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'Law & order: Organized crime' não retrata a pandemia como ela é

Patrícia Kogut

Christopher Melloni (Elliot Stabler), de 'Law & order' (Foto: Reprodução)Christopher Melloni (Elliot Stabler), de 'Law & order' (Foto: Reprodução)

 

No último domingo, escrevi aqui sobre “Law & order: Organized crime”, a nova série da inesgotável franquia de Dick Wolf. A história marca a volta de Christopher Melloni (Elliot Stabler) e ainda reabilita a parceria do ator com Mariska Hargitay (Olivia Benson). Entre o que chama a atenção na nova trama está a forma como ela aborda a pandemia. Todo o elenco principal aparece sem máscaras, ao contrário da numerosa figuração. A razão para isso é uma escolha artística. Fica uma situação nunca verbalizada, mas subentendida. Trata-se de um pacto silencioso com o público — que é convidado a fantasiar que todos estão usando máscaras, ainda que imaginárias.

Mas essa não é a única referência ao vírus. Acompanhamos as ações de uma quadrilha italiana com ramificações em Nova York. No mundo de “Organized crime”, que foi escrita há alguns meses, faltam imunizantes nos EUA. Os bandidos vendem vacinas a peso de ouro no mercado negro. E elas vão parar nas mãos de médicos que atendem a elite da cidade. Foi um erro de previsão dos roteiristas. Como se sabe, Joe Biden venceu a eleição, a campanha de vacinação ganhou impulso e não se tem muita notícia de um comércio ilícito de injeções para barrar o coronavírus. Até os mais jovens já estão conseguindo ser imunizados (ô, inveja).

Nada disso enfraquece a trama. É uma aventura bem construída e com personagens que o público adora. Mas vale prestar atenção aos enredos que retratam esse momento. Nessa pandemia, os comportamentos mudam rapidamente e essa é uma armadilha para a ficção realista.

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