TIMES

Por João de Andrade Neto — Recife


França e Argentina decidem neste domingo, às 12h, qual será a próxima seleção tricampeã mundial. E a história da Copa do Mundo mostra que fazer o primeiro gol da final pode ser um passo importante rumo à Taça Fifa.

Das últimas 13 edições da Copa do Mundo, a partir de 1970, em dez oportunidades a seleção que abriu o placar ficou com o título. Sendo sete no tempo normal e três na prorrogação. Nesse recorte estão as duas conquistas da Argentina (1978 e 1986) e da França (1998 e 2018).

Taça Fifa — Foto: KIRILL KUDRYAVTSEV / AFP

Por outro lado, nos últimos 52 anos, apenas uma vez o time que saiu atrás do marcador conseguiu a virada e se tornou campeão. Feito que coube à Alemanha, na Copa que sediou em 1974, sobre a famosa Laranja Mecânica da Holanda, na vitória por 2 a 1.

Nesse período apenas duas decisões acabaram empatadas e foram decididas nos pênaltis. Curiosamente, disputas que acabaram em dois tetracampeonatos. Do Brasil, em 1994, e da Itália, em 2006.

Quando se analisa desde a primeira edição da Copa, em 1930, o peso entre abrir ou não o placar em uma final diminui. Mesmo assim, ter a vantagem inicial ainda se mostra mais eficiente com 12 conquistas, contra sete de seleções que conseguiram a virada no placar.

Quem é melhor? Argentina ou França?

Quem é melhor? Argentina ou França?

Muito por conta do que aconteceu até 1966, com Itália (1938), Uruguai (1950), Alemanha (1954), Brasil (1958 e 1962) tendo que reverter a desvantagem na abertura do placar para ficarem com o título.

Não por acaso, nesse recorte estão partidas épicas como o Milagre de Berna da Alemanha, sobre a poderosa Hungria, em 1954, e o Maracanazo, com o Uruguai batendo o Brasil, que jogava pelo empate, por 2 a 1, em 1950.

Título do Uruguai sobre o Brasil em 1950 é um dos exemplos de virada na partida decisiva — Foto: Agência AP

Já em 1966 aconteceu a única virada ocorrida na prorrogação, uma vez que foi a Alemanha que saiu na frente na decisão no tempo normal, contra a Inglaterra em Wembley. Depois de um empate por 2 a 2, os ingleses faturaram em casa seu único título, com dois gols no tempo extra.

Saiu na frente e confirmou o título

  • 1930 - Uruguai sobre a Argentina (4 a 2)
  • 1938 - Itália sobre a Hungria(4 a 2)
  • 1970 - Brasil sobre a Itália (4 a 1)
  • 1978 - Argentina sobre a Holanda, na prorrogação (3 a 1)
  • 1982 - Itália sobre a Alemanha (3 a 1)
  • 1986 - Argentina sobre a Alemanha (3 a 2)
  • 1990 - Alemanha sobre a Argentina (1 a 0)
  • 1998 - França sobre o Brasil (3 a 0)
  • 2002 - Brasil sobre a Alemanha (2 a 0)
  • 2010 - Espanha sobre a Holanda, na prorrogação (1 a 0)
  • 2014 - Alemanha sobre a Argentina, na prorrogação (1 a 0)
  • 2018 - França sobre a Croácia (4 a 2)

Saiu atrás, conseguiu a virada, e ficou com o título

  • 1934 - Itália sobre a Tchecoslováquia (2 a 1)
  • 1950 - Uruguai sobre o Brasil (2 a 1)
  • 1954 - Alemanha sobre a Hungria (3 a 2)
  • 1958 - Brasil sobre a Suécia (5 a 2)
  • 1962 - Brasil sobre a Tchecoslováquia (3 a 1)
  • 1966 - Inglaterra sobre a Alemanha, na prorrogação (4 a 2)
  • 1974 - Alemanha sobre a Holanda (2 a 1)

Finais decidida nos pênaltis

  • 1994 - Brasil sobre a Itália (3 a 2, após 0 a 0 no tempo normal e prorrogação)
  • 2006 - Itália sobre a França (5 a 3, após 1 a 1 no tempo normal e prorrogação)

Veja também

Mais do ge