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Por — Rio

A origem da crise da Polishop que levou ao pedido de recuperação judicial da rede varejista — admitido pela Justiça de São Paulo em maio desse ano — teria sido causada por uma discordância entre sócios da companhia, segundo relatou o CEO João Appolinário, um dos donos da empresa, ao jornal O Estado de S.Paulo. A empresa confirmou as informações ao GLOBO.

Com a alegação de dívidas estimadas em R$ 395,6 milhões, a varejista vinha com um plano de reestruturação que envolvia cortes no orçamento e criação de modelo de franquias, o que teria desagradado a Carlos Marcos de Oliveira Neto, diretor de Operações, que possuía 50% de participação societária na empresa.

De acordo com informações da Polishop, os desentendimentos com o sócio teriam se iniciado em 2019, e se intensificado com os impactos trazidos pela pandemia, como o aumento do custo de locação em shoppings, além do encolhimento na concessão de financiamento para o varejo depois da crise da Americanas, que demandavam cada vez mais mudanças na companhia.

— Talvez meu erro tenha sido preservar as nossas lojas e empregos por tanto tempo. Mas me comprometi a não demitir na pandemia. E achei que os shoppings voltariam mais rápido. Não voltaram e os aluguéis subiram 64% pelo IGP-M desde 2019. A conta ficou insustentável — disse Appolinário, em entrevista à coluna Capital, do GLOBO, em abril.

A disputa teria se encerrado apenas este ano, quando a participação de Oliveira Neto se reduziu para menos de 3%. De acordo com Appolinário, em entrevista ao Estado de S.Paulo, o sócio teria dito que não queria mais estar na empresa e, após ser feito um aumento de capital, ele não teria acompanhado o investimento.

O GLOBO não conseguiu entrar em contato com Oliveira Neto para responder às declarações da Polishop.

De acordo com Marcos Martins, sócio fundador do Marcos Martins Advogados e especialista em Contencioso Cível e Arbitragem, teria ocorrido uma movimentação entre os sócios com o aporte de capital feito por um deles e, consequentemente, com a diluição do outro sócio.

Assim, as participações foram redimensionadas na medida que Apolinário fez um aporte de capital e Oliveira Neto foi dissidente das proposições de recuperação.

— É tipicamente uma sociedade limitada com dois sócios e ela nasceu e se desenvolveu com 50% de participação para cada. Então, o caráter deliberatório estava sempre condicionado a uma maioria de votos. Isso foi trazendo embaraços no momento da crise, já que a desavença entre eles aconteceu no momento em que a empresa teria que ter agilidade e unidade de proposições para a tomada de decisões, o que não ocorreu — explicou.

O advogado acrescentou que a empresa vinha com um passivo bem elevado e que dificilmente as rotinas de capital de giro disponível dariam condições de uma renegociação das dívidas, o que levou ao pedido de recuperação judicial.

— É uma medida que dará à empresa uma flexibilidade maior, um respiro sobre as suas contas — afirmou.

A rede foi fundada pelo empresário João Appolinário em 1999 e cresceu fazendo ofertas em canais de televisão, ficando famosa com produtos como airfryers, escovas de cabelo e esteiras fitness. Nos últimos dois anos, foram fechadas 210 lojas, com a demissão de 2 mil funcionários. Atualmente, a Polishop tem 49 lojas em shoppings centers e quase 500 colaboradores.

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