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Por , Em The New York Times

É um dia que nenhum homem espera: olhar no espelho e admitir que sua calvície é real ou sentir a brisa no alto da cabeça. Até metade dos homens deve experimentar algum tipo de calvície aos 50 anos, e ainda mais depois disso.

É um dia que nenhum homem espera viver: olhar no espelho e admitir que sua entrada é real ou sentir a brisa no alto da cabeça. Até metade dos homens deve experimentar algum tipo de calvície aos 50 anos, e ainda mais depois disso.

Mesmo que a genética e os hormônios desempenhem papéis importantes na queda de cabelo, os mecanismos exatos não são totalmente compreendidos — razão pela qual os tratamentos para conter ou reverter a calvície continuam imperfeitos, segundo o médico Arash Mostaghimi, do hospital Brigham and Women’s, nos Estados Unidos.

No entanto, existem algumas coisas que você pode fazer antes e depois que esse dia fatídico chegar. Abaixo, veja o que funciona, o que há de novo e o que evitar.

O que causa a calvície masculina?

A cabeça humana média contém cerca de 100 mil fios de cabelo. Cada um está conectado a um folículo, que pode conter de um a cinco fios de cabelo.

— O folículo é basicamente um órgão próprio. Ele tem suas próprias células-tronco e regenera — explica Mostaghimi.

Normalmente, segundo o médico, a queda de cabelo nos homens ocorre devido ao aumento de uma enzima no couro cabeludo que converte a testosterona em uma forma mais potente, chamada diidrotestosterona (ou DHT). No entanto, as razões pelas quais um homem pode ter mais DHT do que outro também não são bem compreendidas, mas têm um componente genético.

Quando os homens têm muito DHT no couro cabeludo, o hormônio inicia um processo complexo que leva à miniaturização dos fios, no qual os cabelos e folículos começam a encolher. Por isso, os homens frequentemente têm cabelos mais finos ou até mesmo penugens onde estão ficando carecas.

Essa queda de cabelo ocorre em uma sequência previsível: primeiro ao redor das têmporas, depois no topo da cabeça, onde níveis aumentados e atividade da enzima e da testosterona modificada são encontrados, segundo Mostaghimi. Daí a frase “calvície de padrão masculino”.

Quando você deve procurar ajuda?

O médico Danilo C. Del Campo, especializado no assunto, recomenda uma consulta com um dermatologista caso esteja preocupado com a calvície. Principalmente, antes que essa preocupação seja mais séria. Os medicamentos geralmente são melhores para prevenir a queda de cabelo do que para revertê-la.

— Quanto mais cedo você começar, maior será a probabilidade de manter o cabelo que tem — diz Mostaghimi.

Os dermatologistas costumam recomendar dois medicamentos: o famoso minoxidil e a finasterida.

No caso do minoxidil, os pacientes devem aplicar diariamente ou, de preferência, duas vezes ao dia. O medicamento vem em espuma ou gotas. Del Campo recomendando o uso de uma formulação sem propilenoglicol, que pode irritar o couro cabeludo.

Demora alguns meses para o cabelo crescer novamente, mas o minoxidil tópico não funciona bem para todos e os especialistas dizem que muitos não gostam de aplicá-lo com tanta frequência. Além disso, segundo Mostaghimi, como acontece em qualquer tratamento para queda de cabelo, se o paciente parar de tomá-lo, ele perderá todos os ganhos anteriores.

Outra opção é tomar minoxidil em forma de comprimido, uma terapia off-label que dermatologistas usam há anos. No entanto, as pílulas fazem o cabelo crescer indiscriminadamente, inclusive na barba ou nas axilas, com variações individuais.

A finasterida é aprovada em forma de comprimido para queda de cabelo masculina com receita médica. Estudos ainda sugerem que a maioria dos homens que usam finasterida mantêm ou melhora a cobertura capilar ao longo de cinco anos.

Segundo Del Campo, tomar finasterida oral apresenta um pequeno risco de disfunção erétil, que geralmente termina quando o paciente para de tomá-la.

— Isso é algo que levo a sério quando discuto o assunto com pacientes — afirma.

Comparar a finasterida com o minoxidil é complicado, de acordo com Mostaghimi, pois os estudos muitas vezes medem os resultados de forma diferente. O minoxidil, por exemplo, obteve notas melhores para o crescimento do cabelo, enquanto a finasterida costuma ser considerada melhor para mantê-lo.

— É geralmente aceito que o tratamento combinado funciona melhor do que qualquer coisa sozinha — defende a médica Carolyn Goh, professora de Dermatologia na Universidade da Califórnia em Los Angeles.

Existem algumas outras opções, mas os especialistas dizem que não são terapias isoladas e devem ser usadas juntamente com medicamentos. Uma alternativa são as injeções de plasma rico em plaquetas (PRP). Nesse processo, o sangue de um paciente é coletado, seu plasma separado e injetado de volta no couro cabeludo.

Uma meta-análise recente concluiu que PRP tinha potencial para alguns pacientes, mas era difícil atestar isso com segurança, porque todos os estudos foram realizados de formas diferentes. Especialistas, como Del Campo, não recomendam o método isoladamente.

Outra opção é a terapia com luz laser de baixa intensidade — geralmente na forma de capacetes ou pentes. Mas pode ser difícil para os pacientes distinguir entre dispositivos médicos legítimos e fraudes: eles devem ser vistos apenas como um complemento a outras terapias.

E os transplantes?

Alguns dermatologistas veem o transplante o padrão-ouro da restauração capilar.

Durante um transplante capilar, os folículos são removidos de um local e realocados onde for necessário. Isso pode ser feito removendo uma faixa da parte de trás do couro cabeludo ou realocando folículos individuais ao redor da cabeça.

Porém, o processo tem suas ressalvas. Primeiro, um transplante muitas vezes não fornece resultados imediatos. A linha do cabelo original ainda continua a diminuir e, por isso, a habilidade do cirurgião é importante. Os pacientes também verão os melhores resultados quando continuarem a usar a medicação. O procedimento também é a opção mais cara.

Mitos e desinformação

Existem quase tantos mitos sobre a calvície quanto remédios falsos. Algumas pessoas dizem que usar boné com frequência pode fazer o cabelo cair, enquanto outras culpam a falta de chapéu no tempo frio. Ambas são falsas, diz Del Campo.

Alguns acreditam que lavar muito o cabelo é o problema; outros dizem que não está lavando o suficiente. Segundo dermatologistas, ambos também são falsos. Alguns ainda sugerem que uma queimadura solar no couro cabeludo pode estimular o crescimento: “não faça isso”, alertam especialistas. Nem esfregar cebola ou alho na cabeça estimulará o crescimento.

O óleo de alecrim se tornou viral no TikTok nos últimos anos. Mas, segundo dermatologistas, a evidência de sua eficácia é escassa.

Por fim, o papel da hereditariedade acrescenta outra camada na confusão. Você deveria olhar para o seu pai ou para o pai da sua mãe para ver o seu futuro? Infelizmente, nenhum dos dois é um preditor perfeito.

A perda de cabelo pode causar sofrimento real. Mas, ao iniciar uma conversa aberta com um médico assim que os sinais aparecem, não precisa ser assim.

— Há inúmeras opções e o futuro é brilhante para alguém que está lidando com isso — conclui Del Campo.

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