• Por Suvinil
Atualizado em
O estar exibe mesa de centro do Estúdio Rain, vasos de Nicole Toldi, escultura dourada do Estúdio Orth, pote de madeira de Sergio Cabral, banco de Inês Schertel, na Herança Cultural, estante de Nicole Tomazi e Sergio Cabral com Diesendr.uk  (Foto: Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

O estar exibe mesa de centro do Estúdio Rain, vasos de Nicole Toldi, escultura dourada do Estúdio Orth, pote de madeira de Sergio Cabral, banco de Inês Schertel, na Herança Cultural, estante de Nicole Tomazi e Sergio Cabral com Diesendr.uk e tapete da Aveia Tapeçaria (Foto: Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

As cores são o antídoto certeiro para enfrentar os desafiadores tempos atuais, marcados, entre outros aspectos, pelo isolamento social e pela desmaterialização da sociedade. Por isso, elas tornam-se a primeira escolha para iniciar um ciclo de mudanças, a partir da reflexão, com pinceladas renovadoras. Esse é o mote do novo estudo anual de tendências em cores da Suvinil, o Suvinil Revela 2021, que ressalta as transformações vivenciadas pelos indivíduos e pelo jeito de morar.

Acompanhe, abaixo, trinte e oito tonalidades em paletas divididas em três grandes temas – Resgate, Consciência e Conexão, –, inclusive Meia-luz, a inspirada cor do ano, que lembra o pôr-do-sol. Para diferentes espaços, são matizes que, em sintonia com o agora, vão ao encontro das diversas preferências, sensações e histórias das pessoas.

Com conceito e direção criativa de Michell Lott, o living tem sofá da Wentz Design, mesa de centro do Estúdio Rain, vasos da Alva Design, de Nicole Toldi e da Konsepta Design, defumador e escultura dourada do Estúdio Orth (Foto: André Klotz)

Com conceito e direção criativa de Michell Lott, o living tem sofá da Wentz Design, mesa de centro do Estúdio Rain, vasos da Alva Design, de Nicole Toldi e da Konsepta Design, defumador e escultura dourada do Estúdio Orth, abajur e escultura de parede de Camilla D’Anunziata, estantes de Nicole Tomazi e Sergio Cabral com Diesendr.uk e tapete da Aveia Tapeçaria (Foto: André Klotz)

Resgate
O primeiro tema do estudo de tendências de cores reforça a busca pelo passado – uma simplicidade ancestral que conecta todas as pessoas. Nesse sentido, a curadoria apresenta brancos orgânicos, naturais e levemente pigmentados, em alusão ao formato primitivo das cavernas brancas, que serviam como proteção a ameaças externas. Os tons referem-se mais a um santuário que a uma galeria de arte, por exemplo.

Há outras cores mais cromáticas. É o caso dos amarelos dessaturados, inspirados em fibras naturais e no artesanato brasileiro, dos marrons amadeirados e dos azuis complementares, evocando a cor do céu e o reflexo das águas, além de tons de cinza esfumaçados. “Esses simbolizam rituais, como a madeira queimada em fogueiras, a defumação e a fumaça de ervas”, lembra Sylvia Gracia, consultora de marketing, cor e conteúdo na Suvinil. O grupo de cores traduz a busca por tornar a casa um espaço de acolhimento, com a presença da vida interiorizada.

Escultura do artesão Cícero, da Ilha do Ferro, AL, cesto do Estúdio Avelós e luminária de Nicole Tomazi (Foto: André Klotz e Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo )

Escultura do artesão Cícero, da Ilha do Ferro, AL, cesto do Estúdio Avelós e luminária de Nicole Tomazi (Foto: André Klotz e Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo )

Roupa de cama da Trama Casa, banco e esculturas de madeira de Noemi Saga, cabideiro de Leandro Garcia, além de banquinhos e minicadeiras da Marcenaria Quiar (Foto: André Klotz e Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

Roupa de cama da Trama Casa, banco e esculturas de madeira de Noemi Saga, cabideiro de Leandro Garcia, além de banquinhos e minicadeiras da Marcenaria Quiar (Foto: André Klotz e Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

Cadeira de Edel-Stein, aparador de Ronald Sasson para a Clami, cesto de lã de Inês Schertel, na Herança Cultural, e pássaro do Mestre Aberaldo, da Ilha do Ferro, AL (Foto: André Klotz e Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

Cadeira de Edel-Stein, aparador de Ronald Sasson para a Clami, cesto de lã de Inês Schertel, na Herança Cultural, e pássaro do Mestre Aberaldo, da Ilha do Ferro, AL (Foto: André Klotz e Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

Paleta de cores Suvinil (Foto: Suvinil)

A paleta resgate faz referência a um santuário (Foto: Suvinil)

No ambiente listrado com cores do tema Consciência, há mesa lateral e vaso de Giácomo Tomazzi, além de luminária da Wentz Design (Foto: Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

No ambiente listrado com cores do tema "Consciência", há mesa lateral e vaso de Giácomo Tomazzi, além de luminária da Wentz Design (Foto: Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

Consciência
Os cuidados do indivíduo consigo mesmo e com o planeta permeiam o segundo tema. Depois de resgatar o passado, é hora de voltar-se aos dias de hoje, em que a sustentabilidade pede que diferentes atividades sejam realizadas, o mais possível, em um mesmo espaço, com um mesmo aparelho ou objeto. O novo minimalismo é um jeito diferente de viver, no qual importa ter efetivamente menos. Trata-se de transformar as ações e, sobretudo, o consumo. Tanto que o estudo aborda ainda a economia desmaterializada, na qual a existência ganha mais racionalidade.

Relacionando a natureza ao morar, os tons escolhidos são medianos, dessaturados, calmantes e orgânicos. “Nem foscos, nem muito vibrantes, eles retratam o momento atual”, afirma Sylvia Gracia. Vermelhos e terrosos contrapõem-se a diferentes azuis do céu, e cores claras de concentração e felicidade complementam-se com verdes, como os temperados, que lembram alimentos.

Na cozinha, mesa da Wentz Design, cadeira de oEbanista, tábuas da Toko Design Utilitário e colheres de madeira da Arte Tribal, na Feira na Rosenbaum (Foto: Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

Na cozinha, mesa da Wentz Design, cadeira de oEbanista, tábuas da Toko Design Utilitário e colheres de madeira da Arte Tribal, na Feira na Rosenbaum (Foto: Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

Fruteiras da Casa Baró, na Feira na Rosenbaum, prato de madeira de Sergio Cabral, prato do Atelier Muriqui, cadeira de Sérgio Matos e aparador de Ronald Sasson para a Clami (Foto: Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

Fruteiras da Casa Baró, na Feira na Rosenbaum, prato de madeira de Sergio Cabral, prato do Atelier Muriqui, cadeira de Sérgio Matos e aparador de Ronald Sasson para a Clami (Foto: Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

Mesa lateral de Bianca Barbato, luminária de Noemi Saga, vaso e planta da Flo Atelier Botânico, saboneteira da Alva Design e tapete da Trapos e Fiapos (Foto: André Klotz)

Mesa lateral de Bianca Barbato, luminária de Noemi Saga, vaso e planta da Flo Atelier Botânico, saboneteira da Alva Design e tapete da Trapos e Fiapos (Foto: André Klotz)

Paleta de cores Suvinil (Foto: Suvinil)

A paleta Consciência relaciona a natureza ao morar (Foto: Suvinil)

 Imagem criada pelo Estúdio Six N. Five Objects, com direção de Ezequiel Pini (Foto: Six N. Five )

Imagem criada pelo Estúdio Six N. Five Objects, com direção de Ezequiel Pini (Foto: Six N. Five )

Conexão
Real e virtual conectam-se no terceiro pilar, que traz a tecnologia percebida de maneira otimista. Ele aponta que as pessoas de todo o planeta podem ser ajudadas pela sua forte presença no ambiente digital, já que todas acessam o ciberespaço. É possível imaginar um futuro em que tal conexão assume caráter cada vez mais construtivo e colaborativo.

O estudo indica rosas e lilases crepusculares, verdes-azulados acqua e as pinceladas energéticas, em referência a memórias de felicidade. “As cores remetem, por exemplo, aos renders empregados na arquitetura”, explica Sylvia Gracia. Esses encantam o olhar com seu visual de possibilidades ilimitadas, ampliando o sonho para as construções. Assim, aliados, o real e o virtual tendem a auxiliar o desenvolvimento de soluções únicas e inovadoras que o futuro apresentará.

Cadeira de Humberto da Mata, mesas laterais de Lucas Recchia para a Firma Casa e de Juliana Vasconcellos, com luminária do Estúdio Rain, além de estantes da Cultivado em Casa e de Bianca Barbato (Foto: André Klotz e Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

Cadeira de Humberto da Mata, mesas laterais de Lucas Recchia para a Firma Casa e de Juliana Vasconcellos, com luminária do Estúdio Rain, além de estantes da Cultivado em Casa e de Bianca Barbato (Foto: André Klotz e Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

No detalhe, estão mesa da Alva Design e cerâmica de Studio Heloisa Galvão (Foto: André Klotz e Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

No detalhe, estão mesa da Alva Design e cerâmica de Studio Heloisa Galvão (Foto: André Klotz e Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

Escultura e cadeira de Mestre Jasson e barco do Estúdio Celma Martins, na Annesso, banco e vaso de Humberto da Mata. Banco-mesa e mural da Orí Interiores (Foto: André Klotz e Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

Escultura e cadeira de Mestre Jasson e barco do Estúdio Celma Martins, na Annesso, banco e vaso de Humberto da Mata. Banco-mesa e mural da Orí Interiores (Foto: André Klotz e Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

Paleta de cores Suvinil (Foto: Suvinil)

A paleta Conexão faz referência a memórias de felicidade (Foto: Suvinil)

O living tem tapeçarias de Bruna Octaviano e Alex Rocca; poltrona de Jorge Zalszupin na Etel Design; cabideiro do Studio Massa; arandela de Ana Neute para a Itens Collections; mesa lateral do Alv a Design, com luminária de Camilla D’Anunziata (Foto: André Klotz)

O living tem tapeçarias de Bruna Octaviano e Alex Rocca; poltrona de Jorge Zalszupin na Etel Design; cabideiro do Studio Massa; arandela de Ana Neute para a Itens Collections; mesa lateral do Alva Design, com luminária de Camilla D’Anunziata; banco de Juliana Vasconcellos para o Iadê Instituto e tapete de Lola Muller (Foto: André Klotz)

A cor do ano
Meia-luz
Pense em tudo aquilo que ainda será, mas que ao mesmo tempo não se apresentará como antes. Assim é o espírito de Meia-luz, a cor do ano 2021 eleita pela Suvinil, pertencente ao tema Conexão. “Ela remete diretamente ao pôr-do-sol, um período de transição, pinçado em meio ao degradê crepuscular”, explica Sylvia Gracia. Com tal cor nos lembramos que um dia se vai, outro virá, em eterna impermanência.

Não é à toa que o pôr-do-sol tornou-se certo símbolo de esperança durante a pandemia, sendo tão compartilhado nas redes sociais, como se já tivéssemos esquecido dessa pequena beleza da vida. Meia-luz é o último rosa da paleta dos rosas, antes de chegarem os lilases, e tem a vibração de ambos. Otimista, a cor traz a ideia de que podemos carregar nossos sonhos onde quer que estejamos e convida a pintar as paredes de casa com ela.

O crepúsculo revela tons entre o rosa e o lilás (Foto: Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

O crepúsculo revela tons entre o rosa e o lilás (Foto: Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

Vasos de Nicole Tomazi e Sergio Cabral, na Firma Casa (Foto: Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

Vasos de Nicole Tomazi e Sergio Cabral, na Firma Casa (Foto: Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

Sobre o tapete de Lola Muller, diferentes referências de tonalidades que remetem a Meia-luz, cor do ano proposta pela Suvinil (Foto: Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)

Sobre o tapete de Lola Muller, diferentes referências de tonalidades que remetem a Meia-luz, cor do ano proposta pela Suvinil (Foto: Nani Rodrigues e Marcos Lôndero / Brejo)