Influenciadores gerados por inteligência artificial ganham milhares de dólares por mês para seus criadores secretos

"Nunca antes havia trabalhado profissionalmente com IA ou criação de conteúdo”, disse a pessoa, anonimamente. "Desde o início, foi apenas a minha curiosidade que se transformou num hobby e, eventualmente, em algo muito maior".

Hailey Lopez se tornou inclusive embaixadora da plataforma Fanvue, empresa que pretende ser rival do OnlyFans, só que oferecendo conteúdo adulto gerado por IA. Há cerca de um ano e meio, Will Monange, chefe do Fanvue, começou a perceber um grande salto nas capacidades de geração de imagens da IA. Isso o levou a entrar em contato com as pessoas por trás dessas criações para atraí-las para a plataforma.

"Se alguém consegue ter uma persona que possa aproveitar para se envolver na economia de criadores de conteúdo sem ter que ser a pessoa na frente das câmeras, apostamos no fato de que isso provavelmente se abriria para muitas pessoas", disse Monange à Fortune.

Em novembro passado, a quantidade de dinheiro gerada no Fanvue a partir de modelos de IA dobrou em relação ao mês anterior. Os criadores de IA representaram 15% da receita total da Fanvue naquele mês.

Um dos maiores impulsionadores desse aumento foi Emily Pellegrini, uma influenciadora de 23 anos que posta conteúdo adulto para seus assinantes usando tecnologia deepfake. Fanvue diz que Pellegrini, um dos modelos de IA mais populares em seu site, gerou US$ 23 mil em receita em janeiro, acima dos US$ 6 mil em outubro.

Existem muitas teorias sobre por que as pessoas podem optar por gastar seu dinheiro em perfis de bots ou falsos, como o de Pellegrini. Na verdade, tem havido uma onda de pessoas confessando seu amor por chatbots, até mesmo criando namorados e namoradas gerados por IA, destaca a reportagem.

"No fim das contas, você está lidando com uma relação parasocial que foi criada nas redes sociais. É um tipo de interação muito semelhante", diz Monange.

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