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Audiências da televisão: mudam o comportamento e a aferição

Patrícia Kogut

David Schwimmer e John Travolta em cena de American Crime Story (Foto: Divulgação)David Schwimmer e John Travolta em cena de American Crime Story (Foto: Divulgação)

Muita gente gosta de assistir às novelas no horário determinado pela grade, os números comprovam isso. Parte desse público é motivado pelo debate paralelo nas redes sociais. Outra parcela, pelo hábito mesmo, uma tradição brasileira. Porém, novos comportamentos — se é que se pode chamar isso de “novidade” — se impõem cada vez mais. O sucesso do Globo Play é prova disso. Há quem vá direto para a internet no dia seguinte ou horas depois da exibição na TV. Nos EUA, essa prática já está generalizada. Tanto que a Nielsen, o Ibope de lá, mede os números de audiência tardia. E o mercado publicitário leva a soma em consideração.

Esta semana, a imprensa americana noticiou a curva de “American crime: The people v. O.J. Simpson” (aqui no ar no FX). É interessante. Num primeiro momento, o segundo episódio não liderava. Na noite em que a série foi ao ar na TV, “NCIS”; “Chicago Fire”; “NCIS: New Orleans”, “Chicago Med” e “The Flash” ficaram na sua frente. Porém, três dias mais tarde, contabilizado o DVR (os retardatários que gravam), o quadro era bem outro. “The People v. O.J. Simpson” tinha mais do que dobrado seus índices e pulado para a liderança. É o que a Nielsen chama de “live plus-3”. Não é pouco e merece uma reflexão.

Também vale a pena prestar atenção à declaração oficial da direção do FX depois que a audiência L+3 foi divulgada. “Isso ilustra a irrelevância dos índices de exibição na estreia. Eles são apenas um retrato incompleto das possibilidades de alcance da maioria das produções da teledramaturgia”, dizia o comunicado.

Não é uma perspectiva ruim, pelo contrário. É um cenário de esperança, um caminho que está pronto para ser explorado.

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