Inteligência Artificial


IA — Foto: Pixabay
IA — Foto: Pixabay

Seja na literatura ou no cinema, diversas obras se debruçaram sobre a possibilidade de que, no futuro, a tecnologia faria todo o trabalho policial e colocaria a humanidade sob uma realidade de hipervigilância.

O lado distópico dessas histórias está longe do presente, mas ferramentas de inteligência artificial já são utilizadas por diversas forças policiais ao redor do globo --- incluindo a britânica.

De acordo com informações do jornal Daily Mail, já estão em funcionamento diversas ações que contam com o uso de IA: reconhecimento facial ao vivo para detecção de criminosos fugitivos ou em lista de observação, câmeras nas estradas para detecção de infrações em tempo real, ferramentas de IA que predizem os riscos de algum indivíduo ou pessoas de uma certa área de cometerem crimes. Além disso, lojas compartilham suas imagens de circuito interno para análise policial, e estádios de futebol são monitorados com o uso de IA.

Monitoramento facial

Com o monitoramento facial, a polícia reconhece pessoas em tempo real mesmo em meio a grandes multidões.

O material das câmeras é cruzado com um algoritmo que compara o rosto das pessoas que passaram em determinada área com nomes de criminosos. Caso exista alguma compatibilidade identificada pela IA, um alerta é gerado.

No Reino Unido, essa tecnologia é utilizada desde 2015, seja em lugares públicos estratégicos ou em grandes eventos. Um carro equipado com câmeras especiais trafega por locais públicos.

Neste ano, a tecnologia foi utilizada em oito zonas de detecção pela polícia galesa --- incluindo em um show do cantor Bruce Springsteen e em um campeonato mundial de Rugby.

Na Inglaterra, foram feitos 73 usos da ferramenta. No total, 146 mil rostos foram processados, resultando em 209 presos. Um predador sexual, por exemplo, foi preso após comparecer à cerimônia de coroação do Rei Charles, em 2023.

Segundo um porta-voz da Polícia Nacional ouvido pelo Daily Mail, "a IA representa uma oportunidade de testar novas ideias, ser criativo e produzir soluções inovadoras para ajudar a aumentar a produtividade e ser mais efetivo na prevenção de crimes".

Grupos de direitos civis, no entanto, apontam que a tecnologia é invasiva e incompatível com uma sociedade democrática.

Apesar da Metropolitan Police afirmar que possui um índice de acerto de 90%, o Laboratório Nacional de Física (NPL) do Reino Unido afirma que a tecnologia apresenta um resultado enviesado, com negros sendo vítimas de um percentual maior de "falsos positivos" do que asiáticos ou brancos.

Câmeras "Eye on the Sky"

As câmeras especiais podem detectar quando crimes estão ocorrendo ou se há infrações de trânsito nas estradas. A operação é feita por um modelo de IA responsável pela detecção das transgressões.

Atualmente, há um teste para a detecção de motoristas falando ao telefone ou sem cinto de segurança. A palavra final, no entanto, é de um agente policial que avalia as imagens. Em apenas três dias, a ferramenta foi capaz de identificar 300 motoristas infratores.

Projeto Pegasus

A polícia inglesa investiu 600 mil libras no projeto Pegasus, em que grandes redes varejistas compartilham as suas imagens de vigilância interna para análise posterior. O material é utilizado para alimentar o banco de dados policial e reduzir o tempo de detecção de um suspeito.

Policiamento previsível

A força policial britânica utiliza uma ferramenta de inteligência artificial chamada "policiamento previsível".

O modelo de IA utiliza o banco de dados policial e algoritmos para tentar prever onde, quando e quem pode cometer algum crime. A IA gera uma pontuação para cada indivíduo e uma análise mais ampla é feita por um ser humano.

A prática é condenada por instituições da sociedade civil por utilizar dados do passado para categorizar indivíduos.

Os desenvolvedores, no entanto, defendem que a ferramenta ajuda na detecção de possibilidade de novos roubos, violência doméstica e outros crimes.

Desde 2018, a Polícia de Hertfordshire utiliza uma ferramenta semelhante, mas para análise de localidades inteiras, que coloca sob vigilância uma população de cerca de 3 mil pessoas e tenta fazer previsões baseadas em empregabilidade, condição social, comportamento anti-social e passagens anteriores pela polícia.

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