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Por — Rio de Janeiro

“Bem-vindo ao set de nossa comédia explosiva”, disse Miguel Falabella ao GLOBO em um dos últimos dias de filmagens de seu novo trabalho como diretor para o cinema, previsto para estrear ano que vem: “Querido mundo”. O “explosivo” citado pelo ator e dramaturgo é uma piada interna com os membros da produção, cuja trama envolve a explosão de um botijão de gás. Já a obra em si parece muito mais próxima de um drama com um pouco de humor do que de uma comédia rasgada.

Adaptação para as telas de peça escrita por Falabella e Maria Carmem Barbosa (1927-2023), e montada em 1993, com Otávio Augusto e Joanna Fomm, o filme conta a história do encontro entre Elsa (Malu Galli) e Oswaldo (Eduardo Moscovis), duas pessoas que acabam presas juntas, por acaso, num edifício em construção após a explosão de um botijão de gás.

— Passei boa parte da minha vida profissional na televisão e no teatro, sou um diretor de cinema meio bissexto. Mas sempre achei que essa história merecia ser contada no cinema — diz Falabella, de 67 anos, que dirige o longa na companhia de Hsu Chien. — Eu gosto das pessoas que não são olhadas e sempre olho para o mundo pelo lado poético.

Poesia, inclusive, é algo que não parece faltar no projeto. Os diretores, em parceria com o diretor de fotografia Gustavo Hadba, optaram por fazer o filme quase todo em preto e branco, e com a razão de aspecto 4x3 (uma imagem na tela quase quadrada), que se aproxima mais de filmes da primeira metade do século XX.

Chien, cuja parceria com Falabella começou na TV e continuou no cinema (os dois também dirigiram “Veneza”, de 2021), diz que o longa contou com várias inspirações cinematográficas, como Peter Bogdanovich, Federico Fellini e Michelangelo Antonioni.

Miguel Falabella dirige cena com Eduardo Moscovis no set de "Querido mundo" — Foto: Mariana Vianna / Divulgação
Miguel Falabella dirige cena com Eduardo Moscovis no set de "Querido mundo" — Foto: Mariana Vianna / Divulgação

Quem também já havia trabalhado com Falabella em “Veneza” é o ator Du Moscovis. Ele valoriza o estilo de direção do chefe, que sabe muito bem o que quer, mas também dá liberdade para seus atores criarem em cena.

— O Miguel prepara muito o set e conversa muito com a equipe e com os atores. Então, quando chega a hora de filmar já está tudo muito adiantado. Ele sabe exatamente o que quer e ainda permite que surjam momentos de improviso — destaca o ator de 55 anos, que interpreta um homem desempregado, recém-saído de um casamento falido (com Danielle Winits) e que acaba encontrando um novo amor onde menos se espera.

Este novo amor está justamente na figura de Malu Galli, que já havia trabalhado com Moscovis no cinema e na TV, mas estreia em projetos do diretor. Na trama, antes de se envolver com Oswaldo, sua Elsa vive uma relação abusiva com o marido interpretado por Marcello Novaes.

— Nunca tinha trabalhado com o Miguel, mas sempre acompanhei muito a obra dele, especialmente no teatro. Esse convite foi uma grata surpresa, porque ele é uma figura muito icônica pra todos nós, especialmente aqui no Rio — afirma Galli. — Ele sempre fez parte do meu imaginário e fiquei muito feliz ao ler o roteiro. É uma história linda e muito emocionante.

Galli ri ao saber que o diretor descreve o projeto como uma comédia e diz que não é bem isso. Na verdade, ela diz que não é só isso:

— Acho que é uma comédia porque tem humor, mas também é um filme catástrofe, também é um dramalhão, também é uma tragédia, é tudo isso misturado — opina a atriz, de 52 anos.

Parceira de vida

Falabella diz que o filme será acima de tudo uma grande homenagem à roteirista e dramaturga Maria Carmem Barbosa, com quem escreveu vários de seus trabalhos no teatro e na TV.

— Maria Carmem era única, tenho muita saudade dela, escrevemos tantas peças juntos — diz. — Queria muito fazer esse filme por ela. Foi ela quem trouxe primeiro a ideia de escrever essa peça a partir de uma notícia de jornal. É uma homenagem para uma parceira que foi tão importante na minha vida.

O diretor se emociona ao lembrar da parceira que, segundo ele, já tinha ��partido antes de morrer”, após lutar contra um Alzheimer nos últimos anos.

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