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Por O Globo e agências internacionais — Doha e Tel Aviv

Após dias de negociações, autoridades de Israel e do Hamas chegaram a um acordo, nesta quarta-feira, para libertar parte dos reféns sequestrados nos ataques do grupo armado em 7 de outubro em troca de uma trégua temporária de quatro dias na Faixa de Gaza. Segundo o acordo, 50 civis israelenses, a maioria sendo menor de idade, serão libertados nos próximos dias. Em troca, além do breve cessar-fogo, Israel se comprometeu a libertar cerca de 150 mulheres e crianças palestinas atualmente detidas em prisões israelenses, de acordo com informações posteriormente confirmadas pelo Hamas.

O grupo de reféns israelenses é composto por 30 crianças, oito mães e mais 12 mulheres. Os primeiros devem sair de Gaza na quinta-feira, sendo 12 liberados por dia, conforme um comunicado oficial do governo de Israel, confirmando informações anteriores da mídia local. Há ainda a expectativa de que mais reféns sejam liberados em breve, segundo a nota emitida pelo Gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

"O governo israelense está empenhado em trazer todos os sequestrados para casa. Nesta noite, o governo aprovou o esboço da primeira fase para atingir este objetivo, segundo o qual pelo menos 50 reféns, mulheres e crianças, serão libertados durante um período de quatro dias, durante os quais haverá uma pausa nos combates", diz a declaração. "A libertação de cada dez reféns adicionais resultará num dia adicional de trégua", acrescenta a nota.

De acordo com o Channel 12, o processo para a liberação e transferência dos reféns será dividido em cinco etapas. Na primeira, o Hamas entregará inicialmente os reféns à Cruz Vermelha, que, por sua vez, os transferirá para representantes das Forças Armadas Israel. Então, somente após uma verificação médica inicial, na terceira etapa do processo, eles serão levados a centros médicos isolados em Israel para se reunirem com suas famílias.

Posteriormente, na fase quatro da operação, autoridades médicas e de defesa decidirão se alguns podem ser interrogados, e a última etapa envolverá o interrogatório dos reféns por autoridades de segurança.

Seis centros de saúde em Israel foram preparados para receber os reféns liberados, informou o Hareetz, citando o Ministério da Saúde israelense. Esses hospitais incluem o Centro Médico Sheba, em Tel Hashomer, o Centro Médico Shamir, os Hospitais Wolfson, Soroka e Ichilov, além do Centro Médico Schneider para Crianças.

Como parte da negociação, o governo israelense também concordou interromper todos os ataques na Faixa de Gaza, aéreos e terrestres, por quatro dias, e exigiu que a Cruz Vermelha possa visitar os reféns que continuarão sob custódia, garantindo seu acesso a medicamentos. Também serão permitidas entradas de centenas de caminhões de ajuda humanitária a Gaza, através do Egito, conforme comunicado oficial do Hamas.

Em seu ataque ao território israelense, o Hamas matou 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestrou cerca de 240 reféns, que foram levados para Gaza. Desde então, em retaliação, Israel, que prometeu "aniquilar" o Hamas, realiza bombardeios incessantes e operações terrestres no enclave palestino. Segundo o Ministério da Saúde deste território controlado pelo Hamas, mais de 14 mil pessoas morreram, incluindo quase 6 mil crianças e perto de 4 mil mulheres.

Mais cedo nesta terça-feira, Ismail Haniya, o líder político do Hamas baseado no Catar disse à Reuters que o grupo armado estava "perto de chegar a um acordo de trégua" com Israel. O primeiro-ministro israelense, por sua vez, afirmou que esperava receber em breve "boas notícias" sobre os reféns, convocando uma reunião do seu Gabinete de Guerra para discutir a situação dos cativos. No entanto, garantiu que o acordo não significa o fim da ofensiva de Israel.

A ONU, que há semanas pede um cessar-fogo com motivos humanitários em Gaza, estima que a guerra tenha forçado o deslocamento de quase 1,7 milhão dos 2,4 milhões de habitantes do território, também submetido desde 9 de outubro a um "assédio total" por parte de Israel, que bloqueia o fornecimento de comida, água, eletricidade e medicamentos. (Com agências internacionais.)

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