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Por O Globo, com agências internacionais

Rebeldes houthis atingiram um navio-cargueiro norte-americano com um míssil nesta segunda-feira, horas depois de autoridades militares americanas afirmarem ter interceptado um outro projétil disparado pelo grupo iemenita, que teria como alvo um navio de guerra da Marinha dos EUA. O ataque é o incidente mais recente entre o movimento rebelde e Washington no Mar Vermelho, em um momento que as tensões regionais aumentam.

O míssil disparado pelos rebeldes atingiu o navio cargueiro Gibraltar Eagle, uma embarcação usada para transporte de grãos, de propriedade da empresa norte-americana Eagle Bulk e com bandeira das Ilhas Marshall. De acordo com autoridades americanas, o impacto não provocou nenhum dano estrutural comprometedor ao navio, que continua a navegar, e nem à tripulação.

A agência de inteligência britânica especializada em riscos marítimos Ambrey, que monitora o tráfego naval, afirmou que o Gibraltar Eagle navegava a sudeste da cidade portuária de Áden, quando foi atingida a bombordo pelo disparo, que causou um incêndio a bordo. A empresa classificou a ação houthi como um “ataque dirigido contra os interesses dos EUA, em resposta aos bombardeios militares dos EUA contra suas posições no Iêmen" e acrescentou que, segundo as suas informações, “o navio não está ligado a Israel”.

Posteriormente, os houthis reivindicaram o ataque, que ocorre em meio ao acirramento dos confrontos com as forças de Washington. No domingo, eles lançaram um míssil de cruzeiro contra o USS Laboon, um destróier americano. O míssil foi abatido por um caça americano perto da costa da cidade de Hodeidah, no Iêmen.

Na semana passada, após o mais intenso bombardeio contra o Iêmen, liderado por EUA e Reino Unido, lideranças do grupo rebelde prometeram retaliação e punição aos americanos pelos ataques.

Veja as áreas no Iêmen controladas pelos houthis — Foto: Arte O Globo
Veja as áreas no Iêmen controladas pelos houthis — Foto: Arte O Globo

Na semana passada, EUA, Reino Unido e um grupo de outros oito países assinaram um comunicado conjunto após o ataque aos territórios dominados pelos houthis, afirmando que a ação tinha natureza defensiva e que visava dissuadir o grupo rebelde de voltar a atacar embarcações navegando pelo Mar Vermelho. Desde novembro, os houthis atacam navios na importante rota comercial como forma de "solidariedade" ao Hamas pela guerra em Gaza. Após o ataque, tanto o Hamas quanto o Irã, principal parceiro militar do grupo, condenaram os EUA e seus aliados.

Irã pede fim da 'guerra contra o Iêmen'

Em meio à troca de hostilidades, Teerã se pronunciou, por meio de sua diplomacia, pedindo o fim da agressão americana e britânica aos houthis, classificando as ações militares como uma "guerra contra o Iêmen" — país assolado por uma guerra civil desde 2015 e cujo governo internacionalmente reconhecido perdeu o controle de parte importante do território para os rebeldes.

"Alertamos aos Estados Unidos e ao Reino Unido que devem interromper imediatamente a guerra contra o Iêmen", declarou o ministro iraniano de Relações Exteriores, Hosein Amir Abdolahian, em uma coletiva de imprensa com seu homólogo indiano, Subrahmanyam Jaishankar, em Teerã.

Alvos atacados por Estados Unidos e Reino Unido no Iêmen — Foto: Arte/ O GLOBO
Alvos atacados por Estados Unidos e Reino Unido no Iêmen — Foto: Arte/ O GLOBO

Segundo o ministro iraniano, "altos funcionários de Sanaa", a capital do Iêmen sob controle dos houthis, informaram que, caso "o genocídio em Gaza" continue, eles impedirão a navegação de "navios pertencentes ao regime israelense ou navios que se dirijam aos portos israelenses". Amir Abdolahian acrescentou que os representantes prometeram não "criar perturbações para a segurança marítima" de outros navios.

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