Quadrilha que rouba caminhões de carga em Magé é alvo de operação do MPRJ e da Polícia Civil

Equipes cumprem sete mandados de prisão preventiva em ao menos três municípios

Por O Globo — Rio de Janeiro


Equipes da Polícia Civil e do MPRJ fazem operação contra quadrilha que rouba caminhões de carga em Magé Reprodução/TV Globo

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GERADO EM: 03/07/2024 - 07:49

Operação Quantrill: Quadrilha de roubo de caminhões desmantelada

Operação Quantrill combate quadrilha de roubo de caminhões em Magé. Sete mandados de prisão são cumpridos em três municípios. Grupo rendia motoristas, desativava rastreadores e escondia veículos em sítio. Dono de borracharia seria o mentor das ações.

Uma quadrilha que rouba caminhões de carga em Magé, na Baixada Fluminense, é alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (GAECO/MPRJ) e da Polícia Civil. Equipes estão nos ruas de ao menos três municípios, na manhã desta quarta-feira, para cumprir sete mandados de prisão preventiva.

Os setes alvos foram denunciados pelo GAECO à Justiça pela prática de, pelo menos, cinco crimes de roubo ocorridos no ano passado. Os mandados da operação Quantrill são cumpridos em Duque de Caxias e Guapimirim, na Baixada Fluminense, e em Anchieta, bairro da capital, na Região Metropolitana, e foram expedidos pelo Juízo da Vara Criminal de Magé.

Segundo as investigações, os caminhões mais visados eram os equipados com o Munck, que consiste em uma estrutura de grande porte para içamento e transporte de cargas, possuindo grande valor de mercado. Os crimes eram cometidos na Rodovia BR-493, na Rodovia Raphael de Almeida Magalhães, e na Rua Luís Alberto Villas Boas Nascimento, todos em Magé, segundo a denúncia.

A quadrilha rendia os motoristas, com uso de arma de fogo, e os mantinham pelo tempo em que o caminhão era levado para outro lugar e o rastreador, se houvesse, desativado. Com a desconexão do equipamento e com o motorista sem poder se comunicar, não era possível comunicar o roubo à polícia ou aos donos dos veículos. Esse modo de ação foi descoberto nas investigações.

Um sítio em Mauá era usado para esconder os caminhões roubados e onde era desativado o sistema de buscas. Segundo a denúncia, os integrantes do grupo revezavam-se na abordagem aos motoristas, provavelmente para dificultar o reconhecimento e uma eventual vinculação entre os crimes praticados.

O dono de uma borracharia em Duque de Caxias, também denunciado pelo GAECO, seria o mentor das ações, e proprietário dos carros que eram usados nas abordagens. Os veículos também eram trocados para dificultar a identificação.

A operação Quantrill recebeu este nome em alusão à gangue da qual faziam parte os irmãos Jesse e Frank James, que nos anos de 1866 ficaram famosos por realizarem grandes roubos a trens, carruagens e bancos. Isso faz referência aos irmãos investigados nesta operação. A ação conta com o apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) e do Departamento Geral de Polícia da Baixada (DGPB).

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