![Kate Winslet em 'Mare of Easttown' (Foto: HBO) Kate Winslet em 'Mare of Easttown' (Foto: HBO)](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/25fFnVVtrvQMhDUKAFMgLLoTAPM=/640x424/top/i.glbimg.com/og/ig/infoglobo/f/original/2021/06/02/mareofeasttown.png)
Estrela de “Mare of Easttown”, Kate Winslet disse ao “The New York Times” que ficou impressionada com a forma como o público se apaixonou por sua personagem, “uma mulher extremamente imperfeita, quebrada e difícil. Eu amei suas marcas e suas cicatrizes e seus defeitos e suas falhas”, observou. Modéstia: não chega a ser surpresa. A responsabilidade pelo êxito da série, que chegou ao fim no último domingo na HBO, é toda dela, talentosa e entregue ao papel.
Seguimos aqui a aventura da policial numa cidadezinha sem graça no interior da Pensilvânia. São sete episódios, ao fim dos quais a trama de suspense é solucionada. Mare tem ares de anti-heroína. Já na estreia, torce o tornozelo ao perseguir um bandido e passa a mancar. É um detalhe bem simbólico na composição dessa personagem “imperfeita”, como disse a atriz (felizmente ela se cura rapidamente e fica livre para correr atrás de outros fugitivos ao longo da história).
É um policial, mas também um drama familiar. Há, aqui e ali, doses de comédia. O roteiro, esquemático, exagera nos truques. Essa não seria uma série acima da média sem seu elenco de alta qualidade, mais especialmente, Kate Winslet. O capítulo final, cheio de viradas, é um exemplo perfeito desses altos e baixos. Ele alterna momentos de muita ação com outros, arrastados. Apesar das curvas irregulares, “Mare of Easttown” vale muito, nem que seja para admirar a entrega da atriz a um papel que assustaria colegas suas de meia-idade: uma avó ainda bonita, um pouco acima do peso, triste e capaz de se apaixonar.
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