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'Game of thrones' provou o poder da TV e o 'streaming' se expandiu

Patrícia Kogut

Cena da sétima temporada de 'Game of thrones' (Foto: Reprodução)Cena da sétima temporada de 'Game of thrones' (Foto: Reprodução)

 

O ano foi generoso com os fãs de séries. Nesta coluna, estão só algumas das produções que alegraram a vida desses espectadores. Vale lembrar que o inverno chegou em “Game of thrones” em 2017. Mas teve muito mais. A lista é comprida.

Os 365 dias do ano não foram suficientes para o seriemaníaco de verdade. A televisão (a americana, principalmente) foi muito prolífica em produções de qualidade. A força do streaming se ampliou, verdade, e vamos chegar a isso. Mas, antes, é importante falar de “Game of thrones”. Ela teve um papel fundamental na afirmação da televisão tradicional. Num momento em que muita gente estava decretando a sua extinção, a série da HBO carregou multidões. Durante as semanas de exibição da temporada, houve vários vazamentos na internet. Ainda assim, a audiência da TV se manteve nas alturas o tempo inteiro. A maioria esmagadora do público escolheu assistir no horário de grade para ficar no debate que mobilizou as redes sociais.

Nicole Kidman e Reese Witherspoon em cena de 'Big little lies' (Foto: Reprodução)Nicole Kidman e Reese Witherspoon em cena de 'Big little lies' (Foto: Reprodução)

 

Dito isso, vamos em frente. Ainda na HBO, “Big little lies” atraiu as atenções. Com um elenco espetacular — é difícil destacar alguém —, o drama com Nicole Kidman, Laura Dern e Reese Witherspoon foi centrado em mulheres. A trama estava, portanto, em sintonia com muitas questões contemporâneas e, também por isso, arrebatou. Com toda a justiça do mundo, foi vencedora de várias categorias do Emmy. Para quem estava na plateia da premiação este ano (como eu), impressionou a frequência com que as figuras da equipe subiram ao palco para buscar estatuetas.

Susan Sarandon e Jessica Lange caracterizadas como Bette Davis e Joan Crawford na série 'Feud' (Foto: Reprodução)Susan Sarandon e Jessica Lange caracterizadas como Bette Davis e Joan Crawford na série 'Feud' (Foto: Reprodução)

 

E, falando em Emmy, “Feud”, outra minissérie marcante (assinada por Ryan Murphy, um dos gênios da “era de ouro” das séries), teve destino diferente naquela noite. Nem Susan Sarandon nem Jessica Lange foram contempladas. Pareceu um erro. A trama que reencenou a rivalidade histórica entre Bette Davis e Joan Crawford merecia mais da academia. “The handmaid’s tale” teve mais sorte. A série do Hulu estrelada por Elisabeth Moss conquistou críticas laudatórias. Ambientada numa distopia, apresenta muitas conexões com a situação política mundial dos dias de hoje. Quem perdeu pode aproveitar o fim de ano para correr atrás. Recomendo.

Elisabeth Moss em 'The handmaid’s tale' (Foto: Reprodução)Elisabeth Moss em 'The handmaid’s tale' (Foto: Reprodução)

 

Outra grande estreia, “This is us” teve a primeira temporada exibida aqui na Fox Life (está na Fox Premium). Suave, sem pretensões de reinventar a pólvora, esse enredo faz rir e chorar. Há, claro, alguns truques manjados, mas todos eles são perdoáveis. Porque, ao lado disso, seguimos uma narrativa que começa de forma muito original. A Netflix ofereceu a segunda temporada de “The crown” e o que tinha estreado bem ficou ainda melhor. Se Claire Foy levar muitos prêmios por sua interpretação da Rainha Elizabeth II não será surpresa. “Ozark”, um thriller, também fez sucesso e, já perto do fim do ano, a alemã “Dark” atraiu os fãs do scy-fi.

Lonnie Chavis, Milo Ventimiglia, Parker Bates, Mandy Moore e Mackenzie Hancsicsak em 'This is us' (Foto: Reprodução)Lonnie Chavis, Milo Ventimiglia, Parker Bates, Mandy Moore e Mackenzie Hancsicsak em 'This is us' (Foto: Reprodução)

 

Finalmente, algumas séries veteranas mantiveram sua importância, como “The americans” (na Fox). Outras, como “The walking dead” (também na Fox), tropeçaram e mostraram sinais de cansaço. Mesmo assim, ainda se falou dela. “Stranger things” e “House of cards” (Netflix) atraíram seus públicos e dariam muito mais assunto para esta coluna se o espaço fosse maior. Bom sinal, não?

 

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