Por Memória Globo

Jorge Baumann/Globo

Maria Moura (Gloria Pires) tem um histórico familiar doloroso: perde o pai (Angelo de Matos) na infância e, aos 17 anos, encontra a mãe (Bete Mendes) morta em casa, pendurada no teto pelo pescoço, como se tivesse se suicidado. A jovem, no entanto, tem certeza de que se trata de assassinato. O provável autor é seu padrasto, que passa a aliciá-la. Para vingar a morte da mãe, Maria seduz o empregado e amigo de infância Jardilino (Lui Mendes) e pede que ele execute o padrasto.

Cena em que Maria Moura, ainda menina (Cleo Pires), observa o pai (Angelo de Matos) entalhando a serra dos Padres num pedaço de madeira.

Cena em que Maria Moura, ainda menina (Cleo Pires), observa o pai (Angelo de Matos) entalhando a serra dos Padres num pedaço de madeira.

Imersa na violência e nas disputas de terra tão presentes em seu contexto de vida, Maria Moura passa a reagir com igual rivalidade com todos que descumprem suas regras e leis. Protegida por empregados da família, reúne um grupo de pessoas para que a ajude a conquistar a terra herdada do pai, a serra dos Padres. Mas, para isso, precisa impedir a invasão do sítio por seus ardilosos primos Tonho (Ernani Moraes), Irineu (Otávio Müller) e Firma (Zezé Polessa).

Paulo Vespúcio, Otávio Muller e Zezé Polessa em Memorial de Maria Moura, 1994 — Foto: Acervo/Globo

O bando de Maria Moura vai aumentando com a adesão de pessoas injustiçadas ou perseguidas, como a prima Marialva (Cristiana Oliveira) e seu companheiro, o malabarista e atirador de facas Valentim (Jackson Antunes).

Indo contra as regras sociais estabelecidas pelo sistema patriarcal, no qual a submissão feminina é uma constante, a protagonista é capaz de tudo por sua liberdade, sendo cruel com seus adversários e extremamente leal aos que a apoiam. Maria só fraqueja ao se apaixonar pelo sedutor Cirino (Marcos Palmeira), recuperando uma ingenuidade que julgava perdida. Mas ela encomenda a morte do amado ao descobrir que foi traída por ele. Atendendo a um pedido de Maria Moura, Valentim atira uma de suas facas em Cirino.

Cena em que Cirino (Marcos Palmeira), por encomenda de Maria Moura (Gloria Pires), é assassinado por Valentim (Jackson Antunes).

Cena em que Cirino (Marcos Palmeira), por encomenda de Maria Moura (Gloria Pires), é assassinado por Valentim (Jackson Antunes).

A minissérie termina com uma batalha: de um lado o bando liderado por seus primos e Eufrásia (Rosamaria Murtinho); de outro, o de Maria Moura. No dia marcado para o enfrentamento, percebendo que os adversários estavam mais bem armados, Maria Moura ordena que seu bando permaneça em casa e segue sozinha para cumprir seu destino, pensando em se entregar ou morrer. Descumprindo suas ordens, Duarte (Chico Diaz), seu fiel seguidor, decide acompanhá-la e lutar a seu lado. Eles cavalgam na direção dos inimigos e morrem baleados.

Cena em que Maria Moura (Gloria Pires) e Duarte (Chico Diaz) cavalgam na direção dos inimigos e morrem baleados.

Cena em que Maria Moura (Gloria Pires) e Duarte (Chico Diaz) cavalgam na direção dos inimigos e morrem baleados.

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