Wagner Moura é protagonista do blockbuster mundial “Guerra civil"; Fernando Meirelles acaba de dirigir “Sugar”, minissérie policial com Colin Farrell, e um episódio de “O simpatizante”, com produção de Robert Downey Jr.; Alice Braga está de volta ao streaming com a série “Matéria Escura”; e Gabriel Leone trabalhou com o poderoso produtor Michael Mann em “Ferrari” e é o rosto de Ayrton Senna em produção da Netflix. É uma invasão brasileira em Hollywood?
O que acontece hoje no cinema americano é a consolidação de um lento processo que atores e diretores brasileiros desenvolvem há pelo menos 20 anos. As entradas recentes de Gabriel Leone e Bruna Marquezine nesse time até foram rápidas, mas Alice, Moura e Meirelles estão com seus nomes aparecendo em produções americanas de cinema e TV há bastante tempo.
— É uma geração que ganha espaço mostrando profissionalismo. A produção cinematográfica não é diferente de outras áreas profissionais nos Estados Unidos, nas quais cumprir prazos, saber trabalhar em equipe e falar inglês sem sotaque são requisitos importantes — diz o astro Matt Damon, que trabalhou com Moura e Alice na ficção científica “Elysium”.
Um ator tem papel essencial nessa jornada dos brasileiros: Rodrigo Santoro. Em 2003, ele aceitou um papel em “As Panteras detonando”, no qual tinha pouquíssimas cenas, sem camisa e sem abrir a boca. Mas demonstrou tenacidade. Atravessou o Atlântico para integrar o elenco de “Simplesmente Amor”, produção britânica com Hugh Grant, Liam Neeson, Colin Firth, Emma Thompson e Keira Knightley. Em 2006, fez o papel do vilão em “300”, filme baseado nos quadrinhos de Frank Miller. E passou a trabalhar regularmente nos Estados Unidos, sem receio de aceitar papéis de coadjuvante. Nos últimos 20 anos, Santoro atuou em 57 produções, 21 no Brasil e 36 no exterior:
— Não é preciso abandonar uma coisa pela outra. Hoje eu me sinto à vontade para analisar propostas de qualquer lugar — diz.
Os amigos criados por inteligência artificial
![Peter, terapeuta que mora em São Francisco, é um dos avatares de seis das várias companhias de IA criadas em experimento: amigos que têm opiniões — Foto: Imagem gerada por IA - Via NYT](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/C5K5eEXLWrmTS4Z9dMDomGwPUrQ=/0x0:480x617/430x432/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/y/B/rOFG80RhGEgKzTTnSAQg/106869787-in-a-handout-image-generated-by-artificial-intelligence-the-avatar-of-an-artificial-intell.jpg)
![Peter, terapeuta que mora em São Francisco, é um dos avatares de seis das várias companhias de IA criadas em experimento: amigos que têm opiniões — Foto: Imagem gerada por IA - Via NYT](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/tEa1fxpBi289q4vCbUmztq_QnYQ=/480x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/y/B/rOFG80RhGEgKzTTnSAQg/106869787-in-a-handout-image-generated-by-artificial-intelligence-the-avatar-of-an-artificial-intell.jpg)
Peter, terapeuta que mora em São Francisco, é um dos avatares de seis das várias companhias de IA criadas em experimento: amigos que têm opiniões — Foto: Imagem gerada por IA - Via NYT
![Jared, o amigo virtual fitness do jornalista Kevin Roose, do NYT — Foto: Gerada por IA/via NYT](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/oVpu_MdAqaPaNluR18MEQGOch1M=/0x0:480x617/216x215/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/E/W/i8i1kiRNqMVmYC9vBXPw/106869785-in-a-handout-image-generated-by-artificial-intelligence-the-avatar-of-an-artificial-intell.jpg)
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Jared, o amigo virtual fitness do jornalista Kevin Roose, do NYT — Foto: Gerada por IA/via NYT
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![Amiga virtual do jornalista Kevin Roose. Anna, uma advogada sem rodeios. Várias startups começaram a criar os tipos de ferramentas de companhia de IA que os grandes e conceituados laboratórios se recusaram a produzir — Foto: Gerada por IA/via NYT](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/0Vsed8pkyAbEtsz3M_YUi7ttsfM=/0x0:480x617/216x215/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/z/X/Ah14AORwuyS2Jo7JjToQ/106869791-in-a-handout-image-generated-by-artificial-intelligence-the-avatar-of-an-artificial-intell.jpg)
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Amiga virtual do jornalista Kevin Roose. Anna, uma advogada sem rodeios. Várias startups começaram a criar os tipos de ferramentas de companhia de IA que os grandes e conceituados laboratórios se recusaram a produzir — Foto: Gerada por IA/via NYT
![Mais uma amiga virtual do jornalista Kevin Roose, do NYT. Ariana é uma mentora profissional especialista em dar conselhos sobre carreira — Foto: Gerada por IA/via NYT](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/Rbz2IF_KoQCVnjwXIDDiHZTZNO0=/480x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/j/0/2GfAM8QJAhOHNEF3hdPg/106869803-in-a-handout-image-generated-by-artificial-intelligence-the-avatar-of-an-artificial-intell.jpg)
Mais uma amiga virtual do jornalista Kevin Roose, do NYT. Ariana é uma mentora profissional especialista em dar conselhos sobre carreira — Foto: Gerada por IA/via NYT
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![Naomi, assistente social virtual e amiga de Kevin Roose, do NYT — Foto: Gerada por IA/via NYT](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/iUce54wcPXS9zFsl4sjrbnCZJUI=/480x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/c/n/qXpxXUSKaBNIipO085HA/106869793-in-a-handout-image-generated-by-artificial-intelligence-the-avatar-of-an-artificial-intell-1-.jpg)
Naomi, assistente social virtual e amiga de Kevin Roose, do NYT — Foto: Gerada por IA/via NYT
![Amigo virtual de Kevin Roose, do NYT, um dos 18 personagens criados por IA — Foto: Gerada por IA/via NYT](https://cdn.statically.io/img/s2-oglobo.glbimg.com/P1vtdefHbFFUF9eh9d-I_ws2_ps=/480x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_da025474c0c44edd99332dddb09cabe8/internal_photos/bs/2024/F/0/e1bG99SSOdkq4A4mBmVg/106869797-in-a-handout-image-generated-by-artificial-intelligence-the-avatar-of-an-artificial-intell.jpg)
Amigo virtual de Kevin Roose, do NYT, um dos 18 personagens criados por IA — Foto: Gerada por IA/via NYT
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Atriz e produtora
Levado ao reconhecimento internacional pela série “Narcos”, na pele do megatraficante Pablo Escobar, Wagner Moura mora nos Estados Unidos, mas também quer continuar a trabalhar no Brasil. Prepara seu segundo filme como diretor, que será uma produção brasileira. E deve trabalhar em “O agente secreto”, o próximo projeto do diretor pernambucano Kleber Mendonça Filho, de “Bacurau”.
Além de atuar em produções de grande bilheteria, como os filmes de ação “Eu sou a lenda”, “Predadores” e “O Esquadrão Suicida”, Alice Braga é a brasileira com mais relevância no streaming, atuando em Hollywood desde 2006. Ela foi a protagonista de “A Rainha do Sul”, no papel de uma poderosa narcotraficante. Ainda promovendo o lançamento da nova série “Matéria escura”, ela tem declarado interesse em voltar a ficar mais no Brasil. Mas, em Hollywood, Alice já montou até uma produtora, a South.
Bruna Marquezine teve ótima performance em “Besouro Azul”, adaptação de gibi da DC Comics. Houve um problema de timing: o filme chegou aos cinemas durante a greve de atores e roteiristas, no ano passado, o que impediu o elenco de fazer as costumeiras turnês mundiais de lançamento. Mas vem aí o segundo filme da franquia.
Outras atrizes estão em fases iniciais da empreitada. Bianca Comparato, sócia de Alice na South, se destacou em “3%”, série brasileira da Netflix. Ela acaba de atuar na 18ª temporada de “Grey’s Anatomy”, um dos maiores sucessos da história da TV americana. Sophie Charlotte participou do último filme do badalado David Fincher, diretor de “Se7en” e “Clube da Luta”. Foi um papel bem pequeno em “O assassino”, como a mulher do pistoleiro de aluguel interpretado por Michael Fassbender, mas trabalhar com Fincher é um cartão de visitas de peso.
*Para o Valor