• Por Aline Melo
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Lúcio Costa foi um dos principais arquitetos e urbanistas da arquitetura modernista (Foto: Divulgação)

Lúcio Costa foi um dos principais arquitetos e urbanistas da arquitetura modernista (Foto: Divulgação)

Grande expoente da arquitetura modernista, o arquiteto e urbanista Lúcio Costa ficou eternizado pelo Plano Piloto da Cidade de Brasília, considerada um dos patrimônios mundiais. Mas sua história começou muito antes, na cidade francesa de Touln, França, onde nasceu no dia 27 de fevereiro de 1902.

Lúcio passou grande parte de sua infância viajando, em função do trabalho do pai, mas foi no Brasil que graduou-se em arquitetura e em pintura, na Escola Nacional de Belas Artes, em 1924. O arquiteto regressou à instituição como diretor após a Revolução de 1930, provocando alvoroço com suas experimentações artísticas, fundamentais para a renovação do pensamento arquitetônico no país.

Lúcio Costa e Oscar Niemeyer tiveram uma relação de longa-data, que culminou em grandes obras do urbanismo (Foto: Divulgação)

Lúcio Costa e Oscar Niemeyer tiveram uma relação de longa-data, que culminou em grandes obras do urbanismo (Foto: Divulgação)

Sua relação com Oscar Niemeyer precede a criação de Brasília, já que este foi seu estagiário. Em 1935, trabalharam juntos para elaborar o projeto da sede do Ministério da Educação e Saúde do Rio de Janeiro. Já em 1938, criaram o Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova York, após Lucio vencer o concurso, mas propor que o projeto de Oscar fosse escolhido, por julgá-lo melhor. 

Plano-piloto de Brasília, assinado por Lúcio Costa (Foto: Reprodução)

Plano-piloto de Brasília, assinado por Lúcio Costa (Foto: Reprodução)

Em 1957, Lúcio venceu outro concurso, que o consagraria como um dos mais importantes urbanistas brasileiros: o plano-piloto de Brasília. Vista do alto, a planta baixa lembra um avião. Nas asas ficam as áreas comerciais e residenciais, enquanto no centro os prédios do governo, os bancos e os espaços culturais. Na época, o arquiteto fechou seu escritório para dedicar-se exclusivamente à capital. 

Entre seus projetos posteriores de destaque, estão a reconstrução de Florença, destruída por uma inundação, e o plano de urbanização da Barra da Tijuca no Rio de Janeiro, que abandonou diante de diversas irregularidades. Em 1995, Lúcio Costa lançou o livro autobiográfico Registro de uma Vivência, contendo projetos, ensaios críticos e cartas pessoais, três anos antes de falecer, em 13 de junho de 1998.