local desejado no jardim.
Divisão de touceira
- Cave cuidadosamente ao redor da touceira de santolina, expondo as raízes.
- Divida a touceira em seções menores, garantindo que cada seção tenha algumas raízes e brotos.
- Replante as seções divididas em recipientes individuais ou diretamente no local desejado no jardim.
- Mantenha o solo levemente úmido até que as plantas estejam estabelecidas.
Usos da santolina
As folhas de Santolina podem ser colhidas em qualquer época do ano, mas o período ideal é durante a primavera ou o verão, quando a planta está em crescimento ativo. “Evite colher durante os meses mais frios ou durante a floração, pois isso pode afetar o desenvolvimento da planta”, explica Elaine
Use tesouras de poda, afiadas e esterilizadas para colher as folhas, sem propagar doenças. Selecione as folhas mais saudáveis e maduras, evitando as amareladas, danificadas ou murchas. Corte as folhas individualmente, deixando um pequeno pedaço do caule intacto, permitindo que a planta continue crescendo. “Não remova todas as folhas de uma só vez. Deixe pelo menos metade delas na planta para garantir sua saúde e vitalidade contínuas”, diz.
Após a colheita, você pode usar as folhas de santolina imediatamente ou secá-las para uso posterior. Para secagem, amarre-as em pequenos feixes e pendure-os em um local fresco, seco e arejado, longe da luz solar direta. Uma vez secas, você pode armazená-las em um recipiente hermético e utilizar conforme necessário.
Embora não seja tão comum quanto outras ervas culinárias, algumas culturas usam as folhas da santolina para adicionar sabor e aroma a pratos locais. As folhas têm um sabor amargo e podem ser usadas com moderação em saladas, marinadas ou pratos de carne.
Na medicina tradicional, a santolina é utilizada para diversos fins medicinais, incluindo tratamentos para problemas digestivos, como cólicas, indigestão e flatulência. Algumas culturas também usam a planta para aliviar dores de cabeça, reumatismo e problemas respiratórios.
“No entanto, é importante ressaltar que não há evidências científicas suficientes para apoiar esses usos medicinais, e a santolina pode ser tóxica se consumida em grandes quantidades”, ressalta a paisagista.
Já o óleo essencial extraído das flores e folhas da santolina possui usos reconhecidos na cosmética. Pode ser usado na formulação de produtos de cuidados com a pele, como cremes, loções e perfumes, devido ao seu aroma característico e propriedades benéficas para a pele.