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Por O Globo com agências internacionais — Washington

Mais de um mês após o início de um conflito entre o grupo fundamentalista islâmico Hamas e Israel, foi alcançado um acordo preliminar para que as hostilidades sejam interrompidas e os reféns mantidos pelo Hamas desde 7 de outubro sejam soltos. Segundo o jornal The Washington Post, as partes envolvidas no conflito "congelariam as operações de combate durante pelo menos cinco dias, enquanto inicialmente 50 ou mais reféns seriam libertados" em pequenos grupos "a cada 24 horas".

Ainda segundo a publicação, essa interrupção nos combates também "visa permitir um aumento significativo na quantidade de assistência humanitária, incluindo combustível, para entrar no enclave sitiado vindo do Egito", o que tem ocorrido com inconstância desde o início dos confrontos. Não ficou claro, no entanto, "quantas das 239 pessoas que estariam em cativeiro em Gaza seriam libertadas" em decorrência do acordo.

Esse acordo seria fruto de uma negociação intermediada pelos Estados Unidos. De acordo com o Post, um esboço do documento foi elaborado ao longo de "semanas de negociações em Doha, no Catar, entre Israel, os Estados Unidos e o Hamas, representado indiretamente por mediadores do Catar".

Ainda não está claro, porém, se Israel concordaria em interromper temporariamente sua ofensiva em Gaza. Um porta-voz da Embaixada de Israel em Washington disse neste sábado que não comentaria sobre a situação dos reféns.

Ao Post, fontes ligadas ao governo de Israel afirmam que, "embora haja uma forte pressão interna sobre [Benjamin] Netanyahu para trazer os reféns para casa, também há vozes em Israel exigindo que o governo não negocie a sua libertação".

Casa Branca nega

Após a divulgação da reportagem do Post, a Casa Branca afirmou que continua a “trabalhar arduamente” para chegar a um acordo entre Israel e o Hamas para libertar os reféns e marcar uma pausa nos combates, mas negou que acerto já tenha ocorrido.

“Ainda não chegamos a um acordo, mas continuamos a trabalhar arduamente para chegar a um”, disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Adrienne Watson, no X (antigo Twitter).

Pressão

À medida que os soldados israelenses avançam sobre o território palestino de Gaza à procura de centros de comando subterrâneos do Hamas, crescem as pressões interna e externa para que o governo de Benjamin Netanyahu apresente o prometido desfecho para o conflito — a eliminação completa do grupo terrorista e a libertação dos reféns capturados durante o ataque de 7 de outubro.

Diante do alto impacto para a população civil e infraestrutura humanitária do enclave, sobretudo os centros hospitalares, autoridades do gabinete do premier admitem que a janela de legitimidade perante a comunidade internacional para emplacar sua operação militar está se fechando, colocando o país na delicada posição de conciliar a continuidade da ofensiva e as baixas civis, bem como o tempo da ocupação e a decisão do que fazer após a retirada de Gaza.

Passadas três semanas da invasão terrestre em larga escala contra Gaza — e seis de conflito, ao todo —, as Forças Armadas de Israel afirmam ter tomado o controle de parte do norte do território, incluindo a parcela ocidental da Cidade de Gaza. As tropas israelenses tomaram centros de poder palestinos, como o Parlamento, a sede da Polícia, além do porto da capital, sem sinal de maiores dificuldades ou grandes baixas em suas fileiras.

Em contrapartida, um dos sucessos estratégicos do plano militar se converteu, na última semana, no maiores revés para o país. A entrada de tropas em hospitais no norte de Gaza, incluindo o al-Shifa, maior do enclave, e o al-Rantisi, especializado em cuidados pediátricos, provocou uma reação em cadeia de críticas ao redor do mundo.

Organizações internacionais como a Cruz Vermelha, a Organização Mundial da Saúde e escritórios da ONU condenaram a operação, e mesmo aliados de primeira ordem, como os EUA e o Reino Unido, exigiram nesta semana que o Estado judeu fosse pouco "intrusivo" nas ações contra os centros médicos — que o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, afirma não terem mais capacidade de atender pacientes, diante do cerco a insumos básicos, incluindo combustível para geradores de energia elétrica.

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