Carnaval
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Por — Rio de Janeiro

A cantora Alcione será a grande homenageada deste carnaval. Enredo da sua Estação Primeira de Mangueira, esta não será a primeira vez da Marrom como estrela de um desfile. Em 1994, foi sobre ela a apresentação da Unidos da Ponte. Considerado por muitos uma das maiores homenagens que um artista pode receber em vida, virar tema de um desfile também já foi experimentado duas vezes pelo rei Roberto Carlos — Unidos do Cabuçu (1987) e Beija-Flor (2011) — e por Maria Bethânia, as duas vezes pela Mangueira: uma em 1994, ao lado de Caetano Veloso, Gal Costa e Gilberto Gil, e outra em 2016, como estrela principal. Confira abaixo, em fotos, as personalidades homenageadas no Grupo Especial nos 40 anos do Sambódromo.

O apresentador Silvio Santos, que completou 60 anos de carreira em 2023, foi homenageado pela Tradição em 2001, em desfile em que os colegas Hebe Camargo, Gugu Liberato e Ratinho também marcaram presença. Anunciado pelo locutor Lombardi na Sapucaí, o "homem do baú" chegou ao Sambódromo cercado por 30 seguranças.

Xuxa, a rainha dos baixinhos, também levantou as arquibancadas em 2004, como enredo da Caprichosos de Pilares. Ao fim do desfile, ela chorou de emoção.

Qual é o melhor samba-enredo dos 40 anos de Sambódromo?

Já em 1991, foi a humorista Dercy Gonçalves, então com 84 anos, quem brilhou no desfile em sua homenagem pela Viradouro. Com o enredo “Bravo, bravíssimo: Dercy, o retrato de um povo”, assinado pelos carnavalescos Max Lopes e Mauro Quintaes, a artista desfilou de topless. Em 2003, foi a vez de a atriz Bibi Ferreira ser reverenciada na Avenida, também pela vermelha e branca de Niterói.

Há ainda quem tenha desfilado duas vezes na mesma noite e pela mesma escola. A cantora Ivete Sangalo demonstrou fôlego ao cantar na abertura do desfile da Grande Rio em 2017, que a homenageava. Ela ainda dançou na comissão de frente e correu a tempo de encerrar o desfile no último carro.

O cantor e compositor Martinho da Vila não fica atrás nessa: em 2022, então com 84 anos, desfilou como elemento surpresa da comissão de frente da Vila Isabel, e ainda correu para fechar o desfile, no chão, com outros componentes da escola que o homenageava.

Personalidades do esporte também foram exaltadas na Avenida, como Zico, o Galinho de Quintino, na Imperatriz (2013). Ronaldo Fenômeno, craque do penta em 2002, foi o enredo na Tradição no ano seguinte, e não compareceu. Ele teve um problema de saúde e foi representado pela mãe, dona Sonia.

Já entre os escritores, o poeta Carlos Drummond de Andrade garantiu o título da Mangueira em 1987, mas também não desfilou. Ele morreu em agosto daquele mesmo ano.

Na inauguração do Sambódromo, em 1984, foi o cantor e compositor Braguinha a embalar o ano mágico da Estação Primeira. Naquela ocasião, o regulamento definiu que haveria uma campeã no domingo (título conquistado pela Portela), outra na segunda-feira (vitória da Mangueira) e, no sábado, sairia ainda a supercampeã, taça levantada pela Verde e Rosa. Aquele desfile é lembrado ainda como o que a Mangueira "foi e voltou": depois de cruzar a Marquês de Sapucaí, os componentes fizeram a volta na Praça da Apoteose e retornaram pela Avenida.

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