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Por Gabriel Oliveira — São Paulo


Apontada como ponte entre a KaBuM e o suporte Denilson "Ceos" no suposto aliciamento denunciado pela LOUD à Riot Games, a arquiteta Tata Wu se pronunciou pela primeira vez. Em nota enviada com exclusividade ao ge, a profissional negou que tenha sido requisitada pela KaBuM para intermediar ou abordar o jogador de League of Legends.

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O ge revelou que a LOUD fez denúncia à Riot alegando que Tata apresentou a Ceos o interesse da KaBuM nele, o que contraria a política antialiciamento do cenário competitivo de LoL. Negociações devem ser tratadas inicialmente entre as diretorias dos clubes envolvidos.

— Em momento algum a KaBuM me pediu para que intermediasse ou abordasse o jogador, mesmo porque o mesmo não aceitaria falar com quaisquer organizações sem a liberação da atual — escreveu Tata em um trecho da nota.

— Tenho um escritório de arquitetura há 20 anos. Meu sustento e ganhos vêm disso. Não faço parte de nenhuma organização, não tenho agência e deixo claro que nunca recebi sequer um real por qualquer tipo de ajuda a um player. Nenhum player "me dá" dinheiro.

Tata ainda rebateu outras insinuações que, apesar de não constarem na matéria publicada no ge, circularam nas redes sociais desde que o cofundador da LOUD Jean Ortega deu uma entrevista por escrito ao programa "Ilha das Lendas", do streamer Gustavo "Baiano", na qual insinuou a participação da arquiteta na janela de transferências, o que fez a comunidade ligar os pontos para acusá-la de intermediar o suposto aliciamento de Ceos. A nota completa de Tata pode ser lida no fim deste texto.

— Fico muito triste em estar vivendo toda essa situação neste momento, principalmente da maldade que ela carrega. Sempre acompanhei o time e atravessei o oceano com meu dinheiro para torcer e desejar tudo de melhor a eles. Essa chuva de hate e maldade não condizem com a realidade, e não sei de fato qual é a real intenção por trás disso tudo.

Tata segurando o troféu do 2º Split do CBLOL 2023 ao lado de Tinowns, Ceos e Robo (da esq. para dir.), jogadores do time de LoL da LOUD, após vitória na final no Ginásio Geraldão, em Recife — Foto: Reprodução/X

Tata fez o projeto de dezenas de centros de treinamento e gaming houses de clubes brasileiros de esports e é amiga de muitos jogadores profissionais.

— Assim como amiga, posso e sempre me deram liberdade de poder expor minha opinião e assim sempre o fiz.

Ela acompanhou a LOUD na Coreia do Sul durante o Worlds 2023, o Campeonato Mundial de LoL, e ainda seguiu com jogadores que, depois da eliminação do time brasileiro, fizeram uma viagem de turismo ao Japão. Ceos estava junto.

Mais antigo integrante do atual elenco da LOUD, que chegou ao tricampeonato do Campeonato Brasileiro (CBLOL) no 2º Split de 2023, Ceos se destacou pelas ótimas performances, passou a ser chamado de ídolo e virou alvo da KaBuM, pela qual jogou em três edições do CBLOL, em 2019 e 2020, tendo vencido uma delas.

A LOUD quer manter Ceos para a temporada 2024 do CBLOL e negocia a renovação de contrato com o jogador. O atual vínculo dele, assim como o dos demais atletas, termina em 20 de novembro deste ano. A comissão técnica está passando por mudanças, com a saída do treinador-chefe Lucas "BeellzY".

Em nota enviada ao ge para a primeira matéria, a KaBuM disse desconhecer o que chamou de suposta denúncia. A LOUD respondeu que não tinha nada a declarar sobre o assunto. Já a Riot não retornou aos contatos da reportagem.

Confira a nota de Tata Wu sobre o caso Ceos:

Em momento algum a KaBuM me pediu para que intermediasse ou abordasse o jogador, mesmo porque o mesmo não aceitaria falar com quaisquer organizações sem a liberação da atual

Então, vamos por partes, tenho um escritório de arquitetura há 20 anos. Meu sustento e ganhos vêm disso. Não faço parte de nenhuma organização, não tenho agência e deixo claro que nunca recebi sequer um real por qualquer tipo de ajuda a um player. Nenhum player "me dá" dinheiro.

Todas as viagens que fiz para assistir aos jogos foram pagas por mim, não preciso que ninguém pague minhas viagens.

O meu envolvimento no mundo gamer foi algo que era muito fora do meu mundo profissional, outros projetos, outras visões, o qual me encantou. Ao mesmo tempo, me deixou preocupada ver tantos meninos(as) sentindo falta de casa e familiares e vê-los comendo "besteiras" sempre. A falta de familiares me fez com que me aproximasse mais de cada um deles, afinal, tenho idade para ser mãe de uma boa parte deles. Só para deixar registrado, conheço praticamente quase todos os pais dos jogadores e sempre tive um ótimo relacionamento.

O cuidado que eu sempre tive era desde saber se alimentou direito até acompanhar em hospitais. Os "almoços" e "jantares" usados de forma maldosa nos contextos citados eram uma forma de cuidar dessa parte.

Muitos se tornaram amigos, alguns tenho um contato maior outros menos, porém, sempre respeitoso e sempre desejando o melhor para cada individualmente.

Assim como amiga, posso e sempre me deram liberdade de poder expor minha opinião e assim sempre o fiz.

Fico muito triste em estar vivendo toda essa situação neste momento, principalmente da maldade que ela carrega. Sempre acompanhei o time e atravessei o oceano com meu dinheiro para torcer e desejar tudo de melhor a eles. Essa chuva de hate e maldade não condizem com a realidade, e não sei de fato qual é a real intenção por trás disso tudo Eu ia me abster de todo esse ódio gratuito, mas não poderia deixar de vir e dar uma satisfação para as pessoas que não me conhecem e ser julgada por uma versão distorcida dos fatos.

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