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Por AFP, O Globo — Jerusalém

O chefe das Forças de Defesa de Israel (FDI) disse, nesta quarta-feira (17), que a probabilidade de uma guerra estourar na fronteira norte do país com o Líbano tornou-se "muito maior". A declaração vem um dia após um intenso bombardeio israelense no vale de Sluki, perto da fronteira entre os dois países.

"Não sei quando será a guerra no norte, posso dizer-vos que a probabilidade de isso acontecer nos próximos meses é muito maior do que era no passado", disse o chefe do exército israelita, Herzi Halevi, num comunicado.

Fumaça decorrente do bombardeio israelense da vila de Blida, no Líbano — Foto: JALAA MAREY / AFP
Fumaça decorrente do bombardeio israelense da vila de Blida, no Líbano — Foto: JALAA MAREY / AFP

Nesta última terça-feira (16), as FDI conduziram ataques aéreos e bombardeios de artilharia no sul do Líbano. Uma fonte disse à AFP que a barragem foi a "mais intensa" desde o início do conflito na Faixa de Gaza em 7 de outubro do ano passado, quando o Hezbollah e Israel começaram a trocar fogo diariamente.

Tel Aviv afirma que seu objetivo era atingir posições militares libanesas perto da fronteira, escondidas com o propósito de atacar Israel. O Líbano diz que não sofreu baixas durante o ataque e respondeu com bombardeios a posições israelenses.

Israel matou comandante do Hezbollah no Líbano

O grupo xiita Hezbollah disse na semana passada que um de seus comandantes foi morto em um ataque no sul do Líbano. Em um comunicado, eles identificaram o comandante como Wissam Hassan al-Tawil, sem dar detalhes adicionais. Mas, sob condição de anonimato, uma fonte de segurança libanesa disse que al-Tawil era um comandante na unidade Radwan, apontada por Israel como tendo objetivo de se infiltrar em sua fronteira norte.

Segundo a fonte, ele foi morto em um ataque israelense em Khirbet Selm, uma vila no sul do Líbano que fica a cerca de 14,5 km da fronteira israelense. De acordo com a Reuters, al-Tawil estava em seu carro com outro combatente quando foi atingido.

Wissam Hassan al-Tawil, comandante do Hezbollah morto em ataque israelense — Foto: Reprodução
Wissam Hassan al-Tawil, comandante do Hezbollah morto em ataque israelense — Foto: Reprodução

Em um aparente esforço para mostrar sua importância na organização, a al-Manar, rede libanesa que pertence ao Hezbollah, postou imagens dele ao lado de várias autoridades graduadas, incluindo o líder do grupo xiita, Hassan Nasrallah, e Qassem Soleimani, o general iraniano morto em um ataque de drone dos EUA em 2020.

No domingo, militares de Israel afirmaram ter atingido alvos do grupo xiita na região de fronteira e declararam que estavam prontos para atacar mais posições do movimento, que é apoiado pelo Irã. Segundo o contra-almirante Daniel Hagari, principal porta-voz dos militares israelenses, ao menos sete membros do Hezbollah morreram.

Morte do n° 2 do Hamas

Um ataque de Israel com um drone contra um escritório do Hamas no Líbano matou Saleh al-Arouri, número 2 do braço político do grupo terrorista islâmico, no primeiro dia do ano. Cofundador da ala militar do Hamas, as Brigadas al-Qassam, al-Arouri era vice de Ismail Haniyeh desde 2017 e chefe de operações na Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967.

A ação no sul de Beirute — bastião do grupo xiita libanês Hebzollah — deixou mais seis mortos, incluindo Samir Fendi e Azzam al-Aqraa, também das Brigadas al-Qassam, disse Haniyeh. Ao comentar as mortes, o líder do Hamas afirmou que o grupo “nunca será vencido”.

Chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallan faz um discurso na TV, com uma foto do vice-chefe do Hamas morto, Saleh al-Aruri, à sua esquerda — Foto: AFP PHOTO / HO / AL-MANAR
Chefe do Hezbollah, Hassan Nasrallan faz um discurso na TV, com uma foto do vice-chefe do Hamas morto, Saleh al-Aruri, à sua esquerda — Foto: AFP PHOTO / HO / AL-MANAR

— Um movimento cujos líderes e fundadores caem como mártires pela dignidade de nosso povo e nossa nação nunca será vencido — declarou Haniyeh, que está baseado no Catar em uma pronunciamento na televisão. — É a história da resistência e do movimento que, após o assassinato de seus líderes, se torna ainda mais forte e determinado.

Em seu discurso, Haniyeh qualificou o bombardeio de "ato terrorista", afirmando se tratar de "uma violação da soberania do Líbano e uma expansão" da agressão "contra nosso povo e nossa nação".

Al-Arouri era considerado uma figura-chave na rede de financiamento do Hamas e nas negociações para pôr fim ao conflito na Faixa de Gaza, que já dura quase três meses. Fontes diplomáticas árabes disseram ao jornal israelense Haaretz que o assassinato paralisou nova tentativa de negociações por um cessar-fogo e pela libertação de cerca de 130 pessoas de Israel ainda mantidas como reféns pelo Hamas em Gaza. O objetivo agora, disseram, é evitar uma escalada no norte de Israel, na fronteira com o Líbano.

Aliados do grupo palestino, o Irã disse que o assassinato vai motivar a resistência contra Israel, enquanto o Hezbollah afirmou que a morte "não ficará impune".

“Nós do Hezbollah afirmamos que esse crime não ficará sem resposta ou impune”, afirmou o movimento xiita em um comunicado."Consideramos que o crime de assassinato (...) no coração do subúrbio ao sul de Beirute é um ataque sério contra o Líbano (...) e um incidente perigoso no decorrer da guerra", disse ele.

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