Malu Gaspar
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Malu Gaspar

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Informações da coluna

Se não houver nenhuma mudança de última hora, Magda Chambriard, escolhida por Luiz Inácio Lula da Silva para ser a próxima presidente da Petrobras, assume o cargo na próxima sexta-feira (24).

A escolha dela para o lugar de Jean Paul Prates, que deixou a empresa na semana passada, deve ser confirmada na reunião do Conselho de Administração da companhia, que ocorre regularmente nas últimas sextas-feiras do mês.

A previsão inicial na empresa era de que ainda demorasse pelo menos um mês para que Magda fosse efetivada, porque antes de submeter o nome do escolhido ao conselho é preciso fazer uma verificação do currículo para confirmar que o executivo é qualificado e não terá no cargo conflitos de interesse.

Mas essa etapa foi acelerada. A ala da cúpula da Petrobras que rivalizou com Prates durante sua gestão, e que agora terá mais espaço para ocupar, tem pressa em fazer as mudanças na companhia.

Esse grupo, formado por aliados dos ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil), também pretende trocar na sexta-feira a composição dos comitês da empresa, já dominados por pessoas indicadas pelo titular de Minas e Energia – chamados na Petrobras de "Silveirinhas".

Desde que Prates deixou a companhia após ser demitido por Lula, assumiu como interina a diretora executiva de Assuntos Corporativos, Clarice Coppetti, ligada ao PT e indicada diretamente pelo presidente para o cargo.

'Caça às bruxas'

Na quinta-feira passada, Coppetti começou a desligar os assessores especiais e gerentes-executivos da órbita pessoal de Prates.

Até agora foram pelo menos 20 assessores e executivos com status de diretor e gerente. Na quarta-feira, quando o conselho oficializou a saída do CEO e Coppetti foi confirmada como interina, já tinham sido destituídos dos cargos o diretor financeiro, Sergio Caetano Leite, e o gerente-executivo de Relações Institucionais, João Paulo Madruga.

A velocidade com que as demissões estão sendo feitas vem sendo chamada de “caça às bruxas” por aliados de Prates. Na nova cúpula, o grupo é chamado de "beneditinos", uma vez que alguns são amigos do ex-CEO desde que estudaram no Colégio São Bento, no Rio.

Já a nova direção da petroleira trata as demissões como naturais e necessárias. Em resposta a um questionamento da equipe da coluna, a assessoria de imprensa da Petrobras afirmou que se trata de um "procedimento padrão".

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