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Por Marcel Merguizo — São Paulo


Marcus Vinícius D'Almeida pode ser definido de várias formas. Pelo ranking mundial de tiro com arco, no qual ele é o número 1, ou até pelo bigode, que ele ostenta nos últimos anos.

Mas para explicar o Marquinhos campeão do Finals da Copa do Mundo, no último domingo, no México, pode ser preciso voltar a 2014, quando o arqueiro hoje com 25 anos ganhou uma medalha de prata na competição. Ou ainda seja necessário entender a tatuagem de uma televisão antiga na perna.

Marcus D’Almeida fala sobre a conquista do título mais importante de sua carreira

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- É o maior título da minha carreira. Pela história de 2014, quando perdi por 1,4 centímetros. Ao ano passado, quando caí antes de disputar a medalha. Então, desta vez falei: esse ano tem que ser meu. Não é só pelo título, que é como ser campeão mundial. O Filipinho (Toledo) ganhou basicamente o mesmo título (no Finals do surfe), então estou feliz demais - afirma.

Marcel Merguizo repercute com Marcus D’Almeida adaptabilidade às adversidades climáticas

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- Quando jovem, com 16 anos, eu não conquistei essa medalha de ouro, foi prata, foi muito bom, mas eu lembro até hoje que falei: "Eu aprendi a chegar na final, um dia vou ganhar". E esse dia chegou. Lembro até hoje. E minha carreira foi muito sobre isso, muitas vezes eu cheguei perto, mas entendi que eu estava aprendendo o caminho. Sempre levei como aprendizado: estou aprendendo o caminho - completa.

Marcus D’Almeida contra sobre período de treinos fora do país

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É sobre essa trajetória pessoal e profissional que o brasileiro candidato a uma medalha olímpica inédita nos Jogos de Paris 2024 trata na entrevista que concedeu ao podcast Rumo ao Pódio, do ge, nesta semana. Do competidor que gosta de chuva, vento e outras adversidades ao atleta que precisava aquecer o quarto à lenha quando foi treinar na Coreia do Sul, Marcus D'Almeida revela curiosidades e histórias que o transformaram no melhor do mundo na atualidade.

Marcus D’Almeida explica os motivos de responder às entrevistas em português

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- Treinei poucas vezes à noite, com luz artificial. E essa foi uma curiosidades aqui no México: começou às 20h e estava 38ºC, no meio do deserto, muito calor. Eu gosto das adversidades, não corro delas, eu penso que é o que tem pra hoje, vambora. É um pouco do brasileiro, né? Não temos como... Tá calor, tá noite, tá frio. Tem que isso, pô. Já saí de casa, deixei minha família, fiz tudo o que tinha o que fazer - explica Marcus D'Almeida.

Campeão das Finais da Copa do Mundo de tiro com arco conta curiosidade sobre tatuagem

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Do título mais importante da carreira, passando pelos Jogos Pan-Americanos de Santiago, em outubro, até as Olimpíadas de Paris 2024, o arqueiro número 1 do mundo tem muita corda para fazer, muita flecha para acertar no 10 e muita entrevista em português para conceder. Contudo, ele também tem consciência que a trajetória até o centro do alvo principal passa pelo foco que ele tem agora.

Rumo ao Pódio faz projeções para Jogos Olímpicos de Paris com Marcus D’Almeida

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Rumo ao Pódio faz projeções para o Pan de Santiago com Marcus D’Almeida

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Marcus D'Almeida, do Brasil, é campeão das Finais da Copa do Mundo de tiro com arco, em Hermosillo, no México — Foto: Luis Gutiérrez/Norte/Photo/Getty Images

Marcus D'Almeida comemora título das Finais da Copa do mundo de tiro com arco de 2023, em Hermosillo, México — Foto: Luis Gutiérrez/Norte/Photo/Getty Images

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