Memória Globo

Leonardo Vieira e Simone Spoladore em os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Jussara Freire e Alisson Vieira em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Carlos Alberto em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Cecil Thiré em Os Maias, 2001 — Foto: Cristiana Isidoro/Globo

Selton Mello em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Pedro da Maia (Leonardo Vieira) – Filho único de Afonso da Maia. Um belo rapaz, criado num ambiente lúgubre, às voltas com a mãe, uma fervorosa beata, sempre doente, e educado pelo padre Vasques, que tratou de imbuir no seu espírito o temor a todas as coisas materiais e espirituais. Tornou-se nervoso, com pouco da raça e da força dos Maias, mais identificado com o temperamento soturno da mãe. Taciturno, melancólico e langoroso, nada puxou do pai Afonso. Aos poucos, surge nele um temperamento romântico, passional e mórbido – próprio dos românticos da época. Vai se apaixonar por Maria Monforte. É este sentimento violento que o levará, mais tarde, ao suicídio.

Maria Monforte (Simone Spoladore) – Primeira fase da história. A grande paixão de Pedro da Maia é uma menina impulsiva e excitadamente romântica, que gosta de ler novelas. Filha de Manuel Monforte, homem mal visto pela sociedade, Maria vê em Pedro não só um homem que possa lhe trazer o romance necessário a sua vida, mas também uma agenda social alegre, chique e agitada – afinal, ele pertence a uma família conceituada. Dá ao filho o nome de Carlos Eduardo por ter visto um personagem com este nome, um príncipe romanesco que enfrenta aventuras e desgraças, amores e façanhas, tão a seu gosto. Dona de um temperamento alegre, esfuziante, contagia todos a seu redor. Tem, porém, uma alegria coquete e superficial. Pelo próprio gênio impulsivo, está sempre em busca de novidades, de novas emoções, nada a contenta ou a satisfaz a longo prazo. Ao conhecer o italiano Tancredo, apaixona-se por ele e foge de casa levando consigo a filha Maria Eduarda, deixando o primogênito Carlos com Pedro. Na segunda fase, ela volta para um acerto final de contas.

Fabio Fulco em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Tancredo (Fabio Fulco) – O homem com quem Maria Monforte vai fugir, levando a filha Maria Eduarda, é napolitano, muito belo e formoso. “Era uma pintura de Nosso Senhor Jesus Cristo! Que pescoço, que brancura de mármore!” Entra na vida de Pedro e Maria após levar um tiro acidental de Pedro, que lhe atinge o braço durante uma caçada. Ao se hospedar na casa de Pedro, não tarda em se interessar por Maria, que se faz de difícil a princípio, mas não resiste à possibilidade da aventura. Sedutor, galante, extremamente carismático, conquista muitos corações e parte levando Maria Monforte consigo.

Walmor Chagas em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Afonso da Maia (Walmor Chagas) – O patriarca da família Maia é pai de Pedro e avô de Carlos. É ele quem cria o neto após a morte do filho. Velho racionalista que, na juventude, foi um feroz jacobino. Optou pelo exílio voluntário com a família na Inglaterra e na Itália e voltou mais tarde a Portugal com Pedro já rapaz. É um homem rígido, de ideias firmes, liberal em suas convicções políticas mas conservador quanto aos valores familiares. Contrário aos valores obtusamente religiosos e moralistas da Portugal de sua época, quer que Carlos “seja virtuoso pelo amor da virtude e honrado pelo amor da honra; mas não pelo engodo de ir para o Reino do Céu”. Após a morte de Pedro, cria Carlos seguindo a cartilha inglesa: deixa-o correr, cair, trepar às árvores, molhar-se, ao mesmo tempo em que é inflexível quanto à alimentação, aos banhos frios e ao horário de dormir. Ao envelhecer, torna-se mais calmo e generoso. É contra o envolvimento de Pedro com Maria Monforte, porque ela não é de boa família e, portanto, não deve ter boa índole. Será contrário também ao romance de Carlos com Maria Eduarda, temendo o mesmo fim que teve o filho Pedro.

Stênio Garcia em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Manuel Monforte (Stênio Garcia) – Pai de Maria Monforte, é um homem de passado nebuloso: comenta-se que ele matou um homem a facadas em uma briga, fugiu a bordo de um navio americano e terminou trabalhando como feitor numa plantação da Virgínia, nos Estados Unidos. Não se sabe bem o que é verdade e o que é folclore. O fato é que Manuel Monforte é um homem mantido à margem pela sociedade conservadora lisboeta. As insinuações sobre este passado são suficientes para que Afonso seja contra o romance de Pedro com Maria. Manuel, porém, ao contrário da imagem truculenta que se faz a seu respeito, mostra-se sempre um homem calmo, que pouco aparece em público. Tem uma grande paixão pela filha, que considera a única coisa boa que fez na vida, e faz gosto do casamento dela com Pedro. Tenta aproximar-se de Afonso, ser íntimo daquela família nobre mas, ao ser repelido, recolhe-se a seu canto, num temperamento humilde e resignado. É calado, pouco expressivo, com olhar vago e senil. Tudo isso aumenta o mistério sobre quem ele realmente é.

Ana Paula Arósio e Fábio Assunção em Os Maias, 2001 — Foto: Cristiana Isidoro/Memória Globo

Maria Eduarda McGren (Ana Carolina Herquet / Ana Paula Arósio) – É a heroína da história, a paixão da vida de Carlos. Seu passado, sua origem, tudo é um mistério a ser pontuado no decorrer da trama. Chega a Portugal acompanhada do marido Castro Gomes e da filha Rosa. Muito bonita e atraente, cheia de inteligência, de gosto e de bondade, Maria Eduarda sofreu muito, mas não é estóica. Os maus bocados que passou na vida a tornaram mais madura, mais serena, o que não quer dizer que a tenham feito mais prática e realista. É sensível e sensata, dotada de muito caráter e muita fibra, mas também muito romântica. Não gosta de Castro Gomes, mas não consegue se separar dele por vários motivos: a pressão que ele exerce, o temor pelo destino da filha e até mesmo uma certa gratidão por ele tê-la ajudado em determinado momento de sua vida. Quando conhece Carlos e se apaixona por ele, hesita diante do novo e inebriante sentimento, mas acaba rendendo-se a ele.

Carlos da Maia (Samir Alves / Fábio Assunção) – Nasce na primeira fase e chega à segunda aos 25, 26 anos. É filho de Pedro da Maia e Maria Monforte. Após a fuga da mãe e o suicídio do pai, é criado pelo avô Afonso, com desvelo e amor. O avô o cria sob métodos ingleses, deixando-o livre para brincar e sem a preocupação de fazê-lo decorar o ato de contrição ou temer a um Deus que irá sempre persegui-lo e castigá-lo pelos motivos mais ínfimos. Assim, Carlos torna-se um belo e impetuoso rapaz, sem doutrina e sem os propósitos tradicionais das famílias carolas lisboetas. Rapaz impetuoso, forte, viril, de intenso charme pessoal, vital e carismático. Puxou da mãe o gênio apaixonado, intenso, exacerbadamente romântico. Puxou do avô a rigidez de valores, a honra, o caráter. Do pobre pai, não puxou nada. É o grande herói da história. O gênio apaixonado, junto com a integridade e a fibra de caráter, o tornam um grande homem. Forma-se médico, tornando-se o primeiro doutor da família, imbuído de grande vontade de ser útil ao mundo, de deixar a sua marca. Mais tarde, apaixona-se por Maria Eduarda e vive com ela uma tempestuosa história de amor.

Paulo Betti em Os Maias, 2001 — Foto: Cristiana Isidoro/Globo

Joaquim Álvares de Castro Gomes (Paulo Betti) – Marido de Maria Eduarda e antagonista de Carlos, terceiro vértice do triângulo central da história. É um homem de espírito empreendedor: está sempre viajando, indo à Inglaterra, à França, à Espanha e também ao Brasil, realizando trabalhos no novo continente. Quando a história começa, ele está se mudando para Portugal com sua família. Tem um inequívoco afeto por Maria Eduarda e, quando sente a ameaça de perdê-la, lembra que a tirou da miséria, que lhe estendeu a mão no momento em que ela mais precisou. Mantém Maria Eduarda presa a ele através de chantagens emocionais, porém friamente calculadas: tudo em Castro Gomes é medido, polido, exato e preciso. O amor por Maria Eduarda não é maior que o apreço à sua própria honra e, ao descobrir o romance dela com Carlos, tratará de riscá-la de sua vida, mesmo amando-a. É um homem essencialmente racional e, apesar da aparente frieza e do cinismo cortante, não é propriamente mau; não chega, portanto, a ser um vilão.

Isabelle Drummond em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Rosa (Isabelle Drummond) – A filhinha de Maria Eduarda vive num mundo à parte, fantasioso, sempre conversando com a boneca Cricri e inventando mil histórias tendo a ela e a boneca como personagens. Menina terna, meiga e encantadora. Carlos é fascinado por ela e a mãe a trata com carinho e devoção. É um pequeno raio de luz a borboletear por ali, sempre trazendo algo de lúdico mesmo nos momentos de maior tensão.

Mulato Julião – Bonito e atraente, com aspecto tosco e rústico, é o “mulato da tipóia”, por quem Miss Sarah vai cair de amores. Homem de poucas palavras e mais ação, vai ter um caso estrondoso – embora secreto – com a inglesa pudica.

Marina Ballarin e Ruth Brennan em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Gertrudes (Renata Soffredini) – A governanta dos Maias cuidou de Carlos desde pequeno, quando da partida de Maria Monforte.

Melanie (Marina Ballarin) – Rapariga magra e sardenta, é criada de Maria Eduarda. Confidente e amiga da patroa, a mademoiselle, está sempre a par de seus segredos.

Miss Sarah (Ruth Brennan) – A governanta na casa de Maria Eduarda é filha de um clergyman. Trazida por Castro Gomes e Maria Eduarda a Portugal, detestou o país: muito calor, maus cheiros por toda parte, gente horrenda… Vive a se mostrar com uma “indefinida saudade dos verdes molhados da sua Inglaterra, e dos céus de névoa, cinzentos e vagos”. O que ninguém suspeita é que a séria e recolhida Miss Sarah, sempre de preto e com as pestanas baixas de uma timidez virginal, sempre reclamando do calor e do povo português, chegando a intimidar Maria Eduarda com tamanho recato, trata-se, na verdade, de uma devassa, que se entrega a Teodorico e se rende à luxúria.

Selton Mello em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

João da Ega (Selton Mello) – O melhor amigo de Carlos vai se formar em Direito, mas devagar, muito pausadamente – ora reprovado, ora perdendo o ano. Filho de uma beata que mora numa quinta ao pé de Celorico de Basto, Ega é o desgosto da mãe, sempre escandalizada com sua irreligião e suas facetas heréticas: “era considerado não só em Celorico, mas também na Academia, que ele espantava pela audácia e pelos ditos, como o maior ateu, o maior demagogo, que jamais aparecera nas sociedades humanas. Isto lisonjeava-o; por sistema exagerou o seu ódio à Divindade e a toda ordem social; queria o massacre das classes médias, o amor livre das ficções do matrimônio, a repartição de terras, o culto de Satanás. O esforço da inteligência neste sentido terminou por lhe influenciar as maneiras e a fisionomia. Desde a sua entrada na universidade, renovara as tradições da antiga boemia: trazia os rasgões da batida cosidos a linha branca; embebedava-se com carrascão; à noite, na ponte, com o braço erguido, atirava injúrias a Deus. E no fundo era muito sentimental, enleado sempre em amores por meninas de 15 anos, filhas de empregados, com quem às vezes ia passar a soirée, levando-lhes cartuchinhos de doces”. A sua imagem rebelde, portanto, é apenas uma fachada de seu nunca assumido romantismo. Vai se apaixonar por Raquel Cohen e sofrer muito com a não-correspondência. Será, também, ao longo da trama, o principal ombro de Carlos, o confidente, o amigo de todas as horas, solidário, firme, compreensivo. É bonita a amizade deles. Anárquico, estourado, divertido sem ser cômico, logo conquista a simpatia do avô de Carlos, Afonso, quando este vê em Ega um retrato seu quando jovem.

Otávio Müller em Os Maias, 2001 — Foto: Eliane Heeren/Globo

Dâmaso Salcede (Otávio Müller) – Primo de Raquel Cohen. Ao conhecer Carlos, terá a este como seu ídolo e tentará imitá-lo em tudo: dos móveis vistos no Ramalhete aos romances com mulheres da alta roda da sociedade, passando pelos gostos, pelas relações e pelas opiniões. Se Carlos conta uma anedota, põe-se a rolar de rir; se Carlos aparece no teatro, levanta-se no meio da ária para ir se instalar em sua frisa; se Carlos entra no Grêmio, abandona imediatamente a partida para se juntar a seu ídolo. É um caso típico de obsessão: Carlos é o homem que ele gostaria de ser e não é. Jacta-se de ser o melhor amigo deste, de saber os seus segredos, embora Carlos não dê tanta importância assim à existência de Dâmaso. É uma figura reles, rasteira, pegajosa e com qualquer coisa de asquerosa. Fala muito sem dizer coisa alguma, não tem conteúdo, é medíocre e sem caráter. Gaba-se de suas conquistas amorosas, como se isso o tornasse mais digno diante de Carlos. Luta para conquistar Maria Eduarda para, assim, como o amigo, ter um romance chic com uma moça de categoria. Ao perder Maria Eduarda para Carlos, volta-se contra o idolatrado amigo, sentindo-se ferido no seu orgulho e na sua vaidade, mostrando o seu lado mesquinho e rancoroso. É, no entanto, covarde e dissimulado o suficiente para continuar tratando Carlos com amizade.

Viscondessa de Gafanha (Mila Moreira) – Entra na história como amante de Dâmaso. Diz-se que, quando nova, dormiu num leito real e que “augustos bigodes a tinham lambuzado”. Tanta honra fascina Dâmaso, que se cola às suas saias com tamanha fidelidade que ela se vê obrigada a enxotá-lo à força e com desfeitas.

Ilya São Paulo em Os Maias, 2001 — Foto: Cristiana Isidoro/Globo

Vitorino Cruges (Ilya São Paulo) – Amigo de Carlos, pertencente à roda social deste, Ilya freqüenta o Ramalhete. É a imagem típica de um artista, menos cuidadoso com o visual do que os demais amigos. Tem vocação para a música, seu sonho é se tornar um afamado maestro, porém, indolente e acomodado, vai adiando indefinidamente seus projetos, sempre culpando a ignorância alheia pelo não-reconhecimento de sua inegável genialidade. É calado, reservado, quase inescrutável, embora possua um temperamento sobreexcitado. Rapaz de gênio instável, de humor imprevisível, que às vezes sobressalta os próprios amigos. Ora permanece a um canto modorrento e apático, sem ânimo para nada, ora é tomado por acessos súbitos que o levam a explodir em gritos pelos motivos mais banais. Extremamente tímido com mulheres, ataranta-se e emudece frente a elas e essa timidez o leva a atitudes tão falsamente naturais que se tornam ridículas, fazendo-o cair numa modorra monossilábica, quase fúnebre. Cruges acaba sendo uma figura cômica justamente pelo temor a sê-lo.

Osmar Prado em Os Maias, 2001 — Foto: Marcela Haddad/Globo

Tomás de Alencar (Osmar Prado) – Amigo de Pedro da Maia e mais tarde de Carlos, por quem nutre um carinho paternal, é um poeta tanto pelos versos que faz quanto pela maneira especial de entender a vida e o mundo. Quando reencontra Carlos, que conhecera quando criança, emociona-se a ponto de atirar-se nos braços deste, sem ter vergonha do ato patético. Homem sentimental, extremamente emotivo, de coração grande e pródigo em afeto, uma soberba encarnação do lirismo romântico. Tem horror literário ao naturalismo, ao qual se refere como “o excremento”. É também um patriota à antiga, que não admite ouvir falar mal de sua terra natal. Dono de uma voz cavernosa e lenta, é leal, impecavelmente honesto, bom, generoso e dotado de uma alta cortesia e de uma notável delicadeza de sentimentos. É estimado por todos. Tem uma paixão platônica por Raquel Cohen, a quem dedica poemas românticos, indignando-se ao saber que João da Ega é seu amante.

Domingos – Criado da casa de Craft, onde vão morar Carlos e Maria Eduarda. É discreto, bom e servil.

Leonardo Medeiros em os Maias, 2001 — Foto: Cristiana Isidoro/Globo

Taveira (Leonardo Medeiros) – Outro integrante da turma de Carlos, Taveira tem um ar aéreo e quase apatetado. É o mais fútil e reles da turma. Sempre dominado por instintos eróticos e indiscriminados, vive envolvido com prostitutas de terceira categoria, mulheres casadas bonitas ou não, criadas, mulheres finas ou vulgares. Incapaz tanto de grandes maldades quanto de grandes bondades, é medíocre em pensamentos, atos e omissões. Sempre alheio a tudo o que se passa a seu redor, vive imerso em seus pequenos interesses.

Craft (Dan Filip Stulbach) – Também da roda de amigos de Carlos, Craft é inglês, filho de um clergyman da igreja inglesa do Porto. Recebeu herança de um tio e aproveitou a fortuna para viajar pelo mundo e colecionar obras de arte. Lutou como voluntário na Abissínia e em Marrocos. Os amigos lhe têm inveja e admiração. Um gentleman de maneiras graves e hábitos rijos, sentindo finamente e pensando com retidão. Uma clássica figura britânica – o que não o livra do bordão “très chic!” sempre que algo lhe agrada. Não desdenha nem despreza o sentimentalismo português. Ao contrário, estuda-o, ouvindo as histórias românticas dos amigos sem perder uma palavra, como quem se instrui; achando, por fim, tudo muito “curioso”.

Eliane Giardini em Os Maias, 2001 — Foto: Eliane Heeren/Globo

Condessa de Gouvarinho (Eliane Giardini) – Esposa do conde de Gouvarinho, não se dá bem com o marido. Filha de um comerciante, casou-se por um acordo de famílias: ele daria a ela o título de condessa, enquanto o sogro lhe emprestaria dinheiro. Mulher passional, de temperamento inflamável, não foram poucas as vezes que quebrou copos e pratos em brigas com o marido. Ao se interessar por Carlos, deixa-se seduzir por ele – embora a iniciativa do primeiro encontro seja dela. Na verdade, o interesse dela não está em Carlos em si, mas nas delícias de um relacionamento proibido, no qual Carlos é apenas o objeto. Ao notar o desinteresse do amante, tentará segurá-lo com pieguices e chantagens sentimentais – o que termina por afastá-lo de vez. Após o fim do romance com Carlos, tentará a todo custo reconquistá-lo. Ao ser definitivamente preterida por Maria Eduarda, vai fazer de tudo para separar e difamar o casal, passando a simular intimidade com Teodorico para fazer ciúmes em Carlos.

Conde de Gouvarinho (Otávio Augusto) – Devendo a Deus e ao mundo, ainda assim ostenta uma vida de luxo e fartura. Mantém sua frisa de assinatura, frequenta as soirées, as reuniões chics. O curioso é que todos sabem de sua situação, todos falam às suas costas e todos o tratam com deferência a sua frente – o que espelha bem os costumes da sociedade lisboeta de então. Na verdade, grande parte de seus rendimentos vem do sogro, já que ele, apesar do título, pertence a uma família falida. Com a resistência progressiva e contínua do sogro a lhe proporcionar a boa vida de sempre, vai se afundando em dívidas, sem tolerar rebaixar o seu nível de vida. Arrogante, com um afetado ar aristocrático, não ama a mulher, nem se dá bem com ela: sempre a enxergou como um grande dote. Com a fonte de riquezas secando, a relação vai ficando insustentável.

Cecil Thiré em Os Maias, 2001 — Foto: Cristiana Isidoro/Globo

Jacob Cohen (Cécil Thiré) – Amigo da roda de Carlos, não freqüenta o Ramalhete justamente por não ser Intimo de Carlos. Judeu, marido de Raquel, é banqueiro e não ostenta a real fortuna que tem. Simpático, envolvente, bom de conversa, não tem o ar austero e aristocrático que se espera de um banqueiro. É porém oportunista, egoísta, capaz de vender a mãe e cobrar juros. Venderia a esposa para Ega se soubesse que ele dispõe de capital para comprá-la (capital que a mãe de Ega de fato possui, mas que jamais gastaria para tal fim).

Maria Luiza Mendonça em Os Maias, 2001 — Foto: Eliane Heeren/Globo

Raquel Cohen (Maria Luisa Mendonça) – Belíssima judia, é a grande paixão de Ega. Esposa do judeu banqueiro Cohen, torna-se amante de Ega, mas logo rompe o relacionamento, por ser desmascarada pelo marido e levar uma surra deste. Apesar de bela, tem uma alma rasteira e superficial, é vaidosa e coquete, mantendo o romance com Ega apenas por entretenimento, sem jamais ter por ele qualquer sentimento mais profundo. Tais características farão com que ela se aproxime mais tarde do primo Dâmaso, de quem se tornará amiga e cúmplice em intrigas e fofocas.

Rodrigo Penna em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Artur Corvelo (Rodrigo Penna) – Personagem criado por Eça na obra 'A Capital', Artur é um rapaz extremamente sentimental, emocional, instintivo, ingênuo e desprovido de malícia. Órfão criado por um padrinho numa cidade de província, seu maior sonho é promover sua carreira de autor teatral. Cheio de veleidades intelectuais, toma posse da herança do padrinho e vai para Lisboa por acreditar que somente lá encontrará vida inteligente em Portugal. Acaba deslumbrando-se com os cafés, as soirées, as conversas literárias e a atmosfera pretensamente intelectual e torna-se amigo de Eusebiozinho e Palma Cavalão. Seu talento como escritor é pífio: Artur não possui densidade emocional, é um homem deslumbrado com as próprias emoções; acha-se profundo, mas é rasteiro. Sua carreira como autor teatral será um fiasco, e, possivelmente, com esta frustração, comece a amadurecer.

Jandira Martini em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Eugênia Silveira (Jandira Martini) – Mãe de Teresinha e Eusebiozinho. Velha beata, muito temente a Deus, católica fervorosa. Em pontos de etiqueta e doutrina, é uma sumidade. Tem verdadeira paixão por Eusebiozinho, que é o seu orgulho, acredita que o menino vai ser uma grande figura, uma personalidade de destaque em todo o reino, pela sua inteligência e esperteza. Como toda mãe, é a última a reconhecer que o filho não corresponde às suas expectativas. Recusa-se a enxergar que o filho é um medíocre e a filha uma solteirona, e sempre culpa Carlos, o “herege”, por tudo de mal que lhe acontece.

Xavier (Walter Breda) – Pai de Teodorico, viúvo da sobrinha única de Patrocínio, foi, quando mais jovem, um boêmio, um belo homem, cortejador e alegre. Está tísico, debilitado por acessos incontroláveis de tosse, fraco e assolado pela miséria na qual cria o filho antes de que este seja adotado por Titi. Apesar disso, guarda ainda traços do passado, como o vocabulário afiado e espirituoso. Tem horror à velha Patrocínio, mas vive atrás dela tentando fazer com que esta garanta o sustento do filho, ciente de que não terá vida longa e temeroso pelo futuro do pequeno.

Felipe Martins em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Eusebiozinho Silveira (Adriano Leonel / Felipe Martins) – Companheiro de infância de Carlos, que, quando criança, mostra grande paixão por livros e por coisas do saber. Menino molengão e tristonho, sempre agarrado às saias da mãe, tem um jeito de ser que irrita profundamente o vital e saudável Carlos, que o surpreende com brincadeiras mais violentas. É o contraponto de Carlos. Admirado por todos, prometendo um grande futuro como bacharel e depois desembargador, Eusebiozinho decepciona tornando-se um adulto sem vestígios de qualquer amor pelos livros. Ao se tornar viúvo muito jovem, anda sempre macambúzio. Quem vê sua aparência lúgubre, não imagina que Eusebiozinho possui um surpreendente lado sensual: tem um fraco por espanholas, vive tomado de paixões súbitas e é frequentador de lupanares, “para onde vai tão morosa e soturnamente quanto para sua própria sepultura”. Homem de duas faces, é um sujeito reles e rasteiro, sempre patinando na superfície, seja nas reuniões do Ramalhete ou nos lupanares. Amigo de Teodorico, frequenta a casa de Titi Patrocínio das Neves, onde passa por grande devoto.

Rita Elmor em Os Maias, 2001 — Foto: Eliane Heeren/Globo

Teresinha Silveira (Maria Isabel Quinhões / Rita Elmor) – A namoradinha de Carlos na infância é uma rapariguinha delicada, magra e viva. Os dois se prometeram um ao outro e fizeram planos de casamento. Carlos, porém, viajou, estudou fora, conheceu outras pessoas e outros ambientes. Ao voltar, reencontrou Teresinha esperando-o.: ela passara todo esse tempo preparando o enxoval, fazendo planos, certa do compromisso. Mas, ao revê-la, Carlos percebe que ela não é mais aquilo que ele quer para si. Teresinha tornou-se uma menina carola como a mãe, cheia de pudores e recatos, exigindo o cumprimento do compromisso. Carlos delicadamente se desvencilha e, rejeitada, Teresinha hesita entre se tornar freira ou arranjar outro noivo. Frequenta o círculo de Patrocínio das Neves.

Matheus Natchergaele em Os Maias, 2001 — Foto: Eliane Heeren/Globo

Teodorico (Matheus Nachtergaele) – Órfão, foi entregue muito pequeno aos cuidados da tia Patrocínio das Neves, uma senhora extremamente carola e severa. Teodorico, contudo, está longe de seguir o caminho religioso da tia. Dono de temperamento fortemente sensual, é farrista, gosta de lupanares, de bebedeiras e de qualquer tipo de vício. É, porém, sonso e dissimulado o suficiente para ocultar essa face da sua Titi. Não é um jovem rebelde: nem passa por sua cabeça questionar os valores da tia. O que realmente quer é que ela acredite que ele é um santo, para receber como herança toda a fortuna de Titi. É um boêmio mau-caráter, de maldade infantil e livre de qualquer maquiavelismo. É ingênuo e crédulo o suficiente para acreditar que a interesseira Lola o ama. O lado puro, apesar do caráter duvidoso, fará com que Teodorico seja simpático – mesmo quando tenta “apressar” a morte da Titi. Sua trajetória na trama é sempre cômica.

Myrian Muniz em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Patrocínio das Neves (Myrian Muniz) – Tia de Teodorico, Titi vai criá-lo depois que ele fica órfão. Mulher severa e carola, absolutamente fanática, dona de uma personalidade fortíssima, Titi é uma religiosa fervorosa que faz sua palavra ter o efeito de uma lei. Louva a Deus sobre tudo e todas as coisas, sente total asco e repulsa pelo sexo, considerado “uma imundície”. Por isso, mantém-se tão imaculada quanto a própria Virgem Maria. Implacável e inflexível, não admite qualquer contrariedade. Ameaça constantemente Teodorico de colocá-lo para fora de casa caso ele olhe para as mulheres, sem desconfiar que o sobrinho é o maior dos libertinos.

Vicência (Thelma Reston) – Empregada idosa e fiel de Patrocínio das Neves, extremamente rude, porém afetiva, é a “verdadeira” mãe que Teodorico teve na vida.

Carlos Alberto em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

D. Diogo Coutinho (Carlos Alberto) – Amigo de Afonso, com quem joga intermináveis partidas de whist, este velho dândi foi, em sua juventude, um homem muito belo, a quem as damas de outras eras chamavam de “Lindo Diogo”, gentil toureiro que dormira em leito real. Morre de saudades de sua juventude, de sua beleza e de seu passado. Não fica recordando ou contando histórias de sua mocidade: suas saudades se manifestam quando vê os mais jovens.

Eva Wilma em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Maria da Cunha (Eva Wilma) – Amiga de Afonso, Maria da Cunha é engraçada, ainda bonita, toda bondade, cheia de simpatia por todos os pecados. Faladora, desinibida, irreverente, simpática e agradável, todos a querem bem. Apesar de sua conduta ao longo da vida não ter sido exemplar, não há quem lance um “ai” contra sua honra. Há quem diga que houve um romance entre ela e Afonso na juventude. Tem uma graciosidade, simpatia e elegância que Raquel Cohen e a condessa de Gouvarinho, juntas, não chegam a ter. Leve, descomplicada, alto astral, amiga leal, é incapaz de julgar a quem quer que seja. É cúmplice do romance de Raquel e Ega.

Sérgio Viotti em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Padre Vasques (Sérgio Viotti) – Responsável pela educação de Pedro da Maia, servirá de embaixador de Pedro junto a Afonso para que este aceite seu casamento com Maria Monforte. Ainda na primeira fase, o vemos como confessor de Titi Patrocínio das Neves e habitué da casa. É ele que convence Titi a adotar Teodorico e a enviá-lo para o seminário e o curso de Teologia. Mais tarde, será ele também que a aconselhará a mandá-lo para a Terra Santa. Figura obesa, glutona e limitada, representante de um catolicismo ortodoxo e extremamente obtuso. É para ele que Titi deixa a maior parte de sua fortuna.

Ewerton Castro em Os Maias, 2001 — Foto: Eliane Heeren/Globo

Manuel Vilaça (Ewerton de Castro) – Administrador e procurador dos Maias, ligado afetivamente à família, envolve-se nos conflitos familiares, comovendo-se, alegrando-se e sofrendo junto com Afonso. Obediente, leal, dedicado e discreto, é mais emocional que Afonso. Afonso e Carlos também têm por ele uma grande estima, como se fosse da família. Tem grande devoção aos Maias.

José Lewgoy em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Abade Custódio (José Lewgoy) – Frequenta a quinta de Santa Olávia. Abade tradicional, muito culto, cheio de saber, pouco flexível em relação a opiniões diferentes das suas, mas pouco firme para defendê-las, principalmente diante de Afonso. Não se conforma com a educação à inglesa que Carlos recebe e tenta, sem sucesso, levar o menino e o avô para o caminho tradicional do catolicismo português.

Antonio Calloni em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Palma Cavalão (Antonio Calloni) – Pertence à roda de amigos de Eusebiozinho e Teodorico. Apesar do aspecto bruto, ordinário e quase repulsivo, alegra as rodas boêmias com sua lábia e sua afetada simpatia. Desta forma, transforma-se, mais tarde, numa espécie de ídolo para Artur. Não é, porém, um boêmio gracejador e leve; é um homem tosco e rude no trato, principalmente com as mulheres. Dono de um pequeno jornal sensacionalista, através do qual vai complicar a vida de alguns personagens, é oportunista, espertalhão e está sempre pronto a passar a perna em quem quer que seja para tirar proveito. É, porém, melífluo e ladino o suficiente para que seus interesses nunca venham à tona imediatamente.

Ivan Mesquita em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Cel. Sequeira (Yvan Mesquita) – Amigo de Afonso, frequentador do Ramalhete, é um homem bonachão, de significativa presença, simpático, cativante. Tem o mesmo raciocínio prático, liberal e avesso a romantismos de Afonso. É, entretanto, mais flexível, e, às vezes, ameniza os conflitos entre o amigo e seu filho Pedro. Homem firme, porém gentil e generoso, dono de um coração de ouro, trata-se de um alguém que cativa primeiro pelo bom humor, depois pela cultura e a integridade de posturas e pensamentos.

Ariclê Perez em Os Maias, 2001 — Foto: Eliane Heeren/Globo

Maria da Gama (Ariclê Perez) – Pertencente à fina sociedade lisboeta, é amiga próxima de Maria da Cunha. Sempre elegantíssima e aprumadíssima, é muito orgulhosa de si mesma. Tem um modo característico de olhar as pessoas de cima a baixo, sempre desdenhando dos que não têm sua altura social. Tem aversão, por exemplo, aos Monforte.

Teles da Gama – Marido de Maria da Gama e padrinho de Pedro da Maia, é um homem apagado, calado, submisso, que pouco se destaca e nada fala diante da esposa. Vive ofuscado pela verborragia da esposa, pelo excesso de gestos, palavras e opiniões desta.

Helio Ary em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Baptista (Helio Ary) – É criado de quarto de Carlos desde que o menino tinha onze anos. É seu confidente e tem um ar excessivamente gentleman. Conserva-se tão fino e tão desembaraçado como quando em Londres aprendeu a valsar na balbúrdia dos salões dançantes.

Brown (Philip Croskin) – Primeira fase da história. É o preceptor inglês contratado por AfoFnso para cuidar de Carlos. Segue a cartilha liberal sob a qual Afonso pretende educar o neto. Dá prioridade à força e aos músculos, deixando as aulas de latim para depois. Apesar do aspecto um tanto abrutalhado, Brown é boa pessoa, calado e asseado. Cioso de sua origem e cultura, lê o Times, leva a longa sobrecasaca militar abotoada e suas atitudes tipicamente inglesas atordoam os demais.

Jacqueline Dolabonna em Os Maias, 2001 — Foto: Eliane Heeren/Globo

D. Joana Coutinho (Jacqueline Dalabona) – Mulher da alta sociedade lisboeta, muito chique e elegante, de forte presença, carismática e de intenso charme pessoal. Casada com um homem bem mais velho e apagado, anda sempre cercada de jovens, belas e desconhecidas mulheres, suas “amigas”. Seu salão literário é disputado por nove entre dez literatos da sociedade.

Jussara Freire e Alisson Vieira em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Amélia (Jussara Freire) – Prostituta, é vizinha de Xavier, companheira no mundo miserável e ordinário em que vivem. Bonita quando jovem, tem um triste aspecto de abandono e deterioração, comum ao universo miserável em que vive. Guarda traços da antiga beleza, principalmente no olhar. Tem a ternura e a indulgência típicas das prostitutas de bom coração em fim de carreira. Cuida de Xavier em suas crises de tosse e sempre que pode cuida também de Teodorico. Casa-se com um homem respeitável (Gino Santos) e deixa o cortiço.

Francisca Queiroz em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Ana (Francisca Queiroz) – Moça bonita, humilde, com um ar lânguido e melancólico, será a primeira amante de Carlos, em Coimbra. Casada, com um filho, não gosta do marido, sente-se entediada e é isso que a impelirá a ter um romance com Carlos que, para ela, é um herói, um homem acima dos outros.

Monsieur Théodore (Gilles Gwizdek) – Cozinheiro francês de Afonso da Maia, tem sempre discussões acaloradas com o inglês Brown sobre a França e a Inglaterra.

Maria Clara Fernandes em Os Maias, 2001 — Foto: Roberto Steinberger/Globo

Encarnación (Maria Clara Fernandes) – A segunda amante de Carlos em Coimbra é uma espanhola de vida airada, longos cabelos anelados, sotaque acentuado, sensualíssima, envolvente e apaixonante. Encantará a todos os amigos de Carlos, com quem não fica muito tempo.

Giselle Itié em Os Maias, 2001 — Foto: Cristiana Isidoro/Globo

Lola (Giselle Itié) – Espanhola bonita e ardilosa, é amante de Teodorico mas o engana com sua verdadeira paixão, o jovem fadista Adelino. Ela engana Teodorico dizendo que o ama, na esperança de se beneficiar com uma parte da herança que ele espera receber de Patrocínio das Neves.

Bruno Garcia em Os Maias, 2001 — Foto: Eliane Heeren/Globo

Adelino (Bruno Garcia) – Fadista e rufião, é belo, boêmio, histriônico, e cafajeste. Amante de Lola, faz-se passar por seu irmão epiléptico para poder se instalar com ela na casa de campo que Teodorico aluga para ser seu ninho de amor. Mais tarde, fará chantagens com Teodorico, ameaçando contar à Titi o que sabe sobre ele.

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