Moradores do bairro do Leme, na Zona Sul, formaram uma mobilização para ajudar a salvar o cãozinho Noah, de nove meses, da raça American staffordshire terrier, que corre risco de vida. O animal sofreu lesões extensas na pele em todo o lado direito do corpo. O filhote também tem risco de sepse, que é uma infecção generalizada e já fez quatro transfusões de sangue, segundo a veterinária Alessandra Mondego. que está cuidando dele.
A atriz Rayssa de Castro, que faz parte do grupo, contou que o cão pertence a um morador do Morro da Babilônia, que teria mandado buscá-lo no interior de Minas Gerais. Ele teria enviado dinheiro para um amigo que teria despachado o animal no bagageiro de um ônibus de uma empresa de turismo.
De acordo com os relatos, quando o coletivo chegou ao Recreio, na Zona Oeste, para deixar alguns passageiros o cachorro teria escapulido e foi atropelado. Também teve queimaduras pelo corpo, por conta do contato com o asfalto quente.
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Como o responsável pelo animal está desempregado, esse grupo de moradores tomaram a frente e se cotizaram para internar Noah numa clínica veterinária de Botafogo, na Zona Sul, cuja diária custa R$ 698. A dívida com a internação, que já dura cerca de duas semanas, já passa dos R$ 10 mil, segundo Rayssa. Para bancar os custos, o grupo está recorrendo a rifas e à campanha #salve o noah, com doações via PIX para chave roxanesiqueira@gmail.com. Até agora já conseguiram R$ 3 mil.
—Ele só está vivo por conta desta rede de solidariedade. Na verdade, está lutando para viver. O pessoal se uniu numa corrente e todo mundo está se cotizando — contou a atriz.
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A veterinária Alessandra Mondego, que atendeu Noah, afirma que o animal corre risco de vida.
— Ele teve lesões extensas na pele em todo o lado direito do corpo, ainda está internado e mesmo anestesiado ele chora de dor. Pelas lesões dá para ver a musculatura dele, os nervos. O Noah está lutando para viver, porque ele tem risco de sepse que é uma infecção generalizada e já fez quatro transfusões de sangue. As proteínas estão muito baixas — explica a veterinária.
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Segundo Alessandra, o cachorro ainda teve perda de massa muscular e fez edema pulmonar. A veterinária alerta para os cuidados necessários para o transporte de animais:
— Para a viagem, tem que ser apresentado um atestado de saúde emitido pelo veterinário, o animal tem que embarcar com caderneta de vacinação e dentro de uma caixa ou bolsa de transporte adequadas. Além de estar com coleira — explica.
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