Publieditorial
As cores são aliadas na mudança de ciclos e em momentos angustiantes
As necessidades e os desejos de hoje, tendo em vista um futuro otimista são base do estudo anual da Suvinil, que apresenta os tons que são tendências em 2021
3 min de leituraAs cores são o antídoto certeiro para enfrentar os desafiadores tempos atuais, marcados, entre outros aspectos, pelo isolamento social e pela desmaterialização da sociedade. Por isso, elas tornam-se a primeira escolha para iniciar um ciclo de mudanças, a partir da reflexão, com pinceladas renovadoras. Esse é o mote do novo estudo anual de tendências em cores da Suvinil, o Suvinil Revela 2021, que ressalta as transformações vivenciadas pelos indivíduos e pelo jeito de morar.
Acompanhe, abaixo, trinte e oito tonalidades em paletas divididas em três grandes temas – Resgate, Consciência e Conexão, –, inclusive Meia-luz, a inspirada cor do ano, que lembra o pôr-do-sol. Para diferentes espaços, são matizes que, em sintonia com o agora, vão ao encontro das diversas preferências, sensações e histórias das pessoas.
Resgate
O primeiro tema do estudo de tendências de cores reforça a busca pelo passado – uma simplicidade ancestral que conecta todas as pessoas. Nesse sentido, a curadoria apresenta brancos orgânicos, naturais e levemente pigmentados, em alusão ao formato primitivo das cavernas brancas, que serviam como proteção a ameaças externas. Os tons referem-se mais a um santuário que a uma galeria de arte, por exemplo.
Há outras cores mais cromáticas. É o caso dos amarelos dessaturados, inspirados em fibras naturais e no artesanato brasileiro, dos marrons amadeirados e dos azuis complementares, evocando a cor do céu e o reflexo das águas, além de tons de cinza esfumaçados. “Esses simbolizam rituais, como a madeira queimada em fogueiras, a defumação e a fumaça de ervas”, lembra Sylvia Gracia, consultora de marketing, cor e conteúdo na Suvinil. O grupo de cores traduz a busca por tornar a casa um espaço de acolhimento, com a presença da vida interiorizada.
Consciência
Os cuidados do indivíduo consigo mesmo e com o planeta permeiam o segundo tema. Depois de resgatar o passado, é hora de voltar-se aos dias de hoje, em que a sustentabilidade pede que diferentes atividades sejam realizadas, o mais possível, em um mesmo espaço, com um mesmo aparelho ou objeto. O novo minimalismo é um jeito diferente de viver, no qual importa ter efetivamente menos. Trata-se de transformar as ações e, sobretudo, o consumo. Tanto que o estudo aborda ainda a economia desmaterializada, na qual a existência ganha mais racionalidade.
Relacionando a natureza ao morar, os tons escolhidos são medianos, dessaturados, calmantes e orgânicos. “Nem foscos, nem muito vibrantes, eles retratam o momento atual”, afirma Sylvia Gracia. Vermelhos e terrosos contrapõem-se a diferentes azuis do céu, e cores claras de concentração e felicidade complementam-se com verdes, como os temperados, que lembram alimentos.
Conexão
Real e virtual conectam-se no terceiro pilar, que traz a tecnologia percebida de maneira otimista. Ele aponta que as pessoas de todo o planeta podem ser ajudadas pela sua forte presença no ambiente digital, já que todas acessam o ciberespaço. É possível imaginar um futuro em que tal conexão assume caráter cada vez mais construtivo e colaborativo.
O estudo indica rosas e lilases crepusculares, verdes-azulados acqua e as pinceladas energéticas, em referência a memórias de felicidade. “As cores remetem, por exemplo, aos renders empregados na arquitetura”, explica Sylvia Gracia. Esses encantam o olhar com seu visual de possibilidades ilimitadas, ampliando o sonho para as construções. Assim, aliados, o real e o virtual tendem a auxiliar o desenvolvimento de soluções únicas e inovadoras que o futuro apresentará.
A cor do ano
Meia-luz
Pense em tudo aquilo que ainda será, mas que ao mesmo tempo não se apresentará como antes. Assim é o espírito de Meia-luz, a cor do ano 2021 eleita pela Suvinil, pertencente ao tema Conexão. “Ela remete diretamente ao pôr-do-sol, um período de transição, pinçado em meio ao degradê crepuscular”, explica Sylvia Gracia. Com tal cor nos lembramos que um dia se vai, outro virá, em eterna impermanência.
Não é à toa que o pôr-do-sol tornou-se certo símbolo de esperança durante a pandemia, sendo tão compartilhado nas redes sociais, como se já tivéssemos esquecido dessa pequena beleza da vida. Meia-luz é o último rosa da paleta dos rosas, antes de chegarem os lilases, e tem a vibração de ambos. Otimista, a cor traz a ideia de que podemos carregar nossos sonhos onde quer que estejamos e convida a pintar as paredes de casa com ela.