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'A garota de Oslo', da Netflix, é pura decepção

Patrícia Kogut

Cena de 'A garota de Oslo', da Netflix (Foto: Divulgação/Netflix)Cena de 'A garota de Oslo', da Netflix (Foto: Divulgação/Netflix)

 

A televisão israelense é um celeiro de grandes séries. “Homeland” e “Sessão de terapia” são só duas mostras dessa força criativa. Por isso, “A garota de Oslo” (Netflix) era aguardada com expectativa. Quem conferir vai reconhecer ali mais de uma estrela de “Fauda” e os cenários lindos do deserto. Porém, o brilho daqueles roteiros não dá as caras. Tem spoiler.

A personagem central é a norueguesa Alex Bakke (Anneke von der Lippe). Ela segue para Jerusalém, onde tenta resgatar a única filha, a estudante de medicina Pia (Andrea Berntzen), que está nas mãos do Estado Islâmico. A garota visitou uma praia egípcia com dois amigos israelenses e, na volta, os três foram sequestrados no Sinai. Alex participou das negociações do Acordo de Oslo, em 1993. Foi quando engravidou de Arik (Amos Tamam), que estava lá pelo lado israelense. Nos dias de hoje, ele é uma figura importante no governo. Ela retornou para a Escandinávia e se casou. Arik ignora que teve uma filha fora do casamento. Contando assim, parece que acompanharemos uma aventura de suspense naquela intrincada geopolítica do Oriente Médio. Mas não é nada disso. Trata-se de um dramalhão que se desenrola entre muitas pontas soltas. O roteiro, fraquíssimo e cheio de furos, é levado por um elenco muito irregular. O desempenho do canastrão Amos Tamam constrange.

“A garota de Oslo” até distrai. Seus dez episódios de pouco mais de meia hora são de rápido consumo. Mas não merece a sua atenção.


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