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'Big little lies': o segredo é inimigo da perfeição

Patrícia Kogut

Meryl Streep em 'Big Little Lies' (Foto: Divulgação)Meryl Streep em 'Big Little Lies' (Foto: Divulgação)

 

Monterey é uma daquelas cidadezinhas costeiras da Califórnia onde o sol parece sempre se pôr dramaticamente. Lá, entre casas espetaculares e uma aparente vida perfeita, ferve um ambiente competitivo com uma ramificação clássica entre mães de crianças ricas. É nesse lugar que se desenrola a trama de “Big little lies”. A primeira temporada, em 2017, foi tão aclamada (levou oito Emmys) que a HBO criou uma forma de prolongar a história. Essa solução se chama Meryl Streep. A atriz se juntou ao elenco já estrelado. E quem achava que a trama cairia no sucateamento se enganou redondamente. A julgar pelos primeiros capítulos (na HBO GO e no Now), ela segue cheia de força. Mais do que isso: os dramas dos personagens estão se aprofundando. Tem spoiler.

Meryl, como sempre, impressiona. Ela é Mary Louise, a mãe de Perry Wright (Alexander Skarsgård), morto no fim da temporada passada. Chega para ajudar a nora, Celeste (Nicole Kidman), mas não é só isso que acontece. Ao lado desse conflito, há os dramas domésticos de Madeline (Reese Witherspoon) e a culpa que Bonnie (Zoë Kravitz) sente por ter empurrado Perry na escada. Algumas das grandes cenas desse início de temporada ficaram a cargo de Laura Dern. Personificação de tudo o que é considerado sucesso na escala de valores daquela sociedade, ela é surpreendida com a prisão e a falência do marido. Sua reação, histérica é usar duas negativas: “I will not not be rich!” (“eu não serei não rica”), grita, repetidamente, evitando a palavra “pobreza”. “Big little lies” é simplesmente imperdível.

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