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Por Bruno Imaizumi e Valmir Storti — Rio de Janeiro


A análise das características das finalizações feitas e sofridas pelos times da Série A indica que os mandantes são favoritos em nove dos dez jogos da rodada, um indicador de que o Botafogo tem chances reais de terminar mais uma rodada na liderança. Terá de confirmar em campo, já que vai receber o quarto colocado Athletico-PR, que tem apenas dois pontos a menos e, se surpreender, termina a quarta-feira na ponta da classificação.

Botafogo x Athletico: setoristas detalham como chegam os times

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Se o Botafogo não vencer, Flamengo e Bahia decidem no Maracarã se algum dos dois assumirá a liderança, pois começam a rodada com apenas um ponto a menos que o Botafogo e um a mais que o Athletico-PR. Nesse caso, o vencedor acabaria a rodada na frente.

Palmeiras x Bragantino será o último jogo da quinta-feira, e a torcida palmeirense torce para que os confrontos dos líderes acabem empatados. Nesse caso, o Palmeiras assumiria a liderança se conseguisse vencer em casa por dois gols de diferença. Iria a 20 pontos com saldo de nove gols. Mas se o Botafogo vencer, os demais só poderão continuar sonhando.

— Foto: Info esporte

Analisamos 105.206 finalizações cadastradas pela equipe do Espião Estatístico em 4.264 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013 que servem de parâmetro para medir a produtividade atual das equipes a partir da expectativa de gol (xG), métrica consolidada internacionalmente (veja a metodologia no final do texto).

* Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Botafogo

  • Em jogo, a liderança do Brasileirão. O Athletico-PR é um adversário inconveniente nesse confronto. O Botafogo venceu sete e perdeu cinco em 15 partidas como mandante pela Série A de 2006 para cá. Desta vez, o momento é muito positivo para o líder Botafogo, que está invicto há oito jogos e perdeu apenas uma das últimas 14 partidas (11 V, 2 E, 1 D, 83%). Quarto colocado com dois pontos a menos, Athletico-PR tem 57% de aproveitamento nos últimos 14 jogos (7 V, 3 E, 4 D).
  • Neste Brasileirão, o Athletico-PR é melhor mandante que o Botafogo (87% contra 75%), e o Botafogo é melhor visitante (67% x 33%). Nesta rodada, o mando é oposto, do Botafogo. O Athletico-PR é o segundo time menos punido com cartões amarelos (22), e o Botafogo, o terceiro mais punido (31), consideradas as médias.
  • O ponto forte do Botafogo é a eficiência ofensiva, a maior no agregado dos mandos, com um gol a cada 6,6 finalizações, apesar de ser o sexto time que menos conclui (11,8). O Athletico-PR é terceiro que mais finaliza (14,1), mas tem apenas a décima eficiência, um gol a cada 10,6 tentativas. A resistência defensiva tem sido o ponto forte do Athletico-PR, com um gol sofrido a cada 15,0 conclusões contrárias, a segunda maior da competição, com 11,7 finalizações sofridas por jogo. O Botafogo tem a sexta maior resistência defensiva, um gol sofrido a cada 13,1 conclusões contrárias, também com média de 11,7 finalizações sofridas por jogo. Um jogaço!
  • No Botafogo, são as jogadas rasteiras que têm dado mais emoção aos jogos, com seis dos últimos dez gols marcados e sofridos nascendo em trocas de passes. No Athletico-PR, é o jogo aéreo: sete dos últimos dez gols marcados e nada menos que nove dos últimos dez gols sofridos tiveram origem em bolas que viajaram pelo alto.

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Atlético-GO

  • O Criciúma disputou dois jogos a menos que os demais e, assim, seus 12 gols marcados o colocam como o terceiro melhor ataque em média de gols na competição (1,71) e o visitante mais goleador, com seis gols (média 2,0). Está com a segunda melhor eficiência ofensiva do campeonato, um gol a cada 7,6 tentativas e média de 13 arremates por partida. A defesa padece: a 11ª quando visitante (1,33) e a segunda pior no geral (2,0).
  • O Atlético-GO, ainda que venha empolgado pela vitória no Maracanã sobre o Fluminense, está com o segundo pior ataque caseiro (0,75) e a terceira pior defesa mandante (2,0). No agregado dos mandos, o Atlético-GO tem a segunda pior eficiência ofensiva, um gol a cada 17,3 tentativas, e média de 13,4 finalizações por jogo.
  • O jogo tem potencial para gol a partir de jogada aérea: os dois times marcaram, e o Atlético-GO sofreu seis dos últimos dez gols com a bola viajando pelo alto. O Criciúma sofreu metade dos últimos dez gols pelo alto e metade por baixo.

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> São Paulo

  • A ineficiência defensiva impede o São Paulo de disputar a liderança do Brasileirão. É o time que sofreu o menor nível de ameaça defensiva de toda a competição e, estatisticamente, se esperava que tivesse levado entre cinco e seis gols, mas sofreu oito, ineficiente em 2,8 xG, próximo de Fluminense, Criciúma e Vasco, com a diferença que estes sofreram 16, 14 e 19 gols, respectivamente. Contra o São Paulo é muito difícil finalizar com qualidade, mas a bola tem entrado em seu gol. Seu ataque é o segundo mais ameaçador e ainda é mais eficiente do que o esperado.
  • Depois de seis jogos sem marcar no Brasileirão, o Cuiabá fez 11 gols nos últimos três jogos, o que abre muita expectativa para o jogo no Morumbi. Defensivamente, é o pior visitante da competição, com nove gols sofridos quatro jogos (2,25). O São Paulo fez cinco gols em quatro jogos em casa (1,25).
  • Os dois times marcaram seis dos últimos dez gol trocando passes rasteiros. O Cuiabá sofreu oito dos últimos dez a partir de jogadas aéreas. O São Paulo levou metade dos últimos dez gols em jogadas rasteiras e metade em bolas aéreas.

* Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Fortaleza

  • Certamente, o Grêmio vai precisar de muitos cuidados defensivos porque já sofreu dois gols fora de casa em contra-ataques (pior marca) em três jogos (três derrotas), e esse é um ponto forte do Fortaleza, que já fez dois gols assim quando mandante em quatro jogos. No entanto, o Fortaleza é o time de pior média de finalizações certas na competição (3,4 por jogo), e o Grêmio, o quarto pior (3,7), apesar de estarem entre os times que, proporcionalmente, mais concluem de dentro da área.
  • Além da má pontaria, os dois times têm outro problema em comum: são pouco combativos. O Fortaleza tem a menor posse de bola (42,9%), é o quinto que menos desarma (13,0) e o sétimo que menos comete faltas (11,6). Na soma, é o sexto com menos ações de combate (24,6 por jogo) mesmo sendo o que menos fica com a bola. O Grêmio é o quarto que menos desarma (11,6) e o quarto que menos faz faltas (11,4), o quarto com menos ações de combate (11,4), apesar de ser o 11º em posse de bola (49,7%).
  • As equipes passam por dificuldades diferentes, o Grêmio vindo de quatro derrotas seguidas na competição, e o Fortaleza, de duas. O Fortaleza fez oito, e o Grêmio, sete dos últimos dez gols trocando passes rasteiros. O Fortaleza levou seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, e o Grêmio sofreu metade em jogadas rasteiras e metade após bolas altas.

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Juventude

  • O Juventude é o segundo time que mais finalizou em contra-ataques (18) e já fez dois gols assim, maior média em oito jogos. O Vasco já sofreu gol assim quando visitante.
  • O Vasco é o time com maior proporção de finalizações feitas de dentro da área (66%), mas ainda assim está com a terceira pior eficiência ofensiva no agregado dos mandos, um gol a cada 16 tentativas. Os dois times têm média de 12,4 finalizações por partida. O Juventude tem um gol a cada 11,0 (11ª marca).
  • Potencial para gol do Juventude em troca de passes rasteiros porque fez assim sete dos últimos dez gols, e o Vasco tem essa mesma influência rasteira nos gols sofridos. O potencial do Vasco tem sido maior no jogo aéreo porque marcou oito dos últimos dez gols assim. O Juventude sofreu metade dos últimos dez gols em jogadas aéreas e metade em lances rasteiros.

* Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Internacional

  • São dois dos cinco ataques menos eficientes do campeonato, o Corinthians o segundo mais ineficiente, com um gol a cada 17,3 finalizações, e o Internacional, o quinto, com um gol a cada 14,8 tentativas. A situação só não é ainda pior graças à produtividade ofensiva: o Corinthians tem a quarta maior média de finalizações (13,4), e o Inter, a nona (12,7) no agregado dos mandos.
  • As equipes se enfrentam no Orlado Scarpelli, estádio do Figueirense, em Florianópolis, devido às trágicas enchentes no Rio Grande do Sul. Quando mandante, o Internacional tem sérios problemas ao receber o Corinthians. Pela Série A, os últimos cinco confrontos com este mando acabaram em empate. Nos seis confrontos antes disso, os times alternaram vitórias.
  • O Internacional fez seis dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas, e o Corinthians sofreu sete dos últimos dez gols em jogadas rasteiras. No ataque, o Corinthians fez seis dos últimos dez gols trocando passes rasteiros, e o Internacional sofreu metade dos últimos dez gols em lances rasteiros e metade após bolas aéreas.

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Cruzeiro

  • O Fluminense venceu no ano passado com mando do Cruzeiro, encerrando um jejum de oito jogos sem vitória pela Série A com este mando, com seis vitórias cruzeirenses e dois empates. Desta vez, o Cruzeiro tem o melhor aproveitamento mandante do Brasileirão, com três vitórias em três jogos, e o melhor ataque caseiro (2,67 gols por partida). O Fluminense é o pior visitante, com quatro derrotas em quatro jogos, com o segundo pior ataque forasteiro (0,50) e a terceira pior defesa (2,00).
  • O Cruzeiro está com a maior eficiência ofensiva mandante, um gol a cada 6,0 finalizações, e o Fluminense, com a terceira menor resistência defensiva forasteira, um gol sofrido a cada 7,9 conclusões contrárias. Mas a maior dificuldade do Fluminense está no ataque, com um gol em 34,0 tentativas, o pior desempenho ofensivo entre os visitantes, com agravante de ser o segundo ataque forasteiro menos produtivo, com 8,5 finalizações por partida fora de casa. O Fluminense tem dois gols como visitante, mas um foi contra, ganhou de presente.
  • Os dois times estão fazendo mais gols em jogadas rasteiras, o Cruzeiro com sete, e o Fluminense com seis dos últimos dez gols em trocas de passes. E estão sofrendo mais gols a partir de jogadas aéreas: o Cruzeiro levou oito, e o Fluminense, sete dos últimos dez gols.

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Atlético-MG

  • O Vitória encerrou na rodada passada, contra o Internacional (2 a 1 em casa) um jejum de 11 jogos sem vencer. O resultado dá um respiro para a equipe, que vai receber um visitante inconveniente: o Atlético-MG é o segundo melhor visitante do Brasileirão (2 V, 2 E, 0 D, 67%), com a segunda melhor defesa (0,75). Fora de casa, o Atlético-MG tem feito em média um gol a cada 6,4 finalizações, quarta melhor eficiência forasteira, com média de 11,3 chances por jogo (12ª). O Vitória está com a quarta pior média de finalizações sofridas por jogo (15,0) e a sexta menor resistência defensiva, um gol sofrido a cada 8,3 conclusões contrárias.
  • O Atlético-MG tem uma característica muito peculiar, é o time que proporcionalmente (57,3%) mais finaliza de fora da área, de onde é mais difícil fazer gol. Fez três gols em 59 tentativas, um gol a cada 19,7 tentativas. Uma opção difícil de ser compreendida já que de dentro da área a equipe mineira tem um gol a cada 4,9 chances. O Vitória fez 48 finalizações de fora da área e não fez gol. De dentro da área tem um gol a cada 7,6 tentativas.
  • O jogo tem maior potencial para gol do Atlético-MG a partir de jogada aérea por marcou assim oito dos últimos dez gols, e o Vitória sofreu dessa forma seis dos últimos dez gols. No ataque, o Vitória usou bolas altas para marcar seis dos últimos dez gols, e o Atlético-MG sofreu dois dos últimos dez gols com bolas altas.

* Devido aos arredondamentos, a soma das probabilidades é diferente de 100% — Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Flamengo

  • Outro confronto direto que pode determinar um novo líder da classificação do Brasileirão caso o Botafogo não derrote o Athletico-PR e Flamengo ou Bahia vença no Maracanã. O Bahia quando visitante não vence o Flamengo pela Série A desde 2011. De lá para cá, o Flamengo foi muito dominante quando mandante: sete vitórias e dois empates. O Flamengo venceu os últimos seis. O Bahia é o melhor mandante do Brasileirão, mas apenas o décimo visitante (1 V, 3 E, 1 D, 40%). O Flamengo é o quarto melhor mandante do campeonato (3 V, 0 E, 1 D, 75%).
  • São duas equipes em momentos muito positivos: o Flamengo não perde há sete jogos (6 V, 1 E, 90% de aproveitamento), apesar dos desfalques de convocados para a Copa América; o Bahia não perde há 11 jogos (7 V, 4 E, 76%). Jo-ga-ço!
  • Os dois times trocaram passes rasteiros para marcar seis dos últimos dez gols, e ambos sofreram oito dos últimos dez gols a partir de jogadas aéreas.

— Foto: Espião Estatístico

Favorito >> Palmeiras

  • É curioso o desempenho do Bragantino neste Brasileirão: pelos critérios de nível de ameaça, tem a maior eficiência ofensiva da competição, estatisticamente marcando 5,67 gols além do que se esperava (xG), consideradas as características de suas finalizações, e a terceira maior eficiência defensiva, tendo sofrido 3,21 gols menos do que o esperado. Entre os times com nove jogos, é o ataque que menos ameaça os adversários, mas sua eficiência ofensiva o ajudou a ganhar 6,67 pontos a mais do que estatisticamente esperado. Ainda assim, não disputa a liderança porque sua defesa está tão exposta quanto as de Vitória, Fluminense, Cuiabá e Vasco, que ou estão no Z4 ou perto. O Bragantino é o sétimo colocado e não tem como chegar à liderança nesta rodada. Precisa melhorar a defesa.
  • O Palmeiras é o oposto, a equipe que ofensivamente mais ameaça os adversários, o maior xG da competição. Era de se esperar que (estatisticamente) o clube tivesse marcado 13 ou 14 gols, mas fez 11 gols, ineficiente em 2,52 xG. Porém a defesa é a segunda mais eficiente (quase empatada com o Athletico-PR, por um centésimo): adversários criaram chances que costumam virar entre sete e oito gols, mas só marcaram quatro, eficiência defensiva de 3,35 xG.
  • Os dois times marcaram e sofreram seis dos últimos dez gols em trocas de passes rasteiros.

Metodologia

Favoritismos apresenta o potencial que cada time carrega no Brasileirão 2024 comparando o desempenho nos últimos 60 dias como mandante ou visitante em todas as competições e nos últimos seis jogos, independentemente do mando. Também são consideradas as performances defensiva e ofensiva das equipes no jogo aéreo e no rasteiro. Os cálculos referentes à influência de bolas altas e de troca de passes rasteiros entre gols marcados e sofridos só consideram as características dos gols marcados em jogadas. Gols olímpicos, cobranças de pênaltis e de faltas diretas não contam para determinar a influência aérea ou rasteira por serem cobranças feitas diretamente para o gol.

Apresentamos as probabilidades estatísticas baseadas nos parâmetros do modelo de "Gols Esperados" ou "Expectativa de Gols" (xG), uma métrica consolidada na análise de dados que tem como referência 105.206 finalizações cadastradas pelo Espião Estatístico em 4.254 jogos de Brasileirões desde a edição de 2013. Consideramos a distância e o ângulo da finalização, além de características relacionadas à origem da jogada (por exemplo, se veio de um cruzamento, falta direta ou de uma roubada de bola), a parte do corpo utilizada, se a finalização foi feita de primeira, a diferença de valor mercado das equipes em cada temporada, o tempo de jogo e a diferença no placar no momento de cada finalização.

O desempenho de um jogador é comparado com a média para a posição dele, seja atacante, meia, volante, lateral ou zagueiro, e consideramos o que se esperava da finalização se feita com o "pé bom" (o direito para os destros, o esquerdo para os canhotos) e para o "pé ruim" (o oposto). Foram identificados os ambidestros, que chutam aproximadamente o mesmo número de vezes com cada pé.

De cada cem finalizações da meia-lua, por exemplo, apenas sete viram gol. Então, uma finalização da meia-lua tem expectativa de gol (xG) de cerca de 0,07. Cada posição do campo tem uma expectativa diferente de uma finalização virar gol, que cresce se for um contra-ataque por haver menos adversários para evitar a conclusão da jogada. Cada pontuação é somada ao longo da partida para se chegar ao xG total de uma equipe em cada jogo.

O modelo empregado nas análises segue uma distribuição estatística chamada Poisson Bivariada, que calcula as probabilidades de eventos (no caso, os gols de cada equipe) acontecerem dentro de um certo intervalo de tempo (o jogo). Para chegar às previsões sobre as chances de cada time terminar o campeonato em cada posição foi empregado o método de Monte Carlo, que basicamente se baseia em simulações para gerar resultados. Para cada jogo ainda não disputado, realizamos dez mil simulações.

Favoritismos apresenta também gráficos com a evolução da média móvel em cinco jogos da expectativa de gol (xG) de cada equipe no ataque e o acumulado do que fizeram seus adversários nessas partidas. Para os gráficos, a cada cinco jogos é feita uma média móvel, representada pelas linhas de ataque (preta) e defesa (vermelha, que na verdade é quanto o adversário somou em xG em cada jogo). É uma forma precisa de medir o potencial de cada equipe. A linha amarela mostra a diferença entre as produções dos ataques do time analisado e de seus adversários.

*A equipe do Espião Estatístico é formada por: Davi Barros, Guilherme Maniaudet, Guilherme Marçal, João Guerra, Leandro Silva, Roberto Maleson, Roberto Teixeira, Valmir Storti e Zé Victor Meirinho.

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