Anne Hathaway diz que diretor de 'Oppenheimer' salvou sua carreira dos haters: 'Não se importou e me deu um dos papéis mais lindos que já tive'

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Dois anos antes, Anne Hathaway apresentou o Oscar ao lado de James Franco, que entraram para a História como um casal sem química, o que rendeu duras críticas à atriz. “Quando você trabalha duro, quando esse trabalho é recompensado, quando seu corpo e sua beleza correspondem aos padrões sociais, quando você preenche todos os requisitos e ainda assim todos dizem que você está fazendo algo errado, isso é a síndrome de Anne Hathaway”, dizia o tal artigo, sugerindo que tanta perfeição repele e que “as coisas que valorizamos nos homens (poder, motivação, determinação) são as coisas que estigmatizamos nas mulheres”.

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Nove anos depois, a Vanity Fair relembrou o artigo à atriz, que é capa da última edição da revista. “Mesmo tendo ganhado um Oscar, muitas pessoas não me deram papéis porque estavam muito preocupadas com o quão tóxica minha identidade havia se tornado na internet”, confessa Hathaway, de 41 anos, na entrevista.

Depois de interpretar Fantine em "Os Miseráveis", ela deixou de ter papéis de protagonista. Hoje, a atriz identifica aquele período de sua carreira como o que marcou “um mínimo pessoal”. Foi quando deu voz a Jewel, uma arara azul, no filme de animação "Rio 2" e participou da comédia "Don Peyote", ambos de 2014, que acumulou inúmeras críticas negativas em todas as plataformas. Até que apareceu um anjo chamado Christopher Nolan.

“Eu tinha um anjo em Christopher Nolan, que não se importou com isso e me deu um dos papéis mais lindos que já tive em um dos melhores filmes de que já fiz parte”, reconhece a atriz sobre sua atuação como a cientista da NASA Amelia Brand no épico espacial "Interestelar".

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Não foi a primeira vez que Hathaway trabalhou com o diretor que levou o Oscar em 2024 com "Oppenheimer". Ela esteve sob o comando de Nolan, em 2012, no filme "O Cavaleiro das Trevas Ressurge", no qual interpretou a Mulher-Gato. Mas foi dois anos depois que a atriz se sentiu verdadeiramente grata pela confiança que não recebeu do público. “Não sei se Nolan sabia que estava me apoiando na época, mas teve esse efeito. E minha carreira não perdeu força como poderia ter acontecido se ele não estivesse me apoiando”, diz ela.

Em 2021, Hathaway disse ao tabloide britânico The Sun que o período em que foi duramente criticada nas redes sociais a forçou a desenvolver uma autoconfiança que ela não teria construído de outra forma. Agora, porém, ela diz que “não gosta de lembrar daquela época.

“A humilhação é uma coisa muito difícil de passar. A chave é não permitir que isso o desanime. Você tem que ser ousado, e pode ser difícil porque você pensa: 'Se eu ficar seguro, se eu abraçar o meio, se não chamar muita atenção para mim, não vai doer'", diz Hathaway na entrevista à Vanity Fair. "Se quiser fazer isso, não seja ator. Você está pedindo às pessoas que invistam seu tempo, seu dinheiro, sua atenção e seu cuidado em você. Então você tem que dar a elas algo que valha a pena. E se não está custando nada, o que você realmente está oferecendo?”, reflete a atriz.

Aos 20 anos, Hathaway já era conhecida por seu papel como Mia Thermopolis no filme "O diário da princesa", e mais de duas décadas depois, hoje não lhe falta trabalho. Seu projeto mais imediato é como protagonista do romance "A ideia de ter você", onde interpreta uma mãe solteira de 40 anos que inicia um romance inesperado com um ex-cantor de boyband de 24.