Petrobras estuda criação de novo fundo para direcionar dividendos extraordinários para investimentos

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No encontro, que durou mais de três horas, coube a Haddad explicar para Lula, segundo fontes, que o fundo atual, onde são alocados os dividendos extraordinários (de R$ 43,9 bilhões), só pode ser usado para pagar dividendos futuros, juros sobre capital próprio, recompras de ações e absorção de prejuízos. Ou seja, não pode ser usada para investimentos nem para abater dívida.

Segundo a fonte que acompanha as discussões, a criação desse novo fundo seria um caminho natural na Petrobras.

Prates já teria alinhado com Haddad a intenção de distribuir metade dos dividendos extraordinários para os acionistas, dos quais 37% iriam para o caixa do governo, de acordo com a mesma fonte. Porém, os conselheiros representantes da União, que foram indicados pelo Ministério de Minas e Energia e Casa Civil, e Prates não chegaram a discutir essa destinação antes da reunião do colegiado.

Nas palavras deste interlocutor, trata-se de uma relação que já estava desgastada e seria importante que certos temas fossem combinados antes. Nesse quadro, ele pondera que opiniões divergentes acabam virando divergências durante a reunião do Conselho, já que os representantes dos minoritários queriam que 100% dos dividendos extraordinários fossem distribuídos aos acionistas.

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O interlocutor, que esteve presente na reunião em Brasília, relatou que Lula estava “atônito”, por não entender como os dividendos extraordinários viraram um problema. A estatal anunciou o pagamento de dividendos ordinários de R$ 72,4 bilhões referentes ao ano de 2023. Apesar do patamar elevado, o número é menor do que os R$ 222,6 bilhões distribuídos em 2022.

Na Petrobras, a expectativa era que o nome de Rafael Dubeux, secretário-executivo adjunto da Fazenda, fosse enviado ontem à Petrobras. Com isso, a ideia era iniciar processos internos de checagem de integridade e background, de forma a comprovar que ele atende aos requisitos para entrar no colegiado.

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O mandato dos atuais conselheiros vence em abril, quando vai ocorrer nova assembleia de acionistas. Segundo essa fonte, a indicação de Dubeux foi considerada uma vitória de Haddad e Prates. Apesar da ressalva de alguns conselheiros, a direção da companhia, segundo uma fonte, classificou o novo nome como de “qualidade” para compor o colegiado.