Cena de Arquivo X (Foto: Divulgação)“Arquivo X” reestreou esta semana fazendo lembrar um velho amigo com uma grande vontade de conversar represada. A trama não caducou e os atores envelheceram bem. Ainda há muito o que ser dito. Mas, talvez por isso, o primeiro episódio pareceu obra de um roteirista hiperativo, marcado pela recapitulação frenética e pela ânsia explicativa. A série saiu do ar em 2002. Agora, seu público não é apenas de saudosistas. Há toda uma geração que cresceu ouvindo falar das aventuras de Fox Mulder (David Duchovny) e Dana Scully (Gillian Anderson). De qualquer maneira, o segundo episódio corre mais suave e redondo e justificou essa minitemporada de seis programas.
Mulder e Scully, convocados por um misterioso personagem, acabam retomando suas investigações. Os alienígenas continuam entre nós. A dupla descobre que o governo os enganou, que os russos e os extraterrestres planejam dominar o mundo. Sem falar no controle de informação que assombra o cidadão comum e que será usado para o mal. Os vilões são muitos. O espectador é bombardeado com um vocabulário que inclui a tabela periódica inteira e muitos termos técnicos da moderna Física. Tudo isso com efeitos de computador mais caprichados e convincentes que no passado.
Quem era fã de “Arquivo X” vai se divertir de novo. Uma curiosidade chamará a atenção do seriemaníaco. É a presença no elenco de Annet Mahendru, como Sveta, russa que foi obrigada a gerar filhos de alienígenas. Ela teve uma participação importante em “The americans”, em que interpretou a agente dupla Nina Sergeevna. Com seu charmoso sotaque moscovita, a atriz, pelo visto, está sempre entre dois mundos. Aqui, de forma bem literal.
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