Irene Ravache, Nicette Bruno e Gloria Pires em 'Éramos seis' (Foto: Carlos Araújo/Globo)
É difícil dizer o que anda mais emocionante nesta reta final de “Éramos seis”. Seriam as participações luxuosíssimas de Irene Ravache, Nicette Bruno e Othon Bastos? Ou as cenas de Gloria Pires e Cassio Gabus Mendes, dois gigantes? Ou ainda todo o conjunto de referências subentendido nas cenas desses atores?
Irene e Nicette foram Lola em adaptações anteriores da história de Maria José Dupré. O encontro das três nas sequências do asilo é, portanto, repleto de significados e uma grande homenagem à memória da televisão brasileira. Ele também expressa o respeito que o remake atual dedica às versões antecessoras. É uma reverência justa, que não diminui em nada a importância da novela que terminará esta noite. Ao contrário: com a reunião de Lolas, “Éramos seis” sublinhou a força dessa história que veio de um livro publicado em 1943 e atravessou os tempos emocionando.
Já Gloria e Cassio repetiram mais uma vez a química impressionante que mostraram em outras novelas (todo mundo lembra de “Vale tudo”). Anteontem, essa sintonia chegou ao seu paroxismo. Foi na longa sequência em que seus personagens se reencontraram no asilo. “Éramos seis” ofereceu aos atores o seu melhor: a chance de dizer ótimos diálogos, sem pressa. E eles estavam afiados no cálculo cronológico milimétrico para que cada pausa fosse perfeita. Foi um grande momento da nossa televisão. Quem perdeu tem que correr para o Globoplay. A novela demorou a engrenar, mas, quando se estabeleceu, ganhou uma presença imensa. Além dos citados acima, todo o elenco brilhou. Sem dizer que cenógrafos, figurinistas e produção de arte alegraram a faixa das 18h com seu talento. A produção vai deixar saudades.
PS: Entre tantas notas dez, faltaram elogios para Barbara Reis, a Shirley, e Giullia Buscacio, a Isabel. Vai aqui agora.
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