"Eu realmente queria muito". Com essas palavras, Marcus D'Almeida expressou a felicidade pela conquista do Troféu Rei Pelé, no Prêmio Brasil Olímpico. Depois do evento realizado na sexta-feira (15), na Cidade das Artes, no Rio de Janeiro, o número 1 do mundo no tiro com arco recurvo conversou com o ge. E falou sobre como a vitória pessoal pode contribuir para o desenvolvimento do esporte em que brilha:
Marcus D'Almeida fala sobre popularização do tiro com arco e expectativas para Paris 2024
– O prêmio vai trazer muita visibilidade para o tiro com arco. O Brasil é o país do futebol, sim, mas também é o país de muitas outras modalidades. Pela primeira vez, uma pessoa do meu esporte ganha esse título, e isso é fruto de investimentos. Para o crescimento continuar, é preciso que se mantenham também esses investimentos.
Na premiação do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), Marcus levou a melhor em disputa com Hugo Calderano, do tênis de mesa, e Filipe Toledo, bicampeão mundial de surfe. Entre as mulheres, Rebeca Andrade ficou com o Troféu Rei Pelé. Enquanto a ginasta chegou à terceira vitória seguida, o arqueiro celebrou a conquista inédita.
– Nem sei descrever (como me sinto), porque o Brasil é gigantesco. Tem gente se doando o tempo inteiro pelo esporte, e eu sinto que esse prêmio não é só meu. É de todo mundo que treina debaixo desse sol quente do nosso país – afirmou.
Neste ano, além de liderar o ranking mundial, Marcus se sagrou campeão da etapa mexicana da Copa do Mundo de tiro com arco. O carioca de 25 anos ainda conquistou duas medalhas no Pan de Santiago: prata nas duplas mistas, ao lado de Ana Machado, e bronze com a equipe masculina, formada também por Matheus Ely e Matheus Gomes.
Agora, 2023 começa a ficar para trás, e as atenções se voltam às Olimpíadas de 2024. Como se não bastassem as conquistas em competições, Marcus ganhou mais um combustível na preparação para os Jogos.
– O Troféu Rei Pelé me motiva ainda mais. É um prêmio muito especial para mim. Eu realmente queria muito – disse.
Eleitos os melhores de 2023 no Prêmio Brasil Olímpico, Rebeca Andrade e Marcus D'Almeida participam do Ça Va Paris
Em entrevista ao sportv, o arqueiro projetou seu desempenho em Paris:
– O pensamento é fazer o meu melhor. E eu mostrei, em 2023, que o meu melhor é a possível medalha de ouro. Eu não estou focado no meu adversário, não estou olhando para quem está do lado. Quero mostrar o meu nível, o quanto eu treino aqui no Brasil. Não é nem em outro lugar, eu não estou inventando. Eu faço aqui, em Maricá (no estado do Rio de Janeiro), e quero mostrar para o mundo.
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