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Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, participou de teleconferência com investidores
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, participou de teleconferência com investidoresMauro Pimentel/AFP
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal aprovou nesta terça-feira convite para o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, prestar esclarecimentos sobre suposta interferência do governo na petroleira.
Ainda não há data certa para a audiência acontecer e não há obrigação para Prates comparecer, assim como em uma convocação. O pedido de audiência foi proposto pelo senador Sergio Moro (União -PR) e foi aprovado em votação simbólica, sem posições contrárias de parlamentares da base do governo.
Os presidentes da Petrobras desde o primeiro governo Lula
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José Eduardo Dutra foi presidente da Petrobras de 2 de janeiro de 2003 a 22 de julho de 2005, no primeiro mandato de Lula — Foto: Aílton de Freitas/Agência O Globo 2 de 12
Sérgio Gabrielli foi nomeado presidente da Petrobras no segundo mandato de Lula e continuou no comando da empresa até fevereiro de 2013, já no governo de Dilma Rousseff. No seu mandato, a estatal segurou os preços dos combustíveis — Foto: Domingos Peixoto/Agência O Globo
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Maria da Graça Foster foi presidente da empresa de fevereiro de 2012 a fevereiro de 2015, no governo de Dilma Rousseff — Foto: Divulgação/Agência Petrobras 4 de 12
Aldemir Bendine foi o terceiro presidente da Petrobras no governo Dilma Rousseff. Ficou no comando da empresa de 6 de fevereiro de 2015 a 30 de maio de 2016. Foto Givaldo Barbosa/Agência O Globo 5 de 12
Pedro Parente foi presidente da Petrobras de 30 de maio de 2016 a 1 de junho de 2018, no governo de Michel Temer. Sob sua gestão, a estatal mudou seu estatuto e ampliou as regras de governança. Ele estava no comando da empresa durante a greve dos caminhoneiros — Foto: Jorge William/Agência O Globo 6 de 12
Ivan Monteiro sucedeu Parente quando este saiu após a greve dos caminhoneiros. Monteiro ficou à frente da Petrobras também no governo de Michel Temer, de 1 de junho de 2018 a 3 de janeiro de 2019 — Foto: Márcio Alves/Agência O Globo 7 de 12
Roberto Castello Branco comandou a empresa no início do governo Bolsonaro e deixou a presidência da Petrobras em abril de 2021, após desgaste com o presidente em meio a reajustes de combustíveis. Ele foi indicado por Guedes — Foto: AFP 8 de 12
Joaquim Silva e Luna assumiu a presidência da empresa em 16 de abril de 2021 e foi demitido por Bolsonaro, segundo integrantes do governo, em meio à pressão por conta do aumento no preço dos combustíveis, e depois de críticas feitas pelo governo e pelo Congresso à estatal — Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil 9 de 12
Quarto presidente da Petrobras nomeado por Jair Bolsonaro, José Mauro Ferreira Coelho renunciou após forte pressão do presidente e do Congresso. Ele havia sido demitido após 40 dias.— Foto: PR 10 de 12
Caio Paes de Andrade, ex-secretário de Desburocratização de Guedes, assumiu a presidência da Petrobras em junho de 2022 — Foto: Divulgação 11 de 12
Escolhido pelo presidente Lula, Jean Paul Prates presidiu a estatal de janeiro de 2023 a maio de 2024 — Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo 12 de 12
Depois de um processo tenso com a demissão de Prates, Magda Chambriard foi escolhida para dirigir a Petrobras a partir de maio de 2024 - Foto: Ana Paula Paiva / Valor
Desde o primeiro governo de Lula, empresa teve onze presidentes. Magda Chambriard é a 12º
Na justificativa Moro, argumenta que em um passado recente, o uso da maior empresa do país com fins políticos levou a prejuízos irreparáveis ao Brasil. "Esquemas de corrupção que desfalcaram os cofres da empresa e levaram a Petrobras a um dos menores valores de mercado de sua história. Segundo o senador Moro, o Congresso Nacional tem o dever de impedir que esse filme se repita", escreve Moro.
A colunista Malu Gaspar revelou que a disputa interna na empresa em torno do pagamento dos dividendos extraordinários aos acionistas foi arbitrada pelo próprio presidente da República. A divergência em questão se deu entre o CEO da Petrobras, Jean Paul Prates, e os conselheiros do governo – capitaneados pelo presidente do conselho, Pietro Mendes, indicado pelo ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira.
Os dividendos são uma parcela do lucro da empresa que é repartida entre os acionistas. Não pagar os dividendos é interpretado pelo mercado como um sinal de menor atratividade (rentabilidade) da estatal.