Finanças
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Por — Rio

O dólar comercial opera em forte alta e chegou a bater a máxima de R$ 5,48 nesta quarta-feira, em clima de aversão a ativos de risco no mercado financeiro local antes da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) mais tarde. É amplamente esperado que a taxa Selic se mantenha em 10,50%, mas os analistas estarão atentos para o posicionamento dos diretores do Banco Central nesta reunião. Se o câmbio terminar o dia nesse patamar, será o maior valor da moeda durante o atual governo Lula.

Hoje também é um dia de liquidez reduzida nos mercados globais, por ser feriado nos Estados Unidos, o que tende a diminuir o fluxo de dólares nas negociações.

— Depois das críticas de Lula ao presidente do Banco Central, aumentou o medo no mercado de que os membros indicados pelo atual governo votem em dissenso dos outros, o que foi justamente um dos principais fatores para a piora no mercado desde o último Copom — afirma Gustavo Okuyama, gerente de portfólio da Porto Asset Management.

Na última reunião do comitê, em maio, os membros indicados pelo atual governo votaram a favor de uma redução maior na taxa de juros do que os diretores apontados na gestão Bolsonaro, gerando um temor no mercado de que a próxima diretoria do comitê seja mais leniente com o controle da inflação.

No ano que vem, o atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, deixará o cargo e um nome indicado pelo governo irá assumir o comando da instituição financeira, fazendo com que o Copom seja majoritariamente composto por diretores apontados pela gestão Lula.

Além disso, o presidente Lula tem criticado a postura do Banco Central publicamente diversas vezes. Na terça-feira, ele disse em entrevista a rádio CBN que o comportamento da instituição é a única coisa "desajustada" na economia do país e que Roberto Campos Neto tem "lado político" e não demonstra "capacidade de autonomia". O dólar chegou a bater R$ 5,44 após as declarações, representando o maior valor no ano até então.

Na semana passada, Lula disse que "o aumento da arrecadação e a queda da taxa de juros permitirão alcançar a meta de déficit sem comprometer os investimentos". Isso também gerou desconforto no mercado, que interpretou essa fala como uma tentativa do presidente de influenciar nas decisões no Banco Central.

Diego Costa, gerente de câmbio para o norte e nordeste da B&T Câmbio, avalia que a decisão do Banco Central hoje será importante para manter sua credibilidade frente ao mercado:

— As pressões do governo têm sido intensas. O desafio do Banco Central vai ser encontrar um equilíbrio entre estimular a economia e controlar a inflação, sem comprometer a autonomia em suas decisões, especialmente em um cenário econômico global instável. Resistir a essas pressões e tomar decisões técnicas vai ser muito importante para manter a confiança dos investidores — ele diz.

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