Sexta-feira é dia de almoço em família na casa da arquiteta Amelinha Bratke. São quatro gerações em torno da mesa, uma turma animada de 9 (Bruno, o neto caçula) a 95 anos (Amélia, mãe de Amelinha). Os encontros semanais não são compulsórios: quem não puder ir num dia vai no próximo e tudo bem. Mesmo assim, o quórumé garantido graças a uma ideia que a dona da casa teve há cerca de dois anos: a cada semana, uma pessoa escolhe o cardápio do dia. Se o pedido é hambúrguer, a mesa entra no clima de lanchonete. Se um genro pede peixe pargo, a anfitriã e Isabel, que trabalha na casa há 23 anos, providenciam o pescado. “Às vezes eles me desafiam. O João, meu neto do meio, já pediu ostras. Consegui no Mercado de Pinheiros e tive de aprender a abrir as conchas”, conta Amelinha.
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No dia em que Casa e Comida acompanhou o encontro, o cardápio era escolha da filha Carolina – a fotógrafa Cacá Bratke, que assina as fotos da reportagem. E quando alguém não curte o menu? Amelinha não se aperta. O projeto da casa, feito por ela, é todo sustentável e inclui horta e até um galinheiro: sempre tem omelete e salada para quem preferir. “Nada é obrigatório, é tudo por prazer.” Outro recurso certeiro para o sucesso dos encontros.