• Por Bianca Alves com Julyana Oliveira
Atualizado em
O projeto custará 70 milhões de dólares e está previsto para ser concluído em 2021 (Foto: wHy/ Reprodução)

O projeto custará 70 milhões de dólares e está previsto para ser concluído em 2021 (Foto wHy/ Reprodução)

O famoso Metropolitan Museum of Art (MET), de Nova York, ganhará uma nova extensão desenhada pelo arquiteto tailandês Kulapat Yantrasast, do estúdio de design wHY. A nova ala abrigará obras de arte dos continentes África, Oceania e das Américas, do departamento AAOA. A sessão possui, atualmente, 11 mil peças, que chegam a datar o ano 3000 a.C.

+ LEIA MAIS | MUSEU BRITÂNICO V&A ANUNCIA CONSTRUÇÃO DE DOIS NOVOS ESTABELECIMENTOS CULTURAIS

O departamento surgiu em 1969, mas a coleção presente começou a ser arrecadada em 1893, sendo estreada por uma escultura de pedra mexicana a cerâmica peruana. Parte dos objetos também foram doados pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Nelson Aldrich Rockefeller.

O projeto custará 70 milhões de dólares,aproximadamente 263 milhões de reais, e ocupará o espaço de mais de 3.700 metros quadrados, da atual Michael C Rockefeller Wing, batizada pelo nome do filho do ex-presidente filântropo. O motivo da reforma é a melhoria da exibição das artes e objetos criados por artistas de diversas culturas.

Os desenhos valorizam as obras milenares do departamento AAOA (Foto: wHy/ Reprodução)

Os desenhos valorizam as obras milenares do departamento AAOA (Foto wHy/ Reprodução)

+ LEIA MAIS | MUSEU NACIONAL DA SÍRIA É REINAUGURADO APÓS ANOS DE GUERRA

"Somente no AAOA existe o potencial para destacar paralelos e contrastes que mostram como as sociedades em centenas de culturas, cinco continentes e 5.000 anos abordaram questões de autoria, clientelismo, comércio, governança, ideologia estatal e comemorações ancestrais ", disse o diretor do MET, Max Hollein em uma declaração.

Para criar o novo espaço Yantrasast se inspirou na arquitetura característica das regiões de onde as obras são oriundas com o objetivo de valorizar a arte internacional. Apesar de a inspiração principal vir de vários países, os desenhos do projeto são minimalistas e dão destaque aos objetos expostos. Um teto curvado branco e uma janela grande quadriculada traz iluminação natural ao novo espaço.

A sessão possui 11 mil peças, sendo que a mais antiga é de 3000 a.C. (Foto: wHy/ Reprodução)

A sessão possui 11 mil peças, sendo que a mais antiga é de 3000 a.C. (Foto wHy/ Reprodução)

+ LEIA MAIS | ESCÓCIA INAUGURA SEU PRIMEIRO MUSEU DE DESIGN

Daniel H. Weiss, presidente do museu de Nova York, descreveu o projeto como uma iniciativa para representar adequadamente a herança da população local em suas coleções. "A renovação deste conjunto de galerias fará uma contribuição cívica única e oportuna para a nossa comunidade e enriquecerá imensamente uma vasta gama do dinamismo artístico do mundo".

+ LEIA MAIS | CONHEÇA A LISTA DOS MELHORES MUSEUS DO MUNDO

A reforma está prevista para ser iniciada em 2020 e concluída no ano seguinte. O projeto faz parte dos planos de melhoramento de várias alas do museu.