Economia
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O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta terça-feira que o governo fará mudanças nos conselheios de administração de outras estatais, além da Petrobras. O ministro disse que a medida visa a "oxigenar" os conselhos de administração das empresas. Costa não informou quais estatais terão mudanças.

— Esse rodízio nós vamos fazer em outros lugares, rodízio de pessoas de um conselho para outro. Até para oxigenar os conselhos das estatais, a gente vai fazer com algumas pessoas esse rodízio. Não é exclusivo da Petrobras, nós faremos esse rodízio em outros conselhos também — afirmou o ministro.

O chefe da Casa Civil disse ainda que cabe à governança da Petrobras decidir sobre os dividendos pela empresa aos seus acionistas. O ministro afirmou que tudo está sendo feito dentro da lei e que não entendia a "polêmica" sobre o assunto, referindo-se sobre o derretimento de ações da petroleira na Bolsa após a retenção de divididendos extraordinários.

— Isso cabe à governança da Petrobras decidir. Tudo tá sendo feito conforme a lei das SAs e a regra de governança da Petrobras, e não tem nenhuma alteração. Não vejo por que essa polêmica. Sinceramente, se a regra tivesse sido modificada, se o que fosse aprovado no início do ano passado como regra…— afirmou Costa no Palácio do Planalto.

Desde a noite de quinta-feira, quando a companhia anunciou que não distribuiria dividendos (fatia do lucro compartilhada com acionistas) extraordinários, a petroleira já perdeu R$ 63,19 bilhões em valor de mercado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou em entrevista ao SBT que a Petrobras não pode pensar nos acionistas privados e classificou a reação do mercado de "choradeira".

— O que eu acho é que a Petrobras, que é uma empresa que o governo tem ascendência sobre ela, é importante ter em conta que a Petrobras não é uma empresa somente de pensar nos acionistas que investem nela, tem que pensar no investimento e pensar em 200 milhões de brasileiros que são donos ou sócios dessa empresa — afirmou Lula em entrevista gravada na manhã de ontem ao SBT.

Rui Costa afirmou nesta terça-feira que não entendia a "polêmica" e ressaltou o lucro da estatal.

— Ô, gente, eu não sei por que essa polêmica toda. A Petrobras teve o segundo maior lucro da história. Dividiu... Pagou o segundo maior dividendo da história. Então é pra todo mundo estar comemorando. Não vejo motivo dessa polêmica.

Nesta segunda-feira, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que "em momento oportuno" o Conselho de Administração da Petrobras pode voltar a reavaliar a decisão de reter os dividendos extraordinários da estatal.

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a distribuição de dividendos será feita quando ficar claro que isso não comprometerá o plano de investimentos.

Entenda a crise

A retenção de 100% dos dividendos extraordinários da estatal derrubou as ações da empresa e, também, é reflexo de uma disputa interna no próprio governo. A Petrobras perdeu mais de R$ 55 bilhões em valor de mercado em um só dia.

Como mostrou a colunista do GLOBO Malu Gaspar, Prates defendia a proposta de distribuir aos acionistas 50% dos recursos que sobraram livres no caixa após o pagamento dos dividendos regulares — R$ 43,9 bilhões.

Por outro lado, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, defendia reter esse dinheiro em um fundo de reserva. O governo tem maioria no Conselho de Administração da empresa, com 6 dos 11 conselheiros. Lula arbitrou e acabou decidindo que empresa não pagaria dividendo extra.

Silveira conta com o apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa. Essa ala do governo argumenta que a retenção desse recurso preserva o fluxo de caixa da Petrobras, sem abrir mão do compromisso da companhia de pagar dividendos futuramente, revendo a decisão em outro momento.

Prates, no entanto, defende que se não pagar o extra aos acionistas poderia derrubar o valor de mercado da Petrobras e de que não há riscos em fazer os pagamentos. Frente a mais uma queda de braço com o ministro Alexandre Silveira e a Casa Civil, o presidente da Petrobras tem buscado apoio junto ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

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