Ir para o conteúdo


Publicidade

A Convenção Democrata em tempos de cólera

Patrícia Kogut

Joe Biden e a mulher, Jill Biden, durante a convenção democrata (Foto: Divulgação)Joe Biden e a mulher, Jill, durante a Convenção Democrata (Foto: Divulgação)

 

Nada de milhares de balões voando ou de arenas lotadas de correligionários usando camisetas temáticas. A Convenção Democrata, que acontece nos EUA esta semana (exibida aqui na CNN americana), segue o espírito do tempo. Ela está sendo integralmente televisionada, como sempre. Mas as estrelas da política e os eleitores falam de suas casas ou de locais sem aglomeração e usam máscaras. Nem assim, o evento parece mais frio. Ao contrário. OK, não dá para negar que há um inevitável calor vindo da onda anti-trumpista. Em si, ele desperta um entusiasmo no espectador que torce por dias melhores. Mas não é só disso que falo. Refiro-me ao formato. A pandemia impede a realização do show, e a televisão reflete isso inexoravelmente. Porém, apesar de menos feérica, a convenção extrai altas temperaturas do olho-no-olho das transmissões “de casa”.

Michelle Obama foi o destaque da primeira noite, com um discurso emocionante. Ela lembrou os americanos de “quem nós somos” ao mencionar a política da Tolerância Zero implantada por Donald Trump em 2018 (e depois derrubada pela Justiça). O segundo dia formalizou Joe Biden como o candidato a disputar a presidência, em 3 de novembro. Nesta terça, 18, Bill Clinton teve direito a falar por alguns minutos. Ele estava em casa, com o cabelo crescido, uma alusão ao isolamento. Biden apareceu com a família e alguém saudou os netos. Um grande momento foi o passeio pelos EUA e por territórios remotos onde há eleitores (como as Ilhas Mariana, na Micronésia). Está bonita a festa dos democratas.

 

SIGA A COLUNA NAS REDES

No Twitter: @PatriciaKogut

No Instagram: @colunapatriciakogut

No Facebook: PatriciaKogutOGlobo

Mais em Kogut

Publicidade