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As séries que fizeram muita gente grudar na televisão em 2015

Patrícia Kogut

Cena de The walking dead (Foto: Divulgação)Cena de The walking dead (Foto: Divulgação)

Quem tinha uma tendência ao binge watching, aquele hábito de assistir a séries sem parar, sentiu o agravamento dos sintomas. O ano foi pródigo em produções de qualidade. Tanto que, pela primeira vez, destacamos as melhores numa coluna especial de balanço de 2015. Amanhã tem mais.

Paolla Oliveira protagonizou uma cena de quase nudez que ecoou por meses, sem no entanto ofuscar o impressionante trabalho de Enrique Diaz e de um elenco todo muito bom. Foi em “Felizes para sempre?”, de Euclydes Marinho dirigida por Fernando Meirelles que abriu o ano prometendo. E houve mesmo grandes momentos entre as séries da TV aberta. “Pé na cova” foi a mais moderna delas, um drama com doses generosas de humor (ou vice-versa?). Miguel Falabella seguiu emocionando o público com Ruço e sua galeria de personagens excêntricos. Foi demais. “Tapas & beijos” se despediu sem jamais ter desviado para a decadência. Foi substituída por “Mister Brau”, com os ótimos Taís Araújo e Lázaro Ramos, mas cuja trama não empolgou.

Vinícius de Oliveira e Guilherme Dellorto em cena de 'Santo forte' (Foto: Reprodução)Vinícius de Oliveira e Guilherme Dellorto em cena de 'Santo forte' (Foto: Reprodução)

A TV paga produziu uma dramaturgia que deixou ótima impressão. Vimos programas ambiciosos — como “O Hipnotizador”, da HBO. Gravada aqui e no Uruguai e com elenco daqui e de lá, e a presença de Chico Diaz entre outros craques, a série ganhará uma segunda temporada. Com méritos. No GNT, Mônica Martelli cresceu com “Os homens são de Marte”. Sua personagem, Fernanda, amadureceu e a trama ganhou novos rumos. A dupla Fernanda Young e Alexandre Machado voltou a mostrar aquele delicioso humor azedinho em “Odeio segundas”, estrelada por Marisa Orth e com elenco bem escolhido e direção de Arthur Fontes. Ainda no GNT, “Romance policial — Espinosa” escapou da onipresença da comédia leve e enveredou pelo suspense com competência. O AXN teve a excelente “Santo forte”, série ambientada no Centro do Rio, com Laila Garín e Vinícius de Oliveira em grandes desempenhos. E o Space exibiu “Zé do Caixão”, homenageando José Mojica Marins, personagem importante do cinema brasileiro. Matheus Nachtergaele estrelou e foi o melhor Zé do Caixão que o público poderia desejar. Na Fox, o Porta do Fundos disse a que veio e apresentou sua divertida “O Grande Gonzalez”.

Cena do último episódio de Mad Men (Foto: Divulgação)Cena do último episódio de Mad Men (Foto: Divulgação)

Na TV americana, o ano foi mais que profícuo. Ao fazer seu balanço, o crítico do “The New York Times”, James Poniewozik, escreveu que 2015 pode não ter sido o melhor ano do mundo. Mas, certamente, foi o melhor da História em qualidade de produção. Muitas das séries a que ele se refere chegaram aqui e fizeram a alegria do público. Vimos a última temporada de “Mad men” — que deixou saudade — e a segunda de “Fargo” — uma das grandes produções de todos os tempos. Ambas já teriam valido o ano, mas teve muito mais. “The walking dead” chegou ao seu melhor momento, mais densa e movida pelas divagações filosóficas do que nunca; seu spin- off, “Fear the walking dead”, sofreu críticas, mas dos implicantes; “Rectify”, “Bloodline” e “Transparent”, além de mais uma temporada de “Downton Abbey” também iluminaram a tela. Que 2016 traga novas temporadas de todas elas.

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