Ir para o conteúdo


Publicidade

Um balanço final de 'Mare of Easttown', série da HBO

Patrícia Kogut

Kate Winslet em 'Mare of Easttown' (Foto: HBO)Kate Winslet em 'Mare of Easttown' (Foto: HBO)

 

Estrela de “Mare of Easttown”, Kate Winslet disse ao “The New York Times” que ficou impressionada com a forma como o público se apaixonou por sua personagem, “uma mulher extremamente imperfeita, quebrada e difícil. Eu amei suas marcas e suas cicatrizes e seus defeitos e suas falhas”, observou. Modéstia: não chega a ser surpresa. A responsabilidade pelo êxito da série, que chegou ao fim no último domingo na HBO, é toda dela, talentosa e entregue ao papel.

Seguimos aqui a aventura da policial numa cidadezinha sem graça no interior da Pensilvânia. São sete episódios, ao fim dos quais a trama de suspense é solucionada. Mare tem ares de anti-heroína. Já na estreia, torce o tornozelo ao perseguir um bandido e passa a mancar. É um detalhe bem simbólico na composição dessa personagem “imperfeita”, como disse a atriz (felizmente ela se cura rapidamente e fica livre para correr atrás de outros fugitivos ao longo da história).

É um policial, mas também um drama familiar. Há, aqui e ali, doses de comédia. O roteiro, esquemático, exagera nos truques. Essa não seria uma série acima da média sem seu elenco de alta qualidade, mais especialmente, Kate Winslet. O capítulo final, cheio de viradas, é um exemplo perfeito desses altos e baixos. Ele alterna momentos de muita ação com outros, arrastados. Apesar das curvas irregulares, “Mare of Easttown” vale muito, nem que seja para admirar a entrega da atriz a um papel que assustaria colegas suas de meia-idade: uma avó ainda bonita, um pouco acima do peso, triste e capaz de se apaixonar.

 

SIGA A COLUNA NAS REDES

No Twitter: @PatriciaKogut

No Instagram: @colunapatriciakogut

No Facebook: PatriciaKogutOGlobo

Mais em Kogut

Publicidade