O fogo esportivo vai além da chama olímpica que acaba de chegar à França. No esporte, como na vida, as relações pessoais também esquentam, aquecem, ardem e, por que não, queimam desempenhos dentro das quadras, campos, pistas e piscinas.
O filme "Challengers" ("Rivais", leia mais aqui), que está nos cinemas, mostra como o quentíssimo relacionamento amoroso entre atletas --e técnica, no caso-- pode influenciar diretamente nos resultados. Com Zendaya brilhando no melhor nível Serena Williams em Grand Slams, a obra já estreia no ranking mundial como um dos melhores filmes de tênis que já passaram pelas telonas.
Roteiro tão bom e surpreendente quanto um Guga Kuerten em Roland Garros, edição de tirar o fôlego tal qual um jogo decisivo de Copa Davis ou Billie Jean King Cup além de atuações de Mike Faist e Josh O'Connor que fazem das poltronas do cinema uma arquibancada de indecisos como se fosse a torcida dividida entre Federer ou Nadal.
Mas, tal qual um rapaz latino-americano jogando em Wimbledon, a especialidade deste tenista amador metido a jornalista não é a crítica cinematográfica. Logo, depois de assistir ao drama com belos toques de comédia, impossível não pensar em como as paixões afetam, positiva ou negativamente, os atletas. Imagine perto de grandes competições, como os Jogos Olímpicos, quando os batimentos cardíacos já estão acelerados à espera da realização de um sonho.
Assista ao trailer de 'Rivais'
Ficção? Realidade. Não é segredo que atletas namoram atletas. Que técnicos, preparadores físicos, auxiliares, nutricionistas namoram jogadores e jogadoras. E que esses relacionamentos começam ou terminam a qualquer momento. Amor é fogo! E arde. Às vezes sem doer. Outras, não.
Há caso recente no esporte olímpico brasileiro em que o desempenho de atleta melhorou depois de um namoro de anos ter acabado. Em outro, o término influenciou atleta a mudar completamente de vida. Há relações que abalam seleções. E outras que unem ainda mais o time.
Em Paris, a cidade do amor, atletas já planejam pedidos de noivado ou de casamento. Se não pode mais colocar cadeados na Ponte das Artes, que novos enlaces sejam feitos com as fitas das medalhas. Sorte no jogo e no amor, é o que os atletas esperam sempre. Em ano olímpico, se tiverem que optar por um dos dois, quer apostar qual eles escolhem?
Enquanto a chama olímpica passa de tocha em tocha até acender a pira na cerimônia de abertura dia 26 de julho, na romântica em Paris, aos pés da Torre Eiffel, para esfriar a cabeça a inspiração pode vir das belas atuações do filme produzido e estrelado pela Zendaya. Quem sabe no futuro a atriz californiana não seja uma das condutoras do fogo olímpico, em casa, rumo aos Jogos de Los Angeles 2028. Até lá, atletas: coração quente e...
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