Paisagismo

Por Jennifer de Carvalho

Cactos são plantas que encantam por sua delicadeza e pela facilidade de manutenção, geralmente. Tudo isso torna esses vegetais ótimas opções para decorações e, quando contêm flores, ficam ainda mais fascinantes. É o caso da Disocactus ackermannii, que também pode ser chamada cacto-orquídea, cacto-orquídea-vermelha ou Pluma-de-Santa-Teresa.

Um estudo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e da Universidade Estadual de Maringá destacou que o botânico David Benzing chegou a apontar que a família Cactaceae possui cerca de 1.500 espécies espalhadas na região neotropical – ou seja, da América Central até a do Sul. Dessas, 10% são plantas epífitas, uma característica da Disocactus ackermannii.

Isso significa que essa espécie de cacto usa troncos de árvores apenas como um suporte para se desenvolverem, sem retirar nutrientes do hospedeiro e, consequentemente, sem provocar danos. A Disocactus ackermannii pode ser encontrada em florestas tropicais, principalmente no México, seu país de origem.

A espécie Disocactus ackermannii gosta de água?

Ao plantar o cacto-orquídea, umedeça seu substrato com cuidado — Foto: Abrahami / Wikimedia Commons
Ao plantar o cacto-orquídea, umedeça seu substrato com cuidado — Foto: Abrahami / Wikimedia Commons

Conforme o biólogo e paisagista Eduardo Hortenciano, por ter o costume de viver em meio às sombras de copas de árvores das matas úmidas, o cacto-orquídea não aprecia sol pleno. Aliás, justamente por estar acostumada com essas regiões, é uma planta que gosta de umidade.

Por isso, para um bom cultivo, Eduardo destaca a importância de sempre manter úmido o substrato onde o cacto está plantado. Mas isso não significa que a espécie tolera encharcamento – o que pode causar problemas à sua saúde.

Plantando a Disocactus ackermannii

Em jardins com árvores, vale prender a Disocactus ackermannii em troncos — Foto: Flickr / 阿橋 HQ / CreativeCommons
Em jardins com árvores, vale prender a Disocactus ackermannii em troncos — Foto: Flickr / 阿橋 HQ / CreativeCommons

Para o plantio do cacto-orquídea, vale ter em mente a necessidade de criar um ambiente semelhante ao de sua origem. Dentro de casa ou em jardins que não possuem árvores, o cultivo pode ser feito em vasos altos. “Use substratos típicos para orquídeas epífitas”, destaca o biólogo.

Em espaços internos, o cacto pode ser posicionado em locais que recebam uma luminosidade indireta. Caso seja colocado em uma janela que receba sol intenso à tarde, é preciso uma cortina fina para proteger o vegetal.

Varandas, coberturas e jardineiras expostas ao sol direto precisam receber algum tipo de filtro, como um pergolado ou tela sombrite”, ressalta Eduardo. Caso os ambientes externos tenham árvores, é possível prender essas plantas nos troncos, desde que o local tenha luz difusa.

“Em caso de cultivo dentro de casa, regue uma vez por semana e, no frio, uma vez a cada dez dias. Se cultivadas em árvores, apenas molhe com o auxílio de uma mangueira”, explica o biólogo.

Surgimento das flores

As flores da Disocactus ackermannii costumam abrir à noite — Foto: W. Bulach / Wikimedia Commons
As flores da Disocactus ackermannii costumam abrir à noite — Foto: W. Bulach / Wikimedia Commons

Se tem algo que é muito apreciado na Disocactus ackermannii são as suas flores vermelhas. Inclusive, não é apenas a tonalidade que chama a atenção, mas também o tamanho delas, grandes e vistosas – por isso a expressão “cacto-orquídea”.

Conforme Eduardo, após o cultivo do cacto, seu florescimento costuma acontecer durante a primavera. Para isso, é importante que a planta receba um pouco de claridade – mas com cautela. Aliás, a abertura das flores ocorre no período da noite, tanto dentro quanto fora de casa.

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