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No comando da multinacional dinamarquesa Novo Nordisk no Brasil, Isabella Wanderley afirma que ser um profissional questionador abre caminhos para o crescimento na carreira. "Pergunte", é a sua sugestão para profissionais em início de carreira.

Formada em Economia, com mestrado em Administração e MBA em Marketing, a executiva está à frente das operações brasileiras da farmacêutica desde agosto de 2021. Ou seja, pegou o auge do sucesso do Ozempic— para tratamento de diabetes tipo 2 e que vem sendo usado para perda de peso — e do Wegovy, para obesidade e ainda não disponível no país, que colocaram a empresa à beira de ingressar na lista das dez companhias mais valiosas do mundo, tendo ultrapassado grupos como o Walmart e a Tesla.

Isabella é a terceira entrevistada da série do GLOBO chamada Palavra de CEO, exclusiva para assinantes e que integra o projeto Tem Que Ler, mostrando como líderes de empresas de diferentes portes, perfis e vocação veem o profissional do futuro.

Para o líder, diz Isabella, é importante exercitar a escuta. "Gosto muito de falar", admite, explicando que às vezes "conta até 20", para se certificar que vai ouvir com atenção. Acrescenta que os profissionais hoje precisam evitar distrações e "estar realmente presentes" nas conversas.

Aos 56 anos, Isabella soma mais de 30 anos de experiência nas áreas comercial e de marketing. Hoje, ocupa assentos nos conselhos da C&A e da Interfarma. E está em programas como o EY Winning Women.

Abaixo estão pontos listados por Isabella como importantes para uma trilha profissional de sucesso. E, neste primeiro vídeo, de respostas rápidas, veja como ela responde, em entrevista concedida de sua casa, a perguntas como “Remoto, presencial ou híbrido?” e o que diz sobre vencer medos e avanços na carreira

Presencial ou remoto? WhatsApp ou Teams? Isabella Wanderley, da Novo Nordisk, comenta

Presencial ou remoto? WhatsApp ou Teams? Isabella Wanderley, da Novo Nordisk, comenta

 — Foto: Luisa Penna/O GLOBO
— Foto: Luisa Penna/O GLOBO

CONTRATAÇÃO IRRESISTÍVEL: “Uma pessoa que entre para entender onde seu trabalho afeta outros"

Tem dois pontos: um é a energia que esse profissional traz, o quanto que esse profissional está com vontade de colocar sua marca, está com vontade de construir junto com o time vencedor, está curioso sobre o que ele vai aprender. E o outro é que a pessoa entenda a questão sistêmica, as conexões que existem, que entre para entender onde que o seu trabalho afeta outros, afeta os nossos clientes. Então, acho que são esses os dois elementos: essa energia e essa visão um pouco mais de conexões, uma visão um pouco mais estratégica.

ESCUTA DE QUALIDADE: "Muitas vezes vem o ímpeto de falar. E tenho aprendido a contar até dez, a contar até 15, 20 para realmente escutar"

É bem difícil a gente escutar de verdade, uma escuta ativa, né? Eu acho que é importante a gente ouvir a opinião de cada um do time, deixar o espaço, até porque você tem personalidades diferentes (na equipe). Às vezes, pessoas mais tímidas no grupo tendem a ficar mais caladas, mas a contribuição de todo mundo é importante.

Isabella Wanderley, da Novo Nordisk, fala sobre escuta de qualidade

Isabella Wanderley, da Novo Nordisk, fala sobre escuta de qualidade

Uma das coisas que eu tento fazer no meu time é buscar que todo mundo tenha o seu espaço de fala, e muitas vezes puxar por isso dentro de uma discussão. E tento exercer isso comigo mesma, o papel de escutar. Muitas vezes vem o ímpeto de falar, eu sou uma pessoa que gosto muito de falar. E eu tenho aprendido um pouco a contar até dez, a contar até 15, 20 para realmente estar escutando.

Um outro ponto super importante que (trato com) a minha equipe — e a gente tem discutido muito sobre isso — é estar realmente presente nas conversas. A gente tem muitos elementos hoje em dia, celular. Tudo para distrair, né? E a gente está perdendo um pouco dessa presença quando a gente está frente a frente com outra pessoa. E acho que é super importante tentar resgatar isso.

 — Foto: Luisa Penna/O GLOBO
— Foto: Luisa Penna/O GLOBO

PARA CRESCER PROFISSIONALMENTE: “Pergunte! Perguntas que, muitas vezes, quem já tem experiência não faz mais"

A primeira dica que eu dou para quem está começando, e eu tenho familiares começando, a minha filha tem alguns poucos anos de carreira, é: pergunte! Eu acho que você tem ainda a inocência, o não conhecimento para fazer perguntas que, muitas vezes, quem já tem muita experiência não faz mais.

Eu acho que tem que ter uma mente muito aberta a aprender. Mas é questionar, eu acho que a gente precisa de pessoas que questionem mais o mundo para a gente garantir que nós estamos trilhando o melhor caminho.

Isabella Wanderley, da Novo Nordisk, dá dicas para quem está começando a trilhar rota de crescimento profissional

Isabella Wanderley, da Novo Nordisk, dá dicas para quem está começando a trilhar rota de crescimento profissional

Perguntem, busquem ambientes onde vocês sejam respeitados, para vocês terem a segurança de poderem fazer essas perguntas. Mas é através das perguntas que a gente aprende, eu acho que esse é um momento de muito aprendizado na vida de todo mundo.

TER UM TIME DE SUCESSO: “Os times devem ser mais autônomos. O gestor tem um papel um pouco de guia, mais do que saber tudo"

Acho que o gestor tem que entender que ele tem também que aprender a ser gestor. Para montar uma equipe, eu diria: busque diversidade. Porque o que nós queremos é uma diversidade de pensamentos, que as pessoas consigam ter uma discussão crítica, isso é muito importante. Mas o gestor tem um papel fundamental de desenvolver o time.

Eu acredito em times que devam ser mais autônomos. Então, o gestor tem que ter um papel um pouco de guia, de treinar, de desenvolver pessoas, mais do que ser uma pessoa que sabe tudo, que sabe todas as respostas e que dá o passo a passo.

O papel do gestor é dar direção e, depois, ajudar a equipe a se desenvolver para chegar lá. É buscar diversidade de pensamento numa equipe, conseguir que as pessoas entendam a direção que você está buscando.

 — Foto: Luisa Penna
— Foto: Luisa Penna

TRABALHO E SAÚDE MENTAL: "É preciso ver o que pode ser feito antes. Como usar uma regra de não mandar e-mails fora da hora de trabalho"

Acho que esse é o tema número um de todas as conversas de alta liderança que eu vejo. Nós estamos com um problema, realmente, de saúde mental na sociedade e no mundo corporativo. Eu acredito que a gente tem que escutar um pouco mais. Uma autoconsciência grande de escutar o seu corpo, o seu momento. E as organizações têm que auxiliar a oferecer o espaço para que essa pessoa possa levantar a mão sem culpa.

Que a gente consiga desenvolver ferramentas para melhorar a dinâmica de trabalho, mas, caso a pessoa efetivamente tenha algum problema e precise de ajuda, que ela se sinta apoiada pelo organização para buscar resultado. E acontece. Eu tive uma situação há poucas semanas, em que eu estava com muitos assuntos, muito estresse numa semana, estava me tirando sono, eu estava dormindo mal, ansiosa.

Passaram três quatro dias, e eu peguei uma gripe enorme, num momento que eu não podia ficar gripada, mas meu corpo me falou: "Você não prestou atenção em mim". E eu acho que a gente precisa ter um pouco mais de carinho pelo nosso corpo, pela nossa mente, que a gente escute um pouco mais.

Tem vários mecanismos de apoio. A gente tem discutido muito o que pode ser feito para que não se chegue ao momento de precisar da ajuda, o que a gente pode fazer antes. A questão de usar realmente uma regra de não mandar e-mails fora da hora de trabalho. Tentar que a pessoa tenha a atividades também com a sua família, pessoais, porque eu acho que isso também faz com que a sua mente se acalme e desvie de alguns focos.

Em alguns momentos, óbvio, o trabalho te exige um pouco mais. Mas que isso seja uma coisa mais pontual. Eu acho que a empresa pode tentar fazer isso. Uma última ação que a gente fez mais recente foi criar um Dia do Desenvolvimento porque até o fato de oferecer cursos e atividades de desenvolvimento profissional, vimos que estava gerando estresse, porque as pessoas queriam participar, se desenvolver, mas não estavam conseguindo achar tempo na agenda. Então, estabelecemos um dia no mês que a gente tenta não marcar reunião corporativa. Ele existe para que as pessoas possam usar esse seu dia para fazer os seus cursos.

 — Foto: Luisa Penna / O GLOBO
— Foto: Luisa Penna / O GLOBO

COMO LIDAR COM CRISES: “A gente viveu uma das maiores crises de todas, que foi a pandemia. E, no fim, acabou evoluindo como negócio”

Nesses momentos, você tem que voltar para o seu propósito. Como organização, nós temos o nosso propósito de impulsionar mudanças para combater as doenças crônicas graves. Então a gente tem um olhar muito para o nosso paciente. Em momentos de crise, de dificuldade, a gente sempre retorna para ele para saber que a gente está conseguindo ser verdadeiro ao nosso propósito. Muitas vezes, as decisões são difíceis, nem sempre não são as ideais, mas pelo menos a gente tenta trabalhar sempre de acordo com o nosso propósito.

Isabella Wanderley, da Novo Nordisk, fala sobre momentos de crise

Isabella Wanderley, da Novo Nordisk, fala sobre momentos de crise

A outra coisa que mantém um pouco a calma é que você tem que se preparar para os momentos de crise nos momentos de tranquilidade. Porque cada pessoa aprende o seu papel, aprende a sua parte dentro do todo. E, no momento de crise, a gente tem que ter isso um pouco automático. Se as pessoas, efetivamente, sabem, por exemplo, se é uma crise de comunicação, ninguém sai atropelando, a gente sabe que existe um canal de comunicação que nós utilizamos, temos uma equipe preparada. A gente continua operando dessa maneira, eu acho que no momento da crise tem que respirar um pouco e não se desesperar.

A gente viveu uma das maiores crises de todas, que foi a pandemia. E, no fim, apesar de todos os aspectos super difíceis, emocionais, pessoais que todo mundo teve, a gente acabou evoluindo como negócio. A gente trouxe canais digitais para as relações. Eu acho que, num primeiro momento, todas as organizações se assustaram, mas (a pandemia) acabou trazendo muita criatividade, muita inovação. Foi um momento de priorização. A Humanidade aprendeu a priorizar aquilo que era mais importante. Acho que a crise pode trazer muitos aprendizados.

 — Foto: Luisa Penna / O GLOBO
— Foto: Luisa Penna / O GLOBO

TRABALHO E VIDA PESSOAL: “Não é o fim do mundo se algum pratinho quebrar. A gente precisa saber que não está sozinho”

Eu aprendi uma frase, e eu uso bastante: “Está tudo bem se um pratinho quebrar”. Não é o fim do mundo se algum pratinho quebrar. A gente sabe que a gente está equilibrando vários pratos na nossa vida. E as mulheres têm um maior número de pratos que estão equilibrando. E a gente precisa saber em que horas a gente vai dar atenção para um e, talvez, um pouco menos para o outro.

Isso deve ser combinado. Isso deve ser falado, seja em casa, com os nossos parceiros, seja no trabalho, para que as outras pessoas saibam que você está passando por algum momento, e que muitas vezes seus colegas podem estar te ajudando naquele período, e vice-versa. Ter essa conversa também em casa, com amigos, eu acho que é importante a comunicação para a gente conseguir.

Mas, se alguma coisa quebrar, se você não conseguir fazer alguma coisa, está tudo certo. O pior que pode acontecer é alguém achar que tem que ser Super-Homem, Supermulher. A gente tem que estar muito consciente de que nós somos lindamente humanos. E, por isso mesmo, a gente erra. E o legal é quando a gente aprende e segue em frente. Mas, mais que tudo, nesse equilibrar das coisas, é a gente saber que não está sozinho, a gente pedir ajuda.

 — Foto: Luisa Penna / O GLOBO
— Foto: Luisa Penna / O GLOBO

COMPETITIVIDADE: “Quando você atua em mercados que estão emergindo, como o de obesidade, é importante ter outras empresas”

Eu acho que a concorrência é algo extremamente saudável, algo que é importante porque um concorrente que você respeita é um concorrente que te faz buscar o seu melhor. E eu acho que quem ganha com isso são os clientes. A gente tem que ter um olhar sempre externo, do que tá acontecendo no mercado, ter um olhar no cliente, nos nossos concorrentes e planejar nossa estratégia de acordo com isso.

Mas também não é algo que tire o sono de ninguém. Eu acho que é muito mais como um incentivo, a gente buscar estar sempre se reinventando, sempre estar um passo à frente. Estar realmente em cima do problema, tentando cada vez fazer melhor.

Quando você atua em mercados que estão emergindo, quando a gente pega, por exemplo, o mercado de obesidade, ainda existe tanta desinformação, tanta falta de conhecimento que eu acho que é importante que tenha outras empresas ajudando a gente a levar melhor educação para os pacientes, vários médicos, para a sociedade em geral. Concorrências são bem-vindas.

 — Foto: Luisa Penna/Arte GLOBO
— Foto: Luisa Penna/Arte GLOBO

PARA ATUAR NO SETOR: "A gente tem buscado diversidade de pensamentos e de experiências"

Bom, eu entrei sem ter nenhum conhecimento. Eu acho que existem outras demandas, a experiência na indústria é importante, mas hoje existe uma abertura para novos conhecimentos. A gente tem buscado bastante a diversidade, diversidade de pensamentos e de experiências, que possam estar trazendo para o nosso mercado, para a nossa empresa outras visões, outras ideias, outras perspectivas. Hoje já existe abertura para isso, sim.

A Novo é uma empresa, uma líder global de saúde baseada na inovação, com produtos e tratamentos inovadores. E o DNA da inovação vem com esse elemento da curiosidade, do aprender, do testar. Seria principalmente o que a gente busca. Obviamente, existem diferentes áreas da organização, mas eu acho que esse elemento é um ponto em comum em todas as funções que a gente acaba buscando no mercado. E a gente vem crescendo muito em várias áreas, como pesquisa e inovação, que recentemente se transformou num hub de pesquisa clínica, principalmente.

 — Foto: Luisa Penna / O GLOBO
— Foto: Luisa Penna / O GLOBO

DIVERSIDADE: “Tem horas que você não consegue estar perfeito. Ninguém consegue ser 100% em tudo. E tento passar que está tudo certo”

Eu nunca pensei muito no meu desenvolvimento. Acho que nem é algo que eu recomende porque eu acho muito legal as pessoas que planejam um pouco mais a sua carreira. Mas eu sempre tive essa vontade de fazer, de aprender coisas novas. E eu acho que isso acabava me colocando muito no holofote, me trazendo o reconhecimento.

Chegar numa posição assim (de liderança), obviamente que eu entendo e sou muito orgulhosa do caminho que eu fiz, orgulhosa das pessoas que me ajudaram a chegar até aqui. Tem muita gente que, de vez em quando, dá uns puxões de orelha na gente. Esses são seus verdadeiros amigos, que falam a verdade para você.

Mas também tenho a consciência de que hoje mulheres olham para mim e falam: “Puxa, vida! Eu também quero chegar lá, eu também posso chegar lá!” E acho que esse é um pouco do meu papel, de mostrar que qualquer pessoa pode chegar lá. E o que ela precisa é achar um ambiente inclusivo, onde a pessoa tem um espaço para ser ela mesma. E que ela consiga se desenvolver profissionalmente sendo quem ela é.

Falando da mulher no mercado de trabalho, eu acho que a gente tem múltiplos papéis. Então, eu tento só trazer um pouco de senso de realidade. Tem horas que não dá tempo de ir na manicure. Tem horas que você não consegue estar perfeito. Eu sou péssima cozinheira, tenho ajuda do meu marido para fazer as compras. Tem várias esferas da sua vida em que você às vezes está melhor em uma, às vezes em outra. Ninguém consegue ser 100% em tudo. E eu tento passar para as pessoas é que está tudo certo.

Tem dias que você não vai estar muito bem no seu trabalho porque seu filho está doente. Mas tem dias que você vai pedir uma ajuda ali com o seu filho porque você tem um projeto para entregar, e aquilo para você, naquele momento, é super importante. Esse balanço da gente trazer toda pessoa para dentro da discussão, eu acho que é importante

AVANÇOS EM INCLUSÃO: "A participação feminina na alta liderança é muito desproporcional ao percentual de mulheres na sociedade"

Está melhorando. Eu sou uma pessoa muito otimista. Mas eu acho que ainda falta bastante. A gente vê ainda a participação feminina na alta liderança muito desproporcional ao percentual de mulheres na sociedade. Quando a gente pensa que a gente sai com mais mulheres no ensino médio, que a gente vê mulheres com melhores notas nas universidades e você vê essa situação no mercado, existe um gap (uma lacuna) muito grande.

O papel das grandes empresas é um pouco de dar o exemplo para que isso se dissemine para o resto do mundo corporativo, para a sociedade. Eu acho que vem existindo também o movimento bem grande de sociedade.

Eu participo de vários grupos de mulheres executivas, e eu me sinto muito apoiada por elas. A gente curte muito o sucesso uma da outra. E eu acho que a gente tem quebrado uma máxima popular que existia de que mulheres não torcem por mulheres, que mulheres não ajudam mulheres. Eu acho que isso é provavelmente a crença mais errada da nossa sociedade. A gente precisa continuar fazendo isso para apoiar essas mulheres a se desenvolverem, para elas chegarem mais fortes.

O que eu gostaria é que as mulheres chegassem mais naturalmente nas posições de liderança. Eu já tive que, nem por mim mas por outras profissionais, discutir que em algum momento uma avaliação estava sendo pela pessoa, e não pela sua capacidade profissional. E isso não aconteceria se fosse um homem sendo a pauta da discussão. A gente ainda tem um caminho, mas sou otimista, a gente vai chegar lá.

 — Foto: Luisa Penna / O GLOBO
— Foto: Luisa Penna / O GLOBO

USO DE REDES SOCIAIS: “O executivo pode usar mídias sociais para levar bandeiras para fora da organização"

A gente não pode perder um pouco o senso de tempo, de foco. Mas eu acho que as redes sociais são benéficas para a gente levar essa mensagem. Eu acho que a organização tem um papel de desenvolver, de levar mais informação para a sociedade como um todo.

E o executivo pode usar essas mídias sociais para levar essas bandeiras, para levar esses temas para fora das paredes da organização. Acho que usado de uma maneira tranquila, consciente, eu acho que é um papel muito importante. colocar, não quero falar de mim.

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